Daya estava na porta da minha casa tocando incessante a campainha.
— Já vai, caralho! — Gritei, segurando a toalha que envolvia meu corpo e descendo os degraus depressa.
Eliza me olhou com o cenho franzido, me repreendendo silenciosamente pelo palavrão.
Abri a porta, encarando a garota de pequena estrutura batendo o pé no chão, com as mãos apoiadas no batente da porta.
— E ai, Foster? Pronta pra pegar geral hoje? — Perguntou, movimentando os ombros de forma estranha enquanto entrava na sala.
— Qual é, Carter? Só quero dançar, beleza? — Respondi, secando meus cabelos.
— CHATAAAA! — Mostrou a língua, seguindo-me escada acima.Chegando no meu quarto, Day jogou-se preguiçosa na cama, encarando o teto.
— Vai vestir o quê? — Ela perguntou, arrastando-se e encostando a cabeça na cabeceira.
Ergui minha calça jeans preta e um blusão cinza.
Daya riu escandalosamente.
— Você deve estar pirando, né? — Tentou parar de rir, mas as gargalhadas continuavam. — Eu disse, Foster: Você não é nada sem mim. — Caminhou até o closet do lado direito do quarto.
Jogou várias roupas no chão, me fazendo bufar de raiva.
— Usa isso. — Jogou uma peça no meu rosto.
Olhei o vestido preto que eu não usava desde o ano passado.
— Isso não serve. Nem fodendo. — Joguei o vestido em sua direção.
Ela o pegou antes que atingisse seu rosto e me olhou com um olhar intimidador.
— Droga. Passa logo essa merda. — Cedi com a cara fechada.
Entrei no banheiro e me vesti com dificuldade.
— Morreu no banheiro, Cassidy? — Debochou.
Sai do banheiro com a maior calma do mundo. Estava com medo que qualquer movimento brusco rasgasse a roupa.
— PORRA, CASSIE! VOCÊ TÁ MUITO GOSTOSA! — Gritou, me olhando de cima à baixo.
Comecei a rir e ela me acompanhou.
Olhei para o espelho em frente ao guarda-roupa. Eu estava mais que gostosa.
— O que seria de mim sem você? — Olhei para ela que encontrava-se no chão escolhendo sua roupa.
— Eu disse. — Piscou pra mim. — Agora senta aqui que eu vou dar um jeito nessa sua cara de morta viva.Revirei os olhos, enquanto sentava em sua frente.
E em quarenta minutos eu havia presenciado o maior milagre do mundo.
— Wow. Daya Carter, você é uma fada! — Exclamei, levantando.
— É, eu sei. — Jogou os cabelos por cima dos ombros.
— Agora sai que é a minha vez. — Me expulsou, levantando-se em um pulo. — Ai, deu câimbra, porra. — Pulou em um pé só até chegar ao banheiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
7 Hearts
FanfictionDizem que quando se encontra o amor verdadeiro sentimos uma conexão única. Mas o que fazer quando essa conexão é estabelecida com sete pessoas ao mesmo tempo? Sete garotos, mas só um pode ter seu coração.