XVIII - Pais e Filhos

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Reino: CâncerCapital: Al TarfLocal: Al Tarf

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Reino: Câncer
Capital: Al Tarf
Local: Al Tarf

DIRIGINDO-SE AO APOSENTO do pai, na área mais profunda do palácio, onde das enormes janelas de vidro dava para ver o azul-escuro das profundezas do mar, Ragnar perguntava-se o que seu velho poderia querer com ele.

Já estavam mesmo em cima da hora para o início da cerimónia, faltavam apenas alguns minutos para Evanora e sua família irem na frente, tomando um dos barcos, e a família de Halif os encontraria lá.

Ragnar estava prestes a subir no barco acompanhado de Bridget quando recebeu uma chamada de seu pai.

Parado na porta do quarto do rei, Ragnar esperou que fosse anunciado e segundos depois a porta deslizou para o lado. O cheiro forte de algum tipo de erva queimada o atingiu, e ele não estranhou ao ver um dos cachimbos do seu pai sob o cinzeiro.

O Rei Ivor terminava de ajeitar a faixa no pescoço, de frente a um grande espelho com pedras e detalhes dourados a volta dele, seu cabelo azul estava penteado para trás, e ele tinha uma enorme bigode e barba por fazer.

— O que o senhor quer? — Ragnar perguntou cruzando os braços e apoiando-se no arco da porta que separava o quarto, da sala pessoal do monarca.

Sua relação com o seu pai não era mais a mesma desde a morte da sua mãe, Ragnar não gostava da forma que o pai tinha mudado e muito menos concordava com a postura dele na maioria dos assuntos. Nos últimos anos, ele preferiu abster-se dos assuntos da família, indo viver sua própria vida.

— Ainda não tivemos tempo para conversar desde que chegaste, já que tens me evitado o tempo todo.

— E o senhor pretende fazer isso logo agora? — Perguntou. — E honestamente, acho que não temos muita coisa para falar.

— O que achas de Erica? — O Rei Ivor perguntou repentinamente, ainda sem olhar para ele.

Ragnar deu uma risada seca ao ouvir aquela pergunta.

— Eu não acredito que o senhor me fez abandonar a minha tia, me fazendo vir até aqui para me perguntar o que eu acho da sua protegida.

— Isso mesmo. Eu quero saber o que achas dela. — Ivor virou-se par encarar Ragnar, e abriu um sorriso gélido para o filho, tão frio quanto os seus olhos azuis-escuros. — Fui informado que vocês os dois têm passado muito tempo juntos ultimamente.

— A treinar. — Ragnar adiantou-se em dizer. — Nada além disso, mas se o senhor se sentir incomodado...

— Muito pelo contrário, eu gosto dessa aproximação entre vocês dois.

— O que o senhor quer dizer com isso?

— Seu irmão vai se casar com uma mulher que além de belíssima, é muito influente, e a irmã dela pode vir a ser uma das escolhidas, o que será muito bom para nós.

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