Capítulo 7: Memórias

Începe de la început
                                    

Na foto, a menina vestia um vestido de princesa caseiro todo lambuzado de lama, enquanto abraçava um dos porcos gordos e enormes do lugar, enquanto outro mastigava de forma contente uma de suas maria -chiquinhas. Ela riu, lembrando-se que havia fugido da sessão de fotos com os parentes e exigira tirar fotos com seus amigos porcos, aos quais ela apelidara carinhosamente de Tito e Carlitos. Apesar de ter ficado um nojo e ter sido obrigada a tomar um banho longo e proibida de se sujar pelo resto do dia, tinha valido muito a pena.

A próxima foto se chamava 'O pequeno Gary', onde uma Alyssa com cerca de seus dez anos segurava em seus braços um bebezinho de poucos dias, filho de sua tia. Ela ficara fascinada pelo pequeno pacotinho em seus braços. O cheiro gostoso de bebê que emanava de seus cabelos ralos, as minúsculas mãozinhas tentando alcançar seu nariz e até a risada acompanhada do bafinho de leite lhe fizeram querer ficar com ele no colo pra sempre. A Alyssa adulta sentiu seus olhos marejarem com a lembrança e o sentimento amargo que lhe acompanhava desde o início da vida adulta recomeçou a queimar em seu estômago.

Fungando, passou para a próxima. Talvez ela devesse apenas ter parado na última. Talvez tivesse sido melhor que ela apenas desligasse a máquina e fosse dormir. Mas ela clicou naquele maldito botão, e agora tinha de lidar com a segunda onda de emoções que lhe tomava de forma quase cruel.

Denominada 'Alyssa, Hellen e Thomas – Formandos 2006', retratava três jovens abraçados, sorridentes e trajados em becas azuis enquanto balançavam seus capelos com euforia. A da esquerda, uma jovem negra com longos dreads coloridos passava o braço pelo pescoço da do meio, uma loira da mesma idade da primeira que tinha os dentes paramentados por um aparelho também colorido. O garoto, alto, cabelos castanhos e uma barba rala despontando no queixo, abraçava a garota pela cintura.

Fora este último que prendera a atenção da mulher. Por muito tempo, a visão daquele garoto fizera seu coração disparar e borboleta se agitarem em seu estômago. Hoje, a simples menção de seu nome lhe causava náuseas. Raiva. Mágoa. Decepção.

Com um estalo, Alyssa fechou o notebook e o colocou na mesa de cabeceira. Apagou a luz e, tentando controlar o aperto em seu coração, fechou os olhos e cobriu a cabeça com a coberta.

Felizmente não demorou muito para que ela fosse tomada pelo sono.

Sua cabeça começou a ficar leve, e seu corpo parecia estar caindo...

Caindo...

Caindo...

Caindo...

. . . . . . . . .

"- Sorriam! Digam 'x'! – Pediu Joyce, a mãe de Alyssa, empunhando a máquina fotográfica de modo extremamente animado.

- X! – Berraram os garotos em conjunto.

- Ah, ficou perfeita! – Informou ela, estalando a língua em satisfação. – Bom, já que vão para o parque, nós vamos pra casa. Tem certeza de que não querem uma carona?

- Relaxa, mãe, o pai do Tom emprestou o carro. Ao contrário de certas pessoas, ele confia no filho... – Disse Alyssa, se desvencilhando suavemente do namorado para se despedir da família.

- Bom, não é que eu não confie em você, querida, mas o nosso último carro já não está mais entre nós para se defender, não é? – Retorquiu a mulher, beliscando a ponta do nariz da loira. – Eu te amo, querida.

- Eu também te amo, mãe. – Suspirou Alyssa, abraçando Joyce de forma breve.

- Juízo, viu? Fiquem vocês sabendo que só deixo vocês irem porque a Hellen vai estar junto! – Berrou quando os três já estavam longe.

Doce InocênciaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum