– Eu não acredito que um rato me trouxe até aqui! – digo, e encaro Deva.
Ela suspira profundamente.
– A casa é muito bonita! – ela comenta.
– Nem reparei! – digo.
O que era verdade, eu não havia reparado. Era algo que me abalava, mas como se nada pudesse me atingir de forma tão profunda a ponto de me colocar no fundo do poço e remoer atitudes.
Era uma casa muito bonita, bem decorada e estilosa. Sem duvidas.
Eu me sentei ao lado de Deva, e deslizei as mãos pelo meu rosto antes de cair na risada. A imagem do rato, era algo que agora, era mais engraçado que trágico.
– Somos duas tolas! – digo por fim – Não deveríamos ter aceito.
– Eu também estou começando a pensar assim! – ela diz, e solta uma gargalhada – Que inferno.
– Deva...– a repreendo – Querendo ou não, eles são proprietário.
Ela nega.
– Essa casa está no seu nome! – ela diz, e eu reviro os olhos.
– Deva, uma propriedade no meu nome não muda meus princípios atuais! – digo, e deito meu corpo no lençol macio.
Como um estalo na minha mente me fazendo sentar rapidamente, assustando minha irmã que me encara de forma curiosa.
– Antoni... Ele tentou colocar escutas em mim uma vez! – digo, em um alto e bom tom – Deva, será que corremos perigo?
– Maya! Não seja tola! – ela diz, e eu suspiro.
– Eu só...
Sou interrompida quando a porta do quarto se abre, e eu vejo Marta entrar no quarto, carregando uma bandeja cheia de frutas. Essa imagem me fez sorrir e lembrar da mulher que tanto me ajudou. Ou tentou ajudar.
– Marta... Oi! – digo, e me aproximo para abraçá-la.
– Menina! Tudo bem com você? Soube que viria para cá, logo pedi para deixarem eu ficar com você! – ela diz de forma doce, como mãe.
– Obrigada, tenho certeza que serei mais feliz com você aqui!
Marta ficou um tempo por ali, conversava animadamente e isso estava sendo algo bom em meio ao caos.
– Por quanto tempo pretendem ficar? – pergunta pronta para deixar o quarto.
– De 3 semanas a um mês, é o que precisamos para resolver tudo aqui! – digo, e ela abre um sorriso triste.
Ela deixa o quarto murmurando um boa noite, e ao vê-la sair eu encaro Deva que me encarava.
– Posso dormir com você? – pergunta, e eu gargalho.
– Estas com medo? – pergunto prendendo o riso.
E ela afirma com os olhos arregalados. Eu sorrio.
– Claro que pode! – digo, e sigo em direção ao banheiro.
Todo decorado e feito sob um mármore branco, e grande. A banheira e todos os detalhes em prata do banheiro, deixava tudo mais bonito.
Logo após o banheiro, voltei para o quarto devidamente vestida com meu pijama. Deva estava sentada na cama, e mexia com seriedade no seu computador, me assustei ao notar que Teodoro estava ao seu lado, e o quanto ele consegue ser lindo também me surpreende.
– Já conseguiu algo? – pergunto, e Deva apenas afirma.
– São uns documentos de Kaled...– ela diz, em um murmuro, e eu levo meu olhar até Teodoro que me sorriu de forma doce.
ESTÁ A LER
PROMETIDA AO MAFIOSO
RomanceSINOPSE: Maya Ebrahim, nascida e criada rigorosamente dentro da cultura indiana, e muita das vezes "burlava" a regra por ser contra os antigos costumes. Sua família era uma família de posse, uma família rica, e conhecida na região. O Sheik Bassan a...