1 capítulo

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OI GENTE.

Gostaria de dizer que tive a idéia para fanfic depois de ter visto um vídeo no facebook onde uma bebê de 3 meses fingiu estar mais molinha e no meio da consulta com a doutora, não parava de rir então sim, bebês podem pregar peça desse tipo antes que digam hahaha

Para os que vão querer saber, não. Essa fanfic não vai ter muito drama, farei uma escrita bem leve e divertida de se ler :)

Espero que gostem e caso quiserem falar sobre a fanfic, o meu twitter é @lmjkcczm.

Amor...

Uma palavra com quatro letras que tem um significado imenso a ponto de mudar vidas ou destruir vidas.

Existem muitas formas de amor; amor de irmãos, amor romântico, amor por seu bichinho de estimação, amor por bens matérias e o amor mais forte que eu tive o prazer de sentir, o amor materno.

Quando eu era menor, me perguntava o quanto uma mãe poderia amar seu filho. Seria o mesmo amor que eu tinha por bolo de chocolate no café da manhã? Ou seria o mesmo amor que eu sentia pela minha boneca favorita na época, Meg.

A exatos três meses eu tive o prazer de obter a resposta da maior e mais longa dúvida que eu já tive em minha vida; no dia do nascimento da minha adorável Helena.

Não irei romantizar o parto porque o meu foi infernal. Quinze horas de parto, muitas dores, inseguranças, choro, medo e mais inseguranças. Se não fosse pela minha mãe ao meu lado, creio que não teria conseguido trazer a minha adorável Helena ao mundo.

Quando eu ouvi o seu choro preencher a sala de parto que antes era preenchida pelos meus gritos de dor, fez parecer que toda as dores nas costas, pés, quilos ganhos, enjôos, desejos em horas inusitadas, a dor do parto e toda a dor que eu havia sentido no momento que eu sentia minha vagina rasgando pareceu ter válido apena.

Nos primeiros dois dias no hospital foram maravilhosos, eu realmente achei que poderia me acostumar com a nova etapa da minha vida; ser mãe de um pequeno ser humano indefeso. Mas esse conto de fadas foi desmanchado no primeiro dia que Helena e eu fomos para casa.

Fraudas sujas espalhadas pelo quarto que tinha as cores azul bebê. Cólicas incessantes, desespero por não saber o motivo do seu choro estridente, banhos desajeitados e o pior de tudo: tudo isso sozinha, sem nenhum marido ou meus pais para me ajudando.

No dia que saí do hospital minha mãe me disse as seguintes palavras que já foram acabando com meu conto de fadas: "Pode me ligar a qualquer hora caso Helena estiver chorando mas eu não poderei ficar com você pois Helena é a sua filha, você é que tem que aprender a lidar com ela".

Foram duas semanas difíceis, nesse período Helena acordava de madrugada chorando, fosse por fome ou por cólica. Isso me tirou muitas e muitas noites de sono.

O único horário que eu conseguia estar em paz para fazer minha refeição ou limpar meu apartamento era nas três horas que Helena permanecia dormindo, então a choradeira começava novamente com Helena exigindo 100% da minha atenção.

Não que eu esteja reclamando, eu amava dar atenção, cuidar, observar aqueles lindos olhos castanhos, seu rostinho e as mãozinhas mas ser mãe era definitivamente cansativo.

Ser mãe é conseguir amar tanto um único ser que seu peito parecia que iria explodir apenas por ouvir um único resmungo. Ser mãe é ter seu ponto de paz bem ali, em seus braços te olhando curiosamente. Ser tornar mãe é ter consciência de que sua vida se torna exclusivamente dedicada para o pequeno ser que estava em seus braços.

Helena havia se tornado o amor da minha vida naquele momento quando os médicos se aproximaram com ela logo depois de nascer para que eu pudesse ver seu rostinho. Naqueles segundos perto dela eu já havia descoberto a sensação de amar alguém tão intensamente a ponto de dar sua vida por esse alguém... É Helena era esse alguém.

Agora com três meses, Helena estava na época mais gostosa — estipulada por mim mesma —, ela já conseguia se sentar apoiada em algo e tinha um riso fácil. Helena estava aprendendo que havia duas papinhas, as de feijão e outras de legumes e aparentemente, ela apertava o botão vermelho para o de feijão e abria o berreiro sempre que eu me aproximava com essa papinha.

Creio que nesses quatro meses eu havia aprendido com ela diversas coisas como; nunca deixe seu cabelo perto da mão de um bebê pois ele vai puxar, o bebê pode te ensinar mais coisas do que ele aprende nos meses de vida. E outras diversas coisas mas a mais importante de todas, Helena odiava ir ao médico.

Toda vez que ela precisava ir em uma consulta de rotina, era uma luta diferente. Era só ela ver o hospital que começava a chorar desesperadamente como se eu estivesse a levando para a cova dos leões e tudo piorava quando ela via a Doutora Kimberly. A pediatra de cinquenta anos que cuidou da minha gravidez do começo ao fim. Eu não sabia o porque de Helena odiar tanto a Doutora, a Doutora Kimberly era um amor de pessoa com exatamente todos os bebês.

O filho de uma colega minha de trabalho era apaixonado por aquela Doutora mas Helena... Parecia que era torturada e esfaqueada por ela.

A Doutora Kimberly até se divertia com Helena enquanto eu morria de vergonha e pedia milhares de desculpas pela reação de minha filha. Ela dizia que era normal um bebê não ir com a cara de alguém ou não gostar de um lugar.

No requisito de odiar hospitais eu até entendo minha filha e me arrisco a dizer que ela pode ter puxado esse ódio de mim. Desde pequena eu odeio hospitais. O motivo? Eu não sei.

Eu terminava de trocar Helena, ela estava vestindo um macacão de girafa e se mantinha entretida com as estrelinhas penduradas no teto que ficava rodando diversas vezes sobre sua cabeça.

- Prontinha, meu amor. - falo a pegando no colo e logo procuro seu paninho borbado Helena na cor amarela - Hoje vamos passear para comemorar, eba! - minha voz sai infantil e delicada enquanto limpava sua boca que estava babada - A mamãe só vai precisar te colocar no carrinho e ir preparar a sua mamadeira, tudo bem? - vou até a poltrona de alimentação e pego sua bolsa rosa a colocando sobre meu ombro.

Desligo a luz do quarto deixando apenas os raios de sol iluminando aquele cômodo tão charmoso e infantil para poder ir para a sala onde sei carrinho se encontrava.

- A mamãe já volta, estamos entendidas? - colocando-a no carrinho e ela faz um barulho com a boca me fazendo sorrir - Estamos entendida, mamãe! - Helena esboça um sorriso banguela e então ri.

Coloco sua bolsa sobre o sofá e vou para a cozinha procurando o leite que havia tirado com a bombinha que tinha ganhado de minha mãe e encho uma mamadeira. Depois de tomar um pouco de café extremamente rápido, ouço Helena resmungando da sala.

- O que foi? - pergunto preocupada me aproximando do carrinho e a vejo com uma carinha nada boa - Está sentindo cólicas, amor? - faço um pequeno bico, Helena me olha repetindo o ato e em seguida ela ameaça chorar - Ei, ei... A mamãe está aqui. - coloco a mamadeira no apoio que havia no carrinho e a pego percebendo que ela estava um pouco mais mole que o normal em meu colo.

Adorável HelenaWhere stories live. Discover now