Capítulo 10. A Chegada

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"Algumas relações estão fadadas ao fracasso desde cedo, umas por já terem começado erradas, outras por se tornarem erradas com o passar do tempo. No fim ambas dão no mesmo, no fim são duas pessoas que não conseguem seguir em frente e até que uma delas se liberte dessa teia de ilusões criadas por elas mesmas (ou não) eles continuaram nesse ciclo vicioso. Brigar, dar uma nova chance, se enganar e voltar a brigar."

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02/11/1*

   Toalha, escova, algumas mudas de roupa, dinheiro pra emergências, afinal vai que falta cerveja lá, um homem prevenido vale por dois, documentos e abilitação, bolsa ok

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   Toalha, escova, algumas mudas de roupa, dinheiro pra emergências, afinal vai que falta cerveja lá, um homem prevenido vale por dois, documentos e abilitação, bolsa ok.

   Pego as chaves da moto e carteira, coloco a correntinha da Nath no pescoço apresso Magno que se despedia da namorada e olho na direção da casa dela, não posso ver sua casa daqui, mais me acostumei a olhar.

   São cinco e quarenta à essa hora já deveria estar chegando lá, porém sai tarde do trabalho e como tenho que viajar hoje a todo custo, o jeito é ir de moto.

   A namorada de Magno sai da minha casa com os olhos vermelhos, a observo atravessar a rua daqui do batente de casa enquanto penso em Natallia, logo escuto o barulho de portão e porta sendo trancados, Magno surge do lado de fora, subo na moto e ele sobe atrás pegando minha bolsa e a dele e acelero e saio, a poeira sobe e percebo que tudo que mais queria era vê-la antes de ir.

   Cinco e quarenta o sinal da escola toca e eu pego meus livros e saio de lá, já é quase noite aqui

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   Cinco e quarenta o sinal da escola toca e eu pego meus livros e saio de lá, já é quase noite aqui.

   Caminho em direção a minha casa falo com algumas pessoas na rua, nasci e me criei aqui mais um dos meus sonhos é ir embora, afinal aqui é o típico interior sem muitas casas e poucas oportunidades de trabalho e maioria dos jovens sonha em terminar os estudos e ir para capital, inclusive eu, que pretendo ir próximo ano.

   Na verdade isso é meio que uma desculpa para ficar ao lado do Daniel, que já mora lá desde de 2011.

   Finalmente entro em casa, jogo os livros na cadeira de balanço que fica na sala de casa, dou um beijo na minha mãe e passo direto para o quarto, ligo para ele chama chama, cai na caixa postal.
 
    Ele já deveria ter chegado a essa hora, tomo um banho me enxugo e visto um short jeans curto mais folgadinho e uma regata branca, penteio os cabelos que vão até a cintura, mais um agrado meu pra ele, sei que ele ama cabelos longos e deixei os meus crescerem por isso, pego o celular ainda nenhuma ligação ou sinal dele, começo a ficar apreensiva por onde ele anda?
Porque ele não atende?
Será que ele já chegou?

   Oito e vinte, nada dele.
  
   Calço os chinelos e prendo os cabelos, reparo que as poucas mechas louras que ele tem estão ficando um pouco alaranjadas, penso em clarear o cabelo todo e sorrio, acho que ele irá gostar, pego o celular e me dirijo a casa da mãe dele, a caminhada é um pouco longa mais preciso saber dele.

      Calço os chinelos e prendo os cabelos, reparo que as poucas mechas louras que ele tem estão ficando um pouco alaranjadas, penso em clarear o cabelo todo e sorrio, acho que ele irá gostar, pego o celular e me dirijo a casa da mãe dele, a cami...

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  _Bora macho.
 
_Já vai.
 
_Bota a cerveja ai vou pegar outra mesa lá na mãe.

   Saio em direção a casa da minha mãe, e ao longe vejo a Carol vindo em minha direção, dou meia volta meus primos e Magno me olham sem entender nada

  _Podem começar a beber sem min.

   Subo na moto e acelero, deixo o ronco do motor ir aliviando minha raiva, rapidamente a alcanço, ela se assusta, acho que não me reconhece de pronto, paro a moto ao seu lado ela me olha e diz:

  _Oi meu amor.
 
_Oi ? Oi Carol? Tu ta fazendo o que andando só aqui?
 
_Vim te ver.
 
_Eu não disse que ia lá?
 
_Disse? Não me lembrei amor, onde você vai ficar ?
 
_Sobe na moto.

   Ela faz cara de choro da um nó no cabelo e sobe, acelerei e fui em direção a sua casa.

  _Vai cuida, arruma uma bolsa, vai passar a noite lá em casa.

   Ela desceu num pulo da moto e sorriu, seu cabelo acabou soltando do nó, puta merda, ela ainda tá com essas luzes.

   A observei entrar rebolando em casa, desliguei a moto e desci, pendurei a chave no pescoço e entrei na casa dela, Dona Ana estava assistindo novela, dei um beijo em seu rosto.

  _Tudo bem meu filho ?
 
_Tudo sim senhora.
 
_Graças a Deus meu filho, entre aí tem café lá encima da mesa.

   Emburaquei casa a dentro coloquei meia xícara de café e fui sentar na calçada, puxei um cigarro do bolso e acendi, fiquei olhando pro nada sentando ali, comecei a pensar na Natália entre uma tragada e outra pensei, em como terminar com Carol, ou será que eu conseguiria ficar com as duas?
Será que dava certo?

   O celular começou a vibrar olhei, era Magno, recusei a chamada e olhei a hora, nove e meia, mais que porra meia hora pra arrumar uma bolsa, como se escutasse meus pensamentos Carol surge na porta de casa, sorridente e com uma mochila nas costas.

  _Pronto?
 
_Pronto.

   Tomei o resto do café que já estava um pouco frio pus na janela e subi na moto, ela subiu logo depois sem dificuldades, acelerei e fui em direção à casa da minha mãe.

   Chegando lá, mandei ela descer e desço da moto.

  _Fica aí que vou levar uma mesa lá pra vó.
 
_Eu vou também.
 
_Fica aí.
 
_Mais eu quero ir junto.
 
_Faça o que você quiser.

   Pego uma mesa e saio.

 
_Iae achei que tivesse se perdido, meu patrão.
 
_Que nada, fui levar a dona encrenca pra pegar as coisas dela.

   Coloquei a mesa ao lado da outra e logo um dos meus primos coloca um prato com algumas carnes e trés cervejas, puxo uma cadeira e sento, abro a primeira cerveja e começo a beber.

   Assim que tomo o segundo gole vejo Carol chegar, sorridente.

 


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Tudo o que não fomos (Em Revisão)Where stories live. Discover now