Capítulo 23

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LUNA POV
Nunca idealizei me casar, para ser sincera jamais passou por minha cabeça que esse momento aconteceria tão cedo, tinha uma rota traçada, iria finalizar os estudos, me estabilizar num bom trabalho e financeiramente, conquistar minha casa, tudo isso em ordem, mas parece que o destino reservou outros planos, vou conquistar tudo isso, mas dessa vez acompanhada, por alguém que me ama e me respeita, meu marido... Marido, engraçado como a palavra soa doce e gostosa nos meus lábios, uma palavra comum, mas que para mim parece a mais especial de todas.
O casamento no civil aconteceu pela manhã, agora, aqui diante de Deus, estou me unindo ao meu amado para sempre.
Sua mão está entrelaçada firmemente com a minha, estamos ajoelhados no pedestal de frente com o padre, esse que realizava a cerimônia de forma serena, suas palavras penetravam nossos corações, em alguns momentos não me aguentei e deixei as lágrimas fazerem presença nesse dia especial.

— Fiquem de frente um para o outro! E deem as mãos! – Instrui e o fizemos.
Olho no fundo da sua pupila dilatada e a íris brilhantes do meu amado, sua covinha a mostra me tira um riso.
— Você está maravilhosamente linda, minha vida! – Sussurra com o rosto próximo ao meu, segura minhas mãos rente aos nossos corpos.
— Estamos aqui com esse jovem casal, Luna e Eduardo, para oficializar e abençoar essa união perante ao nosso criador, que vocês tenham um casamento duradouro, com muito amor e que sejam sábios na hora de enfrentar os desafios impostos, que mesmo nos momentos de dificuldades, quando não houver saúde, dinheiro, nos momentos de alegria e tristeza, vocês usem a sabedoria para enfrentar os dilemas... eu os abençoou no nome do pai, do filho e do espírito santo.


O padre Gregório abençoa nossa união, agora é oficial, sou a Sra. Santiago.
Não houve tempo para os votos, mas na minha visão não era necessário, Eduardo já sabia, recebia e sentia tudo aquilo que diria nos meus votos, melhor que palavras são as atitudes, certo?
— Com o poder a mim concedido, eu vos declarado, marido e mulher! Que Deus os abençoe! Pode beijar a noiva, meu jovem rapaz!
Sem mais delongas, Edu me apoia firmemente em seus braços, e joga meu corpo para trás, em seguida me tasca um beijo contido, um toque demorado nos meus lábios, o povo de Uncastillo aplaudiam a cena, sinto meu rosto corar devido à plateia, mas não me deixo acanhar, ao me recompor, levanto o buque para o alto em comemoração.
— Finalmente casados. Sra. Santiago... Luna Santiago, soa muito bem aos meus ouvidos! Está feliz?
— Ainda pergunta? Esse é um dos dias que ficará para sempre na minha memória, e esse vilarejo se tornou o lugar mais especial do mundo!
— Nas nossas memórias, a cada aniversário de casamento voltaremos aqui e comemoraremos da melhor forma possível, faremos essa relação dar certo!
— Sim, já está dando certo! Nosso futuro será promissor, tenho certeza!
Fico nas pontas dos pés e abraço seu pescoço, acabo sendo embriagada pelo seu cheiro marcante e único, as notas amadeiradas era como um calmante para meu organismo, amava dormir com o nariz próximo ao seu cangote, dormia calmamente, como um anjo.
— Ei, venham aproveitar a festa! – Grita a jovem de longos cabelos pretos e grandes olhos azuis.
A festa também seria coletiva, o pessoal daqui amavam estar juntos, impressionante. Organizaram uma linda comemoração num espaçoso restaurante local.
— Sou grato a todo esse pessoal, mas queria tanto voltar para nosso castelo e aproveitar o seu doce mel!
Eduardo odiava festas, e sempre que estava em uma, na maioria das vezes era por pura obrigação e compromisso.
— Faremos assim, vamos passar lá por uma hora, depois partimos para nossa festinha particular!
— Fechado! – Deposita um beijo na minha testa.
Abraço-o pela cintura e caminhamos até o restaurante, durante o caminho avistamos várias noivas andando calmante pelas ruas com seus digníssimos vestidos brancos, eu era uma delas, literalmente o festival da união era um marco na cidade e adorei fazer parte.
— Meus pés estão me matando! – Reclamo, sinto o meu dedinho sendo esmagado pelo sapato.
meu marido interrompe a caminhada de supetão e se põem na minha frente.
— Vem, sobe nas minhas costas!
— Estamos quase chegando, não precisa!
— Faltam três quadras, seu dedinho ficará grato! Vem...!
Se abaixa levemente, e coloca as mãos para trás, me abaixo e retiro os saltos brancos, segurando-os com apenas uma mão.
— Vou subir! – Aviso.
Com a mão livre seguro a mão que me é estendida, passo o braço que seguro os sapatos em volta do seu pescoço e começo a escalar seu corpo. As pessoas que assistem à cena devem nos julgar como maluco, mas contínuo, por fim, Santiago sustenta meu peso segurando minhas coxas.
— Melhor?
— Muito, meus pés agradecem! Obrigada! – Abaixo a cabeça e beijo sua bochecha.

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