Respostas

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– Não pai, eu não volto hoje. Na verdade, nem sei quando volto... – O mais novo dizia ao telefone, enquanto encarava o pedaço de papel em suas mãos. – Eu sei, eu sei que precisa de mim, principalmente agora que me formei, mas preciso ficar. – E, por mais que o pai tentasse argumentar, Sasuke estava mesmo certo do que queria.

Ele queria ajudar Sakura.

A conversa entre os dois durou umas meia hora até Fugaku entender (ou fingir que entendeu) que Sasuke ficaria um pouco mais na Islândia, ao lado do irmão e da cunhada. O que fez o moreno tomar essa decisão foi o bilhete que lia desde o momento em que acordou. Sakura provavelmente o deixou ali, em sua cabeceira enquanto ele dormia e a ideia de ajudá-la a entender as atitudes do irmão mais velho falaram mais alto. Logo discou um número esquecido em sua agenda de contatos, torcendo para ser atendido.

– Quem é vivo sempre aparece, hein, Sasuke? – A voz calma e sarcástica de sempre... Sasuke sorriu ladino.

– Apareci porque preciso de um favor... Você ainda está na Islândia?

– Seu dia de sorte, Uchiha. Voltei da Russia ontem. Em que posso te ajudar? – Sasuke riu.

– Preciso que me coloque para dentro de onde a Akatsuki faz seus acordos. Uma pessoa precisa de respostas e você pode nos ajudar com isso.

– Hmmm.... Perigoso, muito perigoso. E o que eu ganho em troca?

– Acredito que sua liberdade seja seu bem mais valioso, não é mesmo? Por enquanto, é isso que ganha. Se tudo der certo, consigo te arrumar algumas coisinhas mais.

– Você sabe mesmo como brincar, não é? Tudo bem. Preciso apenas que siga as seguintes instruções...

##

Sakura acordou com um pouco de dor de cabeça e em sua mente as palavras de Itachi ainda ecoavam.

Você quer me enlouquecer?

Bom, na realidade, ela se via dividida entre a cruz e a espada. Queria muito consumar seu casamento, não por obrigação, mas por realmente sentir algo por ele.

Algo que não conseguia explicar.

Se lembrou também do bilhete que escreveu antes de se trancar no quarto. O bilhete endereçado a Sasuke, no qual pedia ajuda para descobrir no que o marido se empenhava tanto.

Ela sabia dos riscos, e, sinceramente, estava disposta a correr cada um deles.

A conversa com o cunhado serviu para esclarecer muitas coisas na mente dela, como o que realmente passou a sentir pelo Uchiha mais velho. Também a fez perceber que algo estava errado, afinal, não era justo Itachi lutar sozinho enquanto ela apenas observava de longe.
Queria ser companheira dele de todas as formas possíveis de se imaginar.

Se assustou ao ouvir batidas tímidas na porta e se levantou, pedindo para quem quer que fosse girar a maçaneta e entrