Capítulo Vinte e Nove - Ter tudo

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Louis está sentado aos pés da cama quando Harry acorda, mexendo distraidamente em seu celular enquanto cantarola uma música. Ele nota que Harry acordou segundos depois dele abrir os olhos, olhando em sua direção e sorrindo fraco.

É difícil dizer se já amanheceu, pois a janela está fechada e o ambiente, silencioso.

— Bom dia, babe — disse ele, arregalando os olhos ao perceber como o chamou —, desculpa, eu quis dizer Harry — adicionou rapidamente.

— Dia — responde Harry, ignorando a dolorosa percepção de que Louis nunca mais o chamará de "babe" — e de como ele gostava disso.

— Precisamos conversar. De verdade dessa vez — começa Louis.

Harry se senta e apoia as costas na cabeceira da cama, tentando organizar seus pensamentos para ter aquela conversa logo após acordar.

— Eu não deveria ter afastado você e quando disse que quero continuar sendo seu amigo, estava sendo honesto — começa Louis —, mas nós não podemos continuar fazendo isso — adiciona indicando a cama.

Rindo maliciosamente, Harry balança a cabeça em concordância e coça os olhos.

— Foi para evitar transar comigo que você não quis mais ser meu amigo, não foi? — Questiona Harry e Louis assente — muito bem, vamos parar com isso. Você estava certo sobre isso — admite.

— O ensino médio está acabando, a competição termina amanhã e eu acho que você precisa se concentrar — adiciona Louis, ainda em suas justificativas.

Harry franze o cenho e o encara. — Isso é sobre mim? Porque se for...

— Sobre nós! — Adiciona rapidamente, interrompendo Harry e sua linha de pensamento.

— Oh, ok, entendo — responde ele, porque realmente entende.

Amanhã será o dia mais importante da vida deles em dezoito anos de vida, tudo que menos precisam é brigar, se estressar e, aparentemente, fazer sexo.

Bocejando, Harry volta a se deitar, se aproximando da parede, torcendo para ter mais alguns minutos de sono, encerrando aquela conversa e surpreso com seu teor.

— Que horas são? — Pergunta já de olhos fechados, sem se importar em estar na cama de Louis.

— Ainda é cedo, podemos dormir mais um pouco antes do café da manhã — responde Louis.

— Deita aqui então — disse ele indicando o espaço ao seu lado.

Louis não diz mais nada, mas Harry escuta-o se levantar e deitar ao seu lado, entrando debaixo da mesma coberta. A cama é pequena, os dois precisam ficar muito próximos para conseguirem algum conforto, mas eles conseguem sem precisar se abraçar.

Harry fica satisfeito com isso, porque parece totalmente platônico, mas seu coração ainda não entendeu que Louis não é mais dele. Talvez nunca tenha sido.

[...]

Poucas horas depois, eles acordam para o café da manhã, agindo como se nada tivesse acontecido. É bom, ajuda Harry a fingir que não fez uma besteira enorme ao dormir com Louis.

Ele ainda não sabe o que pensar sobre a conversa, ainda deliberando se foi um sonho, mas tendo a certeza de que após a competição, eles precisarão conversar de novo.

Neste final de semana, ele fará o que Louis disse: se concentrar. Na segunda-feira ele pode voltar a buscar mensagens secretas nas meias palavras de Louis e no fato de sempre voltar aos braços dele.

Na parte da manhã, as meninas insistem em meditar. Convenientemente, Louis some e Harry vai sozinho.

Termina sendo bem agradável e ele se questiona se é tarde demais para ser amigo de Perrie, Taylor e Danna.

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