Capítulo 17

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Ricardo deixou que os guardas fossem descansar em suas casas quando já estávamos dentro dos terreno do castelo, mandou que Monteiro fosse avisar que a guerra estava acabada ao parlamento e me acompanhou para o palácio, quando já estamos nos jardin...

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Ricardo deixou que os guardas fossem descansar em suas casas quando já estávamos dentro dos terreno do castelo, mandou que Monteiro fosse avisar que a guerra estava acabada ao parlamento e me acompanhou para o palácio, quando já estamos nos jardins reais, ele me puxa me obrigando a descer do cavalo e me abraça com carinho.

- Obrigada. - ele sussurra ao meu ouvido. Ouvir ele falar tão perto de mim me causou arrepios e tentei em vão me afastar. - Você salvou minha vida. - ele completa beijando meus lábios de leve.

- Ricardo não podemos... - tento o impedir continuar em vão, ele me acaricia os cabelos retirando meu chapéu e volta me beijar dessa vez um beijo mesmo, meu primeiro beijo, estava com o estômago embrulhado como se borboletas voassem por ele e minha pele com arrepios que me deixaram com medo que ele percebesse, mas o beijo foi tão bom que não queria que parasse, porém parou da pior maneira que poderia ter parado...

- Muito bonito para os dois. - ouvimos a voz da minha tia e nos afastamos, peguei meu chapéu no chão e olhei para as duas mulheres com cara de brava na nossa frente. - Você diz mesmo para que veio ao mundo não é? Tinha que fugir para ir se entregar a ele? Não bastou estarem noivos? - ela cuspia as acusações e Ricardo tentava falar em vão.

- Mais uma vez estou decepcionada com você minha filha. - minha mãe disse e uma lágrima rolou do meu rosto, mas não sabia quando havia sido a outra vez que a decepcionei.

- Mãe, tia eu posso explicar. - Ele disse por fim ajeitando o terno. - Ela... eu - ele começou a gaguejar nervoso. - Ela salvou minha vida. - disse por fim.

- E como recompensa se entregou a você? - minha tia disse ríspida. - Meu filho você é homem, mas essa aí tinha a honra para zelar e não pensou nisso antes de sair pelas caladas da noite com um homem. 

- Tia eu... - ela não deixou eu terminar fez um sinal com a mão de silêncio e minha mãe disse.

- Vá para seu quarto, estarei lá em cinco minutos.

Olhei para Ricardo com jeito triste me olhando, fiz uma reverência a rainha e saí permitindo que as lágrimas rolassem no meu rosto. Ao chegar no meu quarto fui recebida por minhas damas que me abraçaram pedindo perdão e eu apenas acenti com a cabeça me jogando na cama.

- Com licença. - ouço a voz dele e levanto da cama indo ter com ele, já não via as meninas no quarto. - Vim me desculpar por minha mãe.

- Não precisa estou acostumada com o ódio das duas por mim. - digo fraca.

- Vamos acelerar o casamento com alguns arranjos feitos por ela, mas vou provar que você está intácta e então reverteremos o quadro ao nosso favor. - ele diz e eu sorrio sem ânimo para enfrentar a enxurrada de pensamentos que me invadiu.

- Ricardo eu não quero ser a imperatriz, não quero a coroa dela e nem quero viver no palácio, só te amo e queria ficar com você.

Ele me olha com carinho e sorrindo fofo diz: - Eu também te amo muito. Vou tentar resolver esse problema, vou nessa que a qualquer momento minha tia virá aqui. - diz beijando minha testa e saindo. Não demora muito e ouço a porta sendo aberta e minha mãe passando por ela.

- Mãe quando foi que lhe decepcionei que não lembro? - faço a pergunta antes que ela comece com os sermões.

- Desde que nasceu, primeiro se você fosse um homem eu poderia voltar a viver no palácio pois você seria um propenso indicador ao trono, segundo sendo menina vivia correndo e pescando e fazendo tudo que os meninos fazem e agora se entregar ao seu primo para garantir que se case com você. - ela cospe as palavras me magoando, quer dizer que minha mãe não me suporta só porque nasci menina?

- Mãe eu não me entreguei a ninguém. - digo sentando e chorando.

- Não me diga que uma moça que passa a noite fora é fazendo tricor. - ela é ironica. - Vamos acelerar o casamento, a rainha irá fazer um contrato de casamento e você assinará, no contrato dá direito a ela de ter direito sobre seus filhos homens e você só aparecerá ao público em eventos anuais, está confinada no castelo e sem direitos. Satisfeita? Era isso que queria? Dar brecha para ela lhe maltratar e vingar a raiva que tem do seu pai em você? - ela diz uma coisa atrás da outra sem me deixar falar e eu só choro. - Por favor tenha vergonha e não fique transitando no castelo, todos comentam a mulher fácil que você é. - sai batendo a porta com raiva e eu me deixo tomar conta pelo choro.

- Ema? - ouço uma voz suave me chamar e abrindo os olhos vejo Juliana ajoelhada perto de mim, acabei adormecendo no sofá. - Levante, deve estar toda doída, vou mandar preparar seu banho.

- Como foi que ela soube? - perguntei.

- Jogaram pedras e outras coisas no castelo durante a noite, manifestantes com raiva da rainha e quando o chefe da guarda foi solicitado não se encontrava, mandaram chamar Letícia que ao dizer que não sabia onde ele estava a rainha achou estranho e mandou a torturar.

- Torturar? - pergunto perplexa. - Onde ela está?

- Fazendo as malas, foi demitida e o capitão está sumido.

- Que coisa estranha. - digo pensativa. - Ela bateu em Letícia?

- Bateu e cortou suas vestes lhe deixando nua no tronco com todos a olhando, também queimou ela em algumas partes, foi quando ela não resistiu e disse onde ele estava. Nessa hora já tinham dado por sua falta, pois levaram todos para a sala de segurança e não te encontraram. Letícia desmaiou e está com muita vergonha.

- Todos pensam que o marido dela a traiu comigo não é?

- Pensavam, até que você chegou aos beijos com o imperador e agora pensam que ele te levou para o rei.

- Mais porque ele está sumido? E ela vai pra onde?

- Nenhum dos guardas que foi com você voltou. - ela diz e eu abro a boca espantada.

- Mas eles vieram conosco e Monteiro iria no parlamento enquanto os outros estavam de folga.

- Não aconteceu amiga, eles sumiram todos sem deixar vestígio, Letícia vai para a casa de uma tia distante e o pior que ela esta pensando estar grávida.

- O  imperador prometeu resolver esses problemas, também estou muito encrencada Ju.

- Eu sei, ouvi os gritos da sua mãe com você a noite, não quis te incomodar após a saída dela, mas fiquei aqui perto caso precisasse.

- Obrigada. Então quem vai preparar meu banho?

- A rainha colocou guardas no seu quarto por fora para a senhorita só sair com ordem dela e duas criadas que vão dizer o que você faz. Eu ainda te sirvo mais não posso te acompanhar fora do quarto.

- Ela precisa de freios. - digo mais pra mim do que para ela.

- Vem vamos tomar banho. - ela me puxa pela mão e me deixo ser levada.

 - ela me puxa pela mão e me deixo ser levada

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Honrada por DeusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora