Capítulo 10

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"Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole e minha bênção sobre seus descendentes."

Isaías 44:3

Eu sei que estou proíbida de descer, mas nunca fui uma pessoa voltada a obedecer muito bem, sempre ultrapassei os limites das regras da minha família, como diz papai eu tenho um espírito livre. Por isso que estou eu aqui nos corredores do castelo arrumada com um dos vestidos que minha irmã usou hoje para tentar me passar por ela aos guardas mesmo tendo cabelos de tonalidades diferentes. Eu precisava andar um pouco ir até o jardim, iria morrer sufocada se ficasse só dentro daquele quarto.

- Alteza? - ouço a voz em minhas costas me chamando bem perto da saída já, gelo com medo que seja o príncipe ou alguém que me entregue a minha tia. Viro-me lentamente e me surpreendo ao ver Afonso.

- Ainda bem que é você. - digo aliviada o puxando para trás de uma pilastra. - O que faz aqui?

- O que faz você aqui a essa hora? - ele pergunta. - Já sei, iria para o jardim? - eu afirmo com a cabeça e ele me dá o braço para me conduzir até lá, na saída os guardas nos reverenciam e eu tímida com isso digo:

- Eles pensam que sou minha irmã. - ele me olha sorrindo e diz: - Talvez por você estar usando o vestido que ela estava no jantar?

Sinto minhas bochechas corarem da vergonha e sinto a necessidade de me explicar. Mas antes ele faz uma pergunta entrando num ponto que eu não queria tocar. - Não lhe vi no jantar onde estava?

- Sua família ceia com a família real? - o questiono tentando mudar de assunto.

- Já lhe disse que tenho que acompanhar minha mãe. - ele diz e sinto que me esconde algo. - Mas e você porque não estava com sua mãe e irmãs no jantar?

Abaixo minha cabeça envergonhada, não podia dizer que minha tia a rainha não gostava de mim e me proibiu de sair do quarto. - Eu estava indisposta. - minto e peço perdão a Deus pela mentira.

- Sente-se melhor? - ele pergunta preocupado.

- Sim obrigada. - digo claramente envergonhada. - Virá para o baile?

- Dançaria comigo? - ele pergunta e eu sorrio.

- Não sou boa dançarina.

- Me diga Ema já vi sua irmã algumas vezes na corte, sei agora que é sua irmã pelo vestido, mas porque eu não a vejo?

Eu não saberia responder então ouço as badaladas da meia noite e me solto do seu braço saindo correndo em direção a entrada do castelo e digo tão somente enquanto corro: - No baile conversamos tenho que ir. - entro e vou direto para meu quarto.

(- Princesa o que será que acontecerá nesse baile? Ele agora já sabe que ela é prima dele e não se apresentou como primo.

- Não sei, mas olhe tem uma missiva nessa página, vamos ler?)

(carta do príncipe Ricardo para o príncipe Leopoldo encontrada por Joana e entregue a Ema) Leopoldo meu amigo, não sei como me meti nesse problema, mas a sua cunhada e minha prima, é a moça misteriosa de quem venho lhe falando estar apaixonado. Lembra que disse que no dia do seu noivado eu seria coroado e teria que escolher uma esposa? Pois bem estava fugindo dessa parte pois meus pensamentos são povoados por uma certa moça que tem um jeito diferente de ser e que pensa em muitos casos como eu penso. Não sei o que fazer, como convencer minha mãe de que a sobrinha que ela renega é a dona do meu coração. Por favor me faça uma gentileza, estou indo no reino vizinho resolver um problema e voltarei em cima da hora da festa, garanta que ela estará no baile e que melhor, que nenhum homem se aproxime dela. Sei que vai estar ocupado com sua noiva, mas se esforce para fazer esse favor a seu amigo de infância. Quando eu chegar vou me apresentar a ela e se ela me aceitar como imperador irei falar com minha mãe que já tenho minha esposa.

 Quando eu chegar vou me apresentar a ela e se ela me aceitar como imperador irei falar com minha mãe que já tenho minha esposa

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