25 capítulo

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Não me lembro se já havia descrito o apartamento de Lauren, se já descrevi, desculpe mas descrevi de novo bjs.

Me encosto em meu carro, arrumo o óculos escuro em meu rosto e olho em volta a procura da minha médica, cruzo meus braços abaixo de meus seios e novamente olho em volta.

Lauren estava dez minutos atrasada.

Meu celular vibra no bolso da minha calça branca e o pego rapidamente, fico um pouco mais aliviada ao ver que era uma mensagem de Lauren.

Lauren: Oi, linda. Desculpe mas eu não vou poder ir.

Lauren: Duas gêmeas siamesas deram entrada em estado grave e eu fui uma das médicas convocadas para entrar.

Lauren: Sério, me desculpe. Eu queria muito ir :(

Camila: Ei, está tudo bem! Terá outros eventos. Agora vá lá e salve a vida dessas meninas, boa sorte!

Lauren: Prometo que na próxima eu irei.

Lauren: Vá lá e arrase, ok? Me mande alguns vídeos da apresentação para que eu veja :)

Camila: Mandarei. Beijo, amor <3

Guardo meu celular em meu bolso e suspiro antes de começar a caminhar para dentro da galeria onde havia uma enorme multidão. Alunos, familiares e os alunos que iriam se apresentar.

Passo por alguns os cumprimentando e oriento os alunos que tocariam irem para o segundo andar para começarem a se preparar. Subo junto com os alunos para ver se Helena estava bem e ao chegar em minha sala, passo álcool em gel em minhas mãos e me deparo com Vini a segurando, dançando na verdade e Helena ria.

- Uh, não roube a minha filha. - peço atraindo a atenção de Helena e de Vini.

- Ela estava querendo chorar, devia ser por ficar longe de você. - se defende e eu rio me aproximando deles.

- Oh meu Deus, filha... A mamãe tem que trabalhar. - afino minha voz e Vini a entrega - Pode se comportar um pouquinho para a mamãe terminar de organizar tudo? - faço bico e Helena encara a minha boca para em seguida repetir o ato e me fazendo rir. - Pode, não é? A tia Lauren não vai poder vir para ficar com você, então você tem que se comportar com a Pâmela. - afirmo com a cabeça e Helena sorri - A propósito, onde está a Pâmela?

- A Pâmela deu uma saidinha para ir ao banheiro. - avisa e eu afirmo com a cabeça - Então ela pediu para que eu a vigiasse por uns minutos.

- Menos mal, pensei que ela tinha deixado a minha filha sozinha na minha sala com toda essa gente transitando para lá e para cá. - falo aliviada e Helena encosta sua cabeça em minha clavícula que estava coberta por uma blusa estilo social preta.

- Não, claro que não. - a risada rouca de Vini chega aos meus ouvidos.

- Bom, se minha garotinha está bem. Eu preciso correr. - entrego Helena novamente para Vini - Mamãe já volta. - beijo sua bochecha gorducha e ela ri - Fale para a Pâmela cuidar bem da minha filha ou eu caço ela. - finjo uma ameaça e Vini ri.

[…]

Depois que o evento é finalizado com sucesso, todos comemoram bebendo uma taça de champanhe, menos eu claro, fiquei apenas em uma taça de suco de laranja. Nós tiramos algumas fotos com os alunos, os funcionários e até mesmo Helena apareceu em algumas fotos com meus alunos, sempre com um enorme sorriso por conta que algum adolescente brincava com ela.

Após me despedir de todos, Lauren me ligou perguntando se eu não poderia ir para a sua casa pois ela estava fazendo feijoada e eu prontamente aceitei quando percebi algo diferente nela, pelo tom de voz parecia que havia acontecido algo e ela não estava bem.

Dirijo para a zona sul, suspiro ao ver que perto de Osasco havia acontecido um acidente e havia resultado em congestionamento. Rosno irritada e após muito estresse e Helena ameaçando chorar, nós saímos do congestionamento de quilômetros. Quase duas horas depois estaciono na frente do enorme prédio onde Lauren havia dito que morava, mordo meu lábio e então saio do carro vendo um manobrista vindo rapidamente em minha direção, eu pego as coisas de Helena junto com seu bebê conforto e entrego minha chave para o homem.

Ele se oferece para me ajudar mas eu nego com a cabeça, vou até a entrada do prédio e um homem abre a porta para mim, me cumprimenta gentilmente e eu retribuo o comprimento.

- Lauren, onde você me meteu. - murmuro indo em direção a recepção - Com licença, qual o andar da Lauren Jauregui? - pergunto atraindo a atenção de uma mulher que abre um sorriso ao me ver.

- A Senhora é a Senhora Cabello, estou certa? - pergunta e eu afirmo com a cabeça - A Senhora Jauregui está a sua espera, me acompanhe. - se levanta da cadeira e da a volta no balcão - Quer ajuda? - pergunta e eu nego com a cabeça murmurando um obrigada.

A mulher vai até um elevador e eu a sigo, ela aperta o botão com número 14 e em seguida digita uma senha no painel para só então depois o elevador começar a de mover, nós ficamos em silêncio e Helena balbucia alto me fazendo rir e a olhar.

As portas do elevador se abrem, a mulher é a primeira a sair e eu a sigo. Nós caminhamos pelo enorme corredor onde havia apenas duas portas, na que tinha o número 27 ela da algumas batidinhas delicadas e uma mulher com cabelos crespos e perfeitamente arrumado a abre.

- A Senhora Cabello chegou. - avisa e me olha, eu mordo meu lábio sem jeito apenas me perguntando onde Lauren estava.

- Olá, dona Camila, entre. - sorri me olhando e da espaço para que eu entre, agradeço a mulher que havia me levado até lá e entrar.

Olho em vota vendo paredes nos tons marrom e com alguns detalhes amarelos, dois sofás no centro da sala ao lado do outro, uma mesa perto dos sofás, um pequeno sofá de frente para os outros sofás e duas poltronas do outro lado com pequenas mesas as separando. O chão era na cor marrom claro, extremamente brilhante e um pouco mais atrás dos sofás, havia uma enorme mesa com catorze lugares. O que me chama a atenção é as enormes portas de vidro que davam para uma sacada com mais poltronas de outros estilos, dava para ver quase toda a cidade dali.

- Você deve ser a Dona Maria, estou certa? - pergunto assim que a mulher fecha a porta e ela sorri.

- Sim, eu trabalho para a Dona Lauren. - sorri - Deixe-me te ajudar criança. - pede pegando minha bolsa e a bolsa de Helena - Ela está na cozinha, venha. Eu irei te mostrar onde fica. - sorri gentilmente.

- Onde eu posso deixar o bebê conforto? - pergunto sentindo meu braço começar a doer e Dona Maria olha para dentro do bebê conforto.

- Oh, essa é a tão famosa Helena? - me olha - Sua filha realmente é muito linda, Dona Camila. Pode deixar sobre o sofá. - aponta para onde os sofás ficavam e eu vou até eles, antes desço um degrau e então me aproximo dos sofás, coloco o bebê conforto da minha filha sobre um deles, tiro a bebê de dentro e em seguida olho para a mulher que já não segurava as bolsas, arrumo Helena em meus braços e me aproximo de Dona Maria.

- E pode me chamar de Camila. - digo por fim e ela ri baixo antes de subir novamente dois degraus, entramos em um corredor e em seguida adentramos uma cozinha que não era tão grande quanto a sala.

- Oi linda, desculpe não ir te buscar, a comida iria queimar. - Lauren diz tirando um pano do seu ombro e eu descubro de onde vinha o cheiro gostoso que eu senti no momento que coloquei os pés no apartamento.

- Tudo bem. - sorrio e ela se aproxima de mim depositando um selinho em meus lábios.

- Oi meu amor, como você está? - Lauren afina sua voz e Helena sorri banguela - Uh, vou levar esse sorriso como um: "estou bem!" - ri beijando a bochecha de Helena.

- Dona Lauren, vou colocar a mesa. - Dona Maria avisa e Lauren a olha assim como Helena e eu.

- Uh, eu agradeceria bastante. - entorta a boca - E não se esqueça, três lugares. - avisa e Dona Maria nega com a cabeça rindo antes de se retirar da cozinha.

Lauren e eu ficamos conversando até que ela desligue todas as panelas. Eu estava a observando com atenção e percebi, ela queria demonstrar que estava bem mas essa máscara não estava me convencendo.

Adorável HelenaWhere stories live. Discover now