Capítulo. 32. Intrigas

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Passar na escola dela foi uma péssima ideia.

Tomei banho e me arrumei, me despedi da Carol com um beijo e sai de casa, o sol está quente e o capacete me faz suar depois de vinte minutos estou em frente ao colégio e cinto minutos depois o sinal toca, logo o mar de alunos enche a calçada e eu a procuro em meio a todos eles e não a acho.

Resolvo da uma volta ao redor, lembro que tem um portão na lateral e a encontro recostada no muro com uma sacola em uma das mãos conversando, assobio e ela olha em minha direção os alunos ao seu redor também me encaram, ela vem em minha direção e os outros alunos vinham atrás, era quase engraçado a pata e os patinhos atrás, e ao chegar do meu lado ela disse oi e o grupo continuou ali parado.

_Queria conversar - olhei para as meninas - a sós de preferencia.

_Não tenho nada pra conversar com você - ela me encarou firme - a não ser que você já tenha se separado daquela vaca.

E foi ai que eu olhei bem pra ela, a boca estava corada e os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto a franja estava presa com uma presilha cor de rosa. Nós nos encaramos e ela rio na minha cara, gargalhou mesmo, entregou a sacola pra uma das garotas e como patinhos sem a mãe elas seguiram virando a esquina e sumindo.

_Qual o seu problema em garota? - ela se encostou no muro e baixou a vista - você não me liga, não da notícia você sumiu porra!

_E isso fez diferença? Você nem sequer me ligou, você não faz conta de min, não liga pra min e você não me ama.

_Lógico que amo, eu não paro de pensar em ti, eu só tive muito trabalho esse final de semana, eu juro.

_De toda forma não importa eu to com outra pessoa, e bom, ele tem tempo pra me ver aos fins de semana.

Aquilo produziu um nó na garganta, e entendi tudo, ela estava me trocando afinal.

_A gente pode ir pra outro lugar? Conversar?

_ Não, as meninas estão me esperando pra almoçar, tchau pra você.

E eu fiquei ali olhando ela dobrar a maldita esquina.

Meu coração batia forte no peito eu andei rápido e quando ia passando pelo portão da frente o sinal toca apresso o passo e vou almoçar junto com as meninas no pátio do Colégio.

Eu estava feliz, animada e me sentindo uma ameba ao mesmo tempo, minha vontade era de voltar lá e beijar ele, a comida tinha gosto de isopor na boca, e eu não estava nem na metade da minha quentinha ainda quando um dos meninos entrou no pátio, ofereci a quentinha e ele aceitou de pron, me levantei e Ana e as outras meninas levaram junto.

E quando as meninas passaram na minha frente Ana ficou pra trás também e me encarou.

_E então você vai querer me enrolar até quando? Você me diz que tá com alguém novo e que já superou, mais eu olho na sua cara e vejo que você não tá bem.

_Eu estou bem, pelo menos estava até hoje de manhã.

_Vou te dizer uma coisa só essa vez, ele não pode te dar nada, ele só quer te comer! Ontem eu fui comprar pastel perto da sua casa e sabe quem estava lá ao beijos na fila, ele! Ele tava lá porra, tava dizendo o quanto amava ela e pediram até aquela sobremesa brega, romeu e julieta ou algo assim.

As lágrimas desciam grossas em minha bochechas e eu me segurava para não deixar o primeiro soluço escapar.

_Acontece que enquanto você pensa nesse merda ai, e vive atrás dele como uma songa monga que ele pensa que você é, se um dia, qualquer dia ele tenha gostado de você foi pelo que você representava pra ele, olha pra ti mano tu tem dezesseis anos quase dezessete, tem uma vida perfeita um carinha que faz de tudo por ti.

_A minha vida não é perfeita - eu disse entre soluços - eu tenho problemas em casa e minha irmã já transou com o júnior mais vezes do que eu posso contar, e pra onde eu olho eu sinto as pessoas me comparando a ela... e ainda tem ela, aquela vaca.

