Capítulo Oito - The 100

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Enquanto coloria seu céu com lápis cor-de-rosa, Harry tinha a estranha sensação de ser observado.

Franzindo as sobrancelhas, ele para de mexer a mão e olha para o lado, encontrando Louis Tomlinson parado ao seu lado.

— Oi — diz o garoto sorrindo nervosamente.

Do lado de fora da sala de aula, o céu brilha e faz um barulho alto, o resto da classe nem pisca, todos entretidos com Vida de Inseto, mas Louis Tomlinson se encolhe tanto que Harry teme que ele vá desaparecer.

Ele também se aproxima ainda mais de Harry, encostando sua perna no braço dele.

— Assim eu não consigo pintar — reclama Harry mexendo o braço na tentativa de afastá-lo.

— Por que você não tá assistido o filme? — Pergunta Louis sentando-se na cadeirinha ao lado.

Harry desvia o olhar até a televisão e depois encara Louis novamente.

— Já assisti umas cinquenta vezes, to enjoado — responde ele trocando de lápis de cor, escolhendo um laranja para misturar ao rosa no céu.

Louis também não está assistindo ao filme, ao invés disso, prefere irritar Harry. Típico.

— Por que seu céu não é azul? — Pergunta se debruçando sobre a mesinha para avaliar o desenho na escuridão da sala.

Viu? Tudo para irritá-lo.

Se a mãe de Harry pudesse buscá-lo, ele pediria para ir embora, já que, devido à chuva, tudo que farão é assistir filmes.

— Não gosto de azul — responde, pois é mais fácil que admitir que Harry está tentando recriar o pôr-do-sol que viu no dia anterior.

— Meus olhos são azuis — comenta Louis e Harry bufa em resposta. — Por que você não gosta de mim?

Harry vira-se para ele extremamente ofendido.

— Claro que não não gosto de você — rebate ele e Louis inclina a cabeça como um cachorrinho confuso — você é meu inimigo.

— Não entendo.

Harry revira os olhos mesmo sabendo o risco deles ficarem presos na parte detrás de sua cabeça — a situação exige essa reação.

— Para você ter o posto de inimigo na minha vida, eu tenho que não não gostar de você.

— Você quis dizer "gostar de mim".

— Não quis, não.

— Hm.

Harry bufa novamente.

— Eu to tentando explicar que preciso ter sentimentos por você, pra você ter essa posição importante.

Um trovão reverbera do lado de fora e Louis dá um pulo na cadeira, agarrando o braço de Harry.

— Você tá bem? — Pergunta ele olhando a mão de Louis apertar seu braço.

— Você pode ir comigo no banheiro?

Harry desvia o olhar na direção da professora sentada próxima as outras crianças e depois de volta a Louis.

— Só pode um de cada vez — responde ele.

— Por favor.

Suspirando, Harry se levanta e caminha em direção a professora pensando nos melhores argumentos para que ela deixe Louis ser acompanhado até o banheiro. Ele a cutuca suavemente no braço, para chamar apenas sua atenção.

non-kissesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora