Capítulo 5 - Homem de aço

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Amber

Henry vestia uma simples camiseta branca, que valorizava devidamente seu físico maravilhoso e um jeans escuro. Não precisava fazer o mínimo esforço para ser candidato a sexiest man alive. Seu cabelo parecia molhado, penteado para trás seguro em gel e como estava cheiroso, santa mãe de deus! Fui reparando cada detalhe a caminho do bar, no banco de trás do táxi.

- Eu acho que vai gostar das minhas escolhas. Bom, eu espero que sim. - disse durante o trajeto.

- Só não abuse da minha tolerância ao álcool depois da terceira ou quarta parada.

- Vamos ver como você se sai nessa. - desafiou com um sorriso lindo.

Será que Henry esperava me embebedar também e todo aquele papo de esperar era história? Estava pronta para descobrir.

Paramos no primeiro bar e pedimos cerveja, cada um segundo a sua preferência.

Ele parou por um momento depois de dar um gole já em um ponto que seu copo estava pela metade e me olhou como se estivesse pensando. Por pouco eu não conseguia ver um balãozinho flutuando sobre sua cabeça.

- O que foi? - perguntei, enquanto pegava um punhado de amendoins.

- Nada. - ele respondeu vagamente, se ocupando com outro gole.

Inclinei a cabeça duvidando.

- Você bebe rápido. Não consigo acompanhar seu ritmo. - queria que tivesse a mesma pressa em outros aspectos.

- Leve o tempo que precisar. Temos a noite toda. - temos?

- Quando você volta para as filmagens? - perguntei.

- No domingo à noite. - respondeu, debruçando-se sobre o balcão, deixando a musculatura de seu braço mais aparente. Precisei virar para frente para tirar aquela imagem tentadora da minha mente etílica.

Não via nenhuma abertura para me aproximar ou coisa parecida. Contudo, sua atenção ao falar olhando no fundo dos olhos, mesmo em um ambiente mal iluminado como aquele ainda era de fazer meu coração pular uma batida.

- Por quanto tempo você fica dessa vez? - perguntei.

Já estava sendo difícil pular a etapa da amizade com ele por perto. Longe, seria impossível.

- Não tenho certeza. Um pouco mais de três semanas, acredito. Eles não são de seguir o cronograma fielmente, então pode ser que se estenda.

Percebi que Henry era um tanto vago quando se referia ao trabalho. Porém também havia percebido que talvez fosse por eu não demonstrar tanto interesse.

- Você tirou a barba que estava se formando bem aí. - apontei para seu maxilar perfeitamente desenhado e valorizado com o barbear.

- Sim, para as próximas cenas, não vou precisar estar de barba. Já terei voltado aos trajes reais, retornando da guerra. - fez os trejeitos do personagem.

É claro que seu personagem tinha que ser príncipe, rei, qualquer coisa majestosa.

- Curto esse visual de realeza. - dei um passo na ousadia.

- De camiseta e jeans? - Ele olhou para si mesmo com modéstia.

- Pode apostar que sim.

Mostrei-lhe meu copo vazio e coloquei sobre o balcão como criança ao dizer que bebeu tudo.

- Pronta para o próximo? - quis me animar.

- Nem precisa perguntar.

Andamos alguns metros e logo esbarramos em um pub com pessoas fumando do lado de fora e uma pequena porta que dava de frente para o balcão. Lá dentro, apenas estofados emoldurando o ambiente e nenhuma mesa ou cadeira, tínhamos o balcão e os bancos altos do bar. Ideal para beber algo rápido e seguir pelo nosso tour etílico.

Thanks, KalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora