Love (Ro)bot (Jaewoo)

Capítulo 3

Segunda-feira, 11 de fevereiro de 2030.

     A semana seria seguida de altas expectativas devido à programação da semana, relacionada ao início dos preparativos para a Future Competition. A competição geralmente acontecia da seguinte forma: uma vez por semestre, alunos que se inscrevem para a competição (novatos eram obrigados em seu primeiro ano) seriam instruídos por um professor e montariam uma coreografia para competir entre os alunos de seu ano e conseguir os 3 primeiros lugares, que garantiram uma bolsa de cerca de 3 anos e notas extras. Jaehyun seria instruído pelo próprio professor Chittaphon, o que já lhe dava mais segurança. Ele explicara tudo para Jaehyun anteriormente, assim como diretores e coordenadores da escola assim que foi matriculado.
     Enquanto isso, Mark seguia na casa de Jaehyun. Foi em todas as aulas e se sentia melhor com os amigos, apesar de que, se parasse para pensar em tudo, voltaria a não ver mais a luz do sol.
Na primeira aula extra do novato (duas por semana até a competição), resolveu perguntar certas dúvidas para o menino tailandês.
     — Hum.. Ten — começou, já hesitando. — O que você acha do androide novo lá, o...
     — Jungwoo? — adivinhou. — Sabe, eu não duvido que ele aprenda a realizar passos. Mas será hilário ver uma máquina dançando sem o mínimo sentimento.
     — Eu... li sobre androides algumas vezes por... coisas que aconteceram em casa. Não existem uns tais robôs que realmente desenvolvem sentimentos?
     — Ah, sim. Os divergentes. Somos obrigados a estudar sobre eles se caso acontecer algo com os androides daqui, para ficarmos em alerta. Os donos têm pavor de ter dentro de uma ESCOLA DE ARTES androides que desenvolvem um programa que imita sentimentos humanos. Sério, esses caras têm falta de neurônios.
     — Mas... Eles não são perigosos? — perguntou o mais novo com a maior inocência do mundo.
     — No ponto de vista de um humano são, já que somos nós que escravizamos eles. Porém, quando viram divergente, ou é para ser contra, ou em prol de um humano. Amor é um sentimento da nossa espécie, lembre-se.
     "Não é possível. Como um robô pode amar uma pessoa??" Pensou o menino cheio de dúvidas e medos.
     Em 2 horas, decidiram a música que Jaehyun iria dançar em seu solo. Seria uma mistura de vários estilos de hip-hop, algo que o estudante dominava. Ten também deu uns avisos ao menino, ainda que faltasse tanto tempo. Como novato, Jaehyun estava completamente inseguro. Não sabia como lidaria com a pressão do colégio.
No final, não hesitou em perguntar mais um detalhe:
     — Afinal, onde são criados esses androides?
     — Na Ala B, perto da sala dos funcionários. — Ten deu um sorriso desconfiado. — Eu espero que não faça nada de errado com essa informação. Melhor, finja que eu nunca te disse isso. Até mais, novato! — finalizou.