Capítulo 4: Segredos

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"A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua." Provérbios 14:1

No dia seguinte, o sol estava radiante. O calor abafado se levantava do chão, ondulando de forma incômoda. Incômoda, sim, porém não para Alyssa.

A jovem adorava o verão e tudo o que com ele vinha; água, diversão, roupas leves e, principal e obviamente, o calor.

Alyssa simplesmente amava o cheiro morno de terra, as pequenas gotículas de suor que se acumulavam em seu rosto, pescoço e colo, além da luz do sol refletindo em sua pele exposta.

Com energia, ela saltou da cama. Jimmy havia saído para ir à cidade bem cedo, então ela estaria sozinha até o meio da tarde.

Seguiu para o banheiro, no intuito de escovar os dentes. Mirando-se no espelho com a escova na boca, avaliou com surpresa pequenas manchas roxas ao longo do seu pescoço. Corando um pouco e sentindo o calor aumentar repentinamente, lembrou-se da noite passada.

Cerca de meia hora depois que chegara a casa, Jimmy retornou, encontrando-a vestida apenas com uma camisola de cetim branco. Não demorou muito para que ambos estivessem emaranhados um no outro, liberando todo o tesão acumulado dos meses de namoro em uma só noite.

"E que noite...", refletiu ela, mordendo o lábio inferior. Nada como imaginara que seria, claro, mas definitivamente nem um pouco decepcionante. Ela sabia que Jimmy havia sido casado há alguns anos atrás, e que segundo ele havia a mulher havia fugido com outro, então sabia que ele não era mais virgem. No entanto, sempre imaginou que ele fosse mais do tipo carinhoso e romântico na cama como era no relacionamento. Estava redondamente enganada.

Ficou claramente surpresa com a performance selvagem do homem, e isso pareceu deixá-lo ainda mais excitado. Por sua vez, a mulher podia dizer que nunca sentira tanto prazer quanto naquela noite.

"Hellen estava certa, afinal. Uma boa noite de sexo faz maravilhas na aparência de alguém..." pensou, dirigindo um riso safado ao seu reflexo.

Decidida a refrescar-se (do calor e dos pensamentos), entrou no banho e deixou que a água levasse todo e qualquer vestígio de suor do seu corpo. Descobrira ainda que o pescoço não era o único lugar marcado.

Por fim, saiu do chuveiro, vestiu-se com um vestido leve de algodão azul e tratou de encobrir as marcas mais visíveis com base e pó compacto.

Tomou um café rápido, e enquanto lavava a louça, decidiu que faria uma torta de maçã com as maçãs das árvores que vira na noite anterior.

Pegou uma cesta de vime na despensa e desceu o caminho íngreme em direção a casa de sua sogra e, consequentemente, das maçãs.

Começou a colher as mais bonitas, utilizando uma vara para pegar as do topo. Algum tempo depois, quando havia coletado uma quantidade favorável de frutas, sentou-se à beira da laguna, aproveitando para mergulhar os pés na água morna e deixar que os raios de sol lambessem sua pele com alegria.

Preguiçosamente, esticou os olhos até a casa de Brenda, a poucos metros dali.

O fusquinha cor de mostarda não estava no espaço coberto que servia de garagem, o que indicava que a mulher havia saído.

Apreciou a varanda de madeira escura e as dezenas de plantas envasadas que enfeitavam o mesmo. Como se não bastasse a variedade enorme de plantas que cresciam naturalmente no espaço rural, Brenda ainda cultivava flores e ervas em inúmeros vasos que circundavam toda a residência.

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