Relato 1 - Dia 1

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Acordei e me dei conta da quarentena, mas ela é diferente do que eu via nos filmes. Não estou em um bunker ou um abrigo nuclear metros e metros abaixo da terra. Pelo contrário, estou olhando pela varando do meu apartamento, vendo a cidade, quase sem movimento.

Não tem onda, terremoto, zumbis, frio, não, nada disso. Na verdade, parece que a ameaça sou eu. Eu é que estou sendo herói e bandido ficando dentro de casa.

Descobri que não sei como é se preparar para o fim do mundo, na semana passada quase precisei ir três vezes no mercado, sendo que cada uma dessas vezes era para fazer a compra dos próximos 15 dias.

Nesses tempos também descobri que a humanidade acaba sendo a principal ameaça. Claro, terremotos, ondas, monstros, doenças, tudo daria uma força para o fim da humanidade, mas ficou claro de que não sabemos nos proteger e nos manter em segurança.

Em outras palavras, a humanidade é bem burra.

Mas a vida segue, quando passei na farmácia, o atendente veio todo solicito para tirar minhas dúvidas, a decepção dele foi enorme quando apenas peguei preservativos, desodorantes e absorventes, paguei e fui embora.

Diário de uma quarentenaWhere stories live. Discover now