_Uma vaca inteligente pelo visto, eu vejo ela feliz saindo e conhecendo a cidade grande com ele, indo aos pontos turísticos e fodendo na cama dele, acorda garota eu te vejo depressiva pelos cantos, e essa maquiagem e boca cheia de Lip Tint não me convence.

O sinal toca, pela terceira vez, e eu vejo o fiscal vindo apitando e brigando com todos para que se dirijam a suas respectivas salas.

Encaro Ana, ela sorri amarelo e diz algo sobre lavar a cara inchada, vamos ao banheiro e ela me observa, enquanto lavo o rosto e enxugo, subimos juntas ela me pede desculpas pelas palavras duras e abre a porta da sala pra min, entramos na sala de aula e ela faz uma reverencia tola enquanto eu entro na sala, os demais alunos riem e logo o professor reclama e rápidas nos sentamos nas cadeiras.

"Eu deveria ter sido alguém sensata, dado as palavras duras e os bons conselhos, mas, obvio que eu ignorei tudo."

_Não me arranha - ela me encarou - machuca morena.

Continuamos nos beijando rápida ela se livrou da blusa da farda, tirou os sapatos e eu ajudei ela a tirar a calça, tirei minha bermuda e blusa, ela estava diferente mais afastei isso da mente, e me preocupei com o momento, e como de costume não tivemos muitas preliminares na verdade eu pirava tanto no corpo dela que por min passaria horas no quarto com ela.

Foi rápido, suado e gostoso.


Depois do sexo que parecia uma ótima ideia momentos antes eu me sentia estranha, me levantei e me vesti rápido ele continuou lá, deitado.

_Eu quero ir pra casa.

_Não vai tomar um banho? Tá cedo.

_Eu quero ir pra casa, agora.

Ele me olhou e se vestiu, saímos da casa e eu subimos na moto, eu tremia muito e me sentia pesada, estranha e quando cheguei um pouco antes da esquina de casa ele parou, demorei a me dar conta que era minha deixa pra descer me lembrei dela, e desci e andei em passos rápidos pra casa.

A moto passou por min e comecei a andar devagar ao ponto de ver ele estacionando a moto em frente a casa dele, vi ela saindo e eu e ela nos olhamos de longe acenei pra ela e vi quando os dois entraram juntos em casa, eu também entrei em casa e passei direto pro quarto gritei pra minha mãe que tinha chegado em casa e larguei a bolsa no chão, fui pro banheiro e tirei a farda estava pregando de suor, isso me fez lembrar do sexo de alguns momentos antes, rápido, suado e sujo eu me sentia suja e enjoada.

Tomei um banho demorado e quando sai já eram quase seis da noite, penteei os cabelos e fiz minhas atividades durante boa parte da noite, não jantei, e acabei indo dormir tarde, minha irmã mais nova já dormia quando resolvi ir pro quarto, não tive animo pra me trocar só me deitei e dormi.

Nos dias seguintes eu não o vi mais, evitei e evitei até que em uma manhã de domingo mais fria do que o de costume já que estávamos em de Julho, eu vi um carro de mudança parado em frente a casa dele, fui andando pela rua e eu o vi sentado na calçada ao telefone, nos olhamos por um momento e tratei de guardar bem aquela imagem na minha mente, fui no mercantil, comprei um biscoito recheado e pão e voltei pra casa e bom, não tinha nada lá, nem carro de mudança, nem moto, nem Carol e bom, nem ele.









Ai meu deus gente, já ta chegando o fim, o que a quarentena não faz com a gente eu achei que só ia terminar de escrever no final de abril, bom amores, parece que até segunda ele vai está completo. Obrigada a quem ainda segue me acompanhando desde o começo.

Vocês moram no meu coração babys.


Tudo o que não fomos (Em Revisão)Where stories live. Discover now