V - A PROFECIA

En başından başla
                                    

— Olha, por que não se teleporta para bem longe de mim? Desapareça!

— Não tenho cristal de teleporte. Eu não sou membra da seita, apenas me voluntariei para as pesquisas com os bruxos em Danjú. Temos um grupo considerável de estudos sobre os magos Kilmato's. É isso que está nos preocupando e percebemos... É... Anomalias.

Náidius percebeu que ela escondia informações dele e de fato sabia que tudo isso estava relacionado ao seu primo Órion.

— Preciso que me leve até Órion, ele pode estar correndo um grande risco.

Sônia parecia estar realmente preocupada, mas isso não aliviava a desconfiança de Náidius. Ele torceu o bico e estreitou os olhos. Não confiava em nada que fosse daquela seita, principalmente tendo consciência que morava naquele inferno graças a aquela organização e até a sua existência que era um fardo era culpa disso.

— O problema não é meu. Procure por ele. — O jovem respondeu, apático.

— Olha... Eu encontrei você. O tempo é curto. Eu... tenho dinheiro, eu posso pagar uma noite em uma estalagem para você. Mas escute, eu preciso de sua ajuda.

Náidius percebia o quanto ela estava desesperada e apelava, mesmo atropelando as palavras. Porém, ele não era bobo. Ela escondia algo.

— Você pensa que pode me comprar? Eu não me importo em passar uma noite na rua. Eu já fiz isso diversas vezes.

— O seu primo está correndo risco de vida! — Sônia já estava impaciente e não se conteve em alterar a voz.

Náidius não se agradou com tamanha insistência da maga. Ele não se importava com Órion, ele só era um desprezado assim como ele, rejeitado pelo pai e sem um futuro. A diferença entre eles era que Náidius corria atrás de um destino enquanto ele, apenas aceitava ser uma mula de carga cumprindo eternamente os deveres daquela fazenda.

— Ele que seja homem e resolva os seus problemas!

Náidius não esperou uma resposta de Sônia. Apenas deu-lhe as costas e seguiu caminhando, ignorando totalmente a maga.

Sônia não acreditava que estava lidando com um exemplar de rebeldia e teimosia. Parecia cômico se não fosse tão trágico. Ela realmente precisava da ajuda dele, ao menos para chegar até Órion.

— Náidius!

Ele continuava a caminhar, nem sabia ao certo para onde iria. Deu uma volta na fonte e parou por um instante, olhando em volta, procurando por um lugar para passar a noite. Olhou para a estação e seguiu naquela direção.

— Para onde está indo? — Sônia o questionou. — Está indo para onde foram os seus agressores!

Náidius olhou para ela, pousando uma mão na cintura.

— Eu não sou covarde. Enfrento os meus problemas como um verdadeiro homem e um dos futuros soldados do reino!

Ele continuou a sua marcha sorridente, garantido que havia finalizado toda aquela discussão. Respirou fundo e penteou os cabelos com os dedos, seguiu adiante. Quando em um piscar de olhos ele viu Sônia caindo do céu novamente em sua frente, como um felino ela pousou no chão em pé, dobrando os joelhos e se erguendo rapidamente. Náidius parou, atônito, sem saber de onde ela havia surgido e como havia se movido tão rápido. Porém, a maga não estava mais para conversa. Não houve tempo para reagir, Náidius apenas sentiu o soco desferido pela jovem em sua face, tão forte que o jogou no chão totalmente desfalecido.

...

Náidius acordou com a visão ainda embaçada, aos poucos aquela cena enevoada ganhava mais clareza. Ele estreitou os olhos, uma luz adentrava através de compridas cortinas de cor lilás. Ele estava deitado em uma cama de casal em um quarto com tons alaranjados ocasionados pela luz da manhã. Era tudo bem simples, as paredes eram de madeira, frias e úmidas e o recinto tão pequeno que mal caberia uma pessoa. Tinha uma mesinha nos pés da cama, com metade de uma vela em um castiçal. A parafina derretida havia escorrido pela madeira da mesinha, fazendo um estrago ele supusera.

Legend - O Mago Infernal (Livro 3)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin