Capítulo 21. Confiança

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" A confiança é o pilar de todo relacionamento, e cada beijo que você me dava, um pilar da casa dela se rachava, faltava pouco pra casa cair. "

   Me sentia estranha, leve, não sei explicar, quando cheguei em casa o susto foi grande, durante a festa, todos elogiaram minha coragem e comentavam o quanto eu fiquei mais nova com o cabelo curto.

   Na verdade minha intenção nem era cortar tão curto mais se eu pretendia mudar, tinha que fazer direito.

   No dia seguinte eu estava um caco, olheiras profundas cabelo um paviu, tomei um banho demorado e meu cabelo pareceu menor ainda, dei de ombros e fui me vestir, já tinha cortado, já era.

   A noite após muita insistência por parte da Luciana fomos comer um churrasco, pus um shortinho curto e um tomara que caia rosa, Luciana vestiu um vestidinho rodado preto, saímos de casa descemos a rua e fomos em direção ao barzinho, pedimos uma coca e uma cerveja, minha irmã foi escolher as carnes pra assar.

   Sentei em uma mesa próxima da rua, as bebidas chegaram, comecei a beber, a brisa que vinha da rua bagunçava meus cabelos curtos, minha irmã logo veio pra mesa conversamos um pouco e um rapaz de juntou a nós, enquanto ele e Luciana conversavam animados eu comia sem muita animação, não queria estar ali, queria menos ainda sair de casa.

  _Olha ali quem chegou irmã.

  _Ah não, eu mereço.

   Observo Daniel  conversar animado com o dono do bar, e quando ele olha pra min eu viro a cara rapidamente, já minha irmã...

  _ CUNHADINHO! Senta aqui com a gente.

  _Vou já!

   Eu olho furiosa pra Luciana que sorri e pisca pra min, essa vaca me paga.

   Sinceramente não conseguia acreditar que aquela menina era ela, como ela teve coragem de fazer isso? Ela era tão linda, de cabeça baixa mexendo o gelo do copo, os cabelos curtos tampavam seu rosto, ponho a cerveja encima da mesa e Luciana se le...

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   Sinceramente não conseguia acreditar que aquela menina era ela, como ela teve coragem de fazer isso? Ela era tão linda, de cabeça baixa mexendo o gelo do copo, os cabelos curtos tampavam seu rosto, ponho a cerveja encima da mesa e Luciana se levanta animada, chamando a atenção de todos no bar ela me abraça e volta a se sentar, comprimento o rapaz que está na mesa e me sento ao lado de Natália.

   Ela continua olhando pro copo não levanta a vista, pego a garrafa aberta e ponho a cerveja no meu copo e completo o dela.

  _Não vai falar comigo?

  _Oi.

  _ Porque fez isso?
 
_ Sei lá, deu vontade, não gostou ?

  _ Preferia ele longo.

   Só então ela me encara, me dá um sorriso triste e vira o copo, ela parece tão cansada, tão triste, ofereço mais bebida ela nega, ponho coca pra ela e ela volta a brincar de rodar o gelo no copo.

  _ Conversa comigo morena.

  _ Não aguento mais, eu vi ela de longe ontem, ela me pareceu bonita. Você ama ela ?

  _Não sei morena, acho que não.

  _ Eu acho que te amo, só não sei se é um sentimento pelo qual vale a pena lutar.

   Ela me olhou, acho que esperando uma resposta ou sei lá, mas eu travei não sabia como agir, as vezes parecia que quem tinha 15 anos era eu, não ela.

  _Eu quero ficar contigo, a gente vai da um jeito nisso tudo, vamos continuar juntos eu prometo, você confia em mim?

  _ Não deveria mas..não mais pra min tá bem? Acho que passamos dessa fase.

  _ Você que manda madame, agora me conte aqui qual seus planos pra hoje a noite ?

   E o sorriso que ela me deu, aqueceu meu peito de uma forma que até hoje não tenho nem como explicar.

   Era véspera de Ano Novo várias famílias se reuniam com mesas nas calçadas bebendo ou apenas conversando, eu  amava as comidas e a família reunida, tomo um banho e começo a me arrumar, seco o cabelo que fica mega armado, separo em partes e começ...

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   Era véspera de Ano Novo várias famílias se reuniam com mesas nas calçadas bebendo ou apenas conversando, eu  amava as comidas e a família reunida, tomo um banho e começo a me arrumar, seco o cabelo que fica mega armado, separo em partes e começo a fazer chapinha, como ele estava curtinho foi bem rápido, alguma vantagem isso tudo tinha que ter.

   Ponho um croped vermelho e um short branco, calço uma rasteirinha e pronto, bato uma foto e posto no face, logo escuto a voz de Kessy gritando no portão.

  _Natt vamo comigo comprar gelo e refri.

  _Vou já! Só avisar a mãe!

   Saio de casa e tranco o portão, eu e Kessy descemos a rua, só vendia gelo duas ruas depois da nossa fomos andando devagar jogando conversa fora, meu celular começa a tocar sem parar, não atendo, espero chegar no mercantil pra olhar quem era, pra variar era o Mael, retorno e digo a onde estou, já estávamos saindo de lá quando um carro preto encosta tão rápido que quase sobe a calçada.

  _Abestado! Ta louco?

  _Foi mal morena, e aí Kessy? Querem carona?

   Pegamos uma carona com ele e Magno, que por sinal dirigia igual um louco, eles nos deixaram na esquina de casa, desço do carro e Daniel desce tambem.

   _Valeu pela carona.

   _Ei pera aí vou com vocês até lá.

   _Não precisa pode ir.

   _Quero falar contigo, tu pode ir na frente Kessy não vou sequestar ela.

   Ela me olha como quem pergunta se tá tudo certo, eu afirmo e ela vai andando e nós dois vamos andando atrás mais devagar.

  _Só quero te desejar Feliz Ano Novo, já que provavelmente a gente não vá se falar mais tarde.

  _Eu sei, era só isso que você tinha pra falar ?

  _Não desiste da gente morena.

   Paramos, eu o encaro por um momento, e logo nossas bocas se tocam, ele acaricia minha nuca devagar, enquanto sua língua encontra a minha e acaricia meus lábios eu sorriu durante o beijo, e ele também, dou um selinho nele e acelero o passo pra acompanhar Kessy, dou uma olhadinha pra trás e ele ainda está de pé no mesmo lugar me olhando.

   É bobagem eu sei, e pode até aparecer que estou alimentado esse sentimento mais sinceramente não estou, resolvi deixar rolar, nesse novo ano eu iria para uma nova escola, conhecer novas pessoas quem sabe alguém legal, um carinha da minha idade, no qual eu pudesse andar de mãos dadas por ai, e apresentar para os meus pais.

   Eu não tinha muitos planos muito menos muitas metas para esse novo ano, para essa nova fase da minha vida, eu não sabia o que esperar nunca fui muito fã de mudanças radicais, mais quem sabe não seria bom, quem sabe não me faria bem.

Só me restar recomeçar.


Tudo o que não fomos (Em Revisão)Where stories live. Discover now