Capítulo Vinte e Seis - Término

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Harry apenas quer chegar logo na escola e contar a Louis sobre tudo. Ele sabe que poderia ter mandando uma mensagem ou telefonado, mas dizer pessoalmente parece bem melhor.

Felizmente o trajeto até a escola é curto, de modo que sua mãe não consegue tempo o suficiente para fazer muitas perguntas ou voltar no assunto de preservativos.

Enquanto esperam na fila de carros entrando no estacionamento ou deixando os alunos na entrada principal, ela se vira para Harry e pergunta:

— Você gosta desse garoto? Louis?

Harry sorri e desvia o olhar, pensando nos olhos bonitos e muito azuis de Louis. Em seu sorriso largo e brilhante e em seu cabelo castanho. Ele pensa na maneira como Louis olha em sua direção quando estão sozinhos. Ou quando estão em público, mas se encaram como se estivessem sozinhos.

Inevitavelmente ele pensa sobre o corpo de Louis e em seus dedos passando por ele. A maneira como Louis lambe o lábio inferior e coloca a mão em sua cintura.

— Sim — responde Harry consegue desviar seus pensamentos de volta a realidade. — Eu gosto.

— Louis é um bom garoto — comenta sua mãe —, muito educado e gentil. Lembro quando ele me procurou para falar sobre sua festa de aniversário e organizou tudo praticamente sozinho. Não é ele que sempre tira notas boas?

— Sim — responde Harry orgulhoso enquanto pega sua mochila do chão e solta o cinto de segurança, se preparando para descer.

— Ah, que gracinha! Bonito e inteligente, que partidão — disse sua mãe sorrindo em sua direção.

— Jesus Cristo, mãe, podemos parar de falar sobre Louis? Já estou envergonhado o suficiente por uma vida toda.

Sua mãe estaciona em frente à escola, mas coloca a mão me seu braço, impedindo-o de sair.

— Apenas fico feliz sabendo que você encontrou uma pessoa boa para você. Acho que vocês são perfeitos um para o outro. Pode ir agora, boa aula — diz soltando seu braço.

Harry desce murmurando um "tchau" fraco, perguntando-se em que tipo de realidade alternativa ele caiu.

Assim que entra na escola, ele vai até o armário de Louis, esperando encontrá-lo antes da aula começar. Felizmente ele o encontra onde esperava, com o armário aberto procurando alguma coisa.

— Louis — chama Harry se aproximando.

Louis olha em sua direção e sorri ao vê-lo, surpreso. Antes que possa dizer qualquer coisa, Harry o abraça apertado.

— Eu contei a ela ontem à noite — diz Harry ainda abraçando-o. — Sobre mim. Ser gay. E deu tudo certo.

— Meu Deus! Sério? — Pergunta Louis abraçando-o fortemente. — Estou muito feliz por você, babe.

Harry sorri e fecha os olhos. Ele também está muito feliz.

[...]

Cerca de quinze minutos após a primeira aula começar, sua mãe manda uma mensagem. Harry franze o cenho e desbloqueia o celular, pois ela nunca manda nada quando sabe que ele está na escola.

Harry, desculpa não ter dito noite passado que eu amo você. Fiquei atordoada com as informações e depois preocupada.

Mas eu te amo. Beijos.

Ele responde dizendo que a ama também e depois guarda o celular, sorrindo.

[...]

Durante o almoço Harry conta aos meninos sobre sua mãe. Não é comum para ele chegar contando coisas tão pessoais assim, geralmente envolve longos monólogos internos antes de abrir a boca.

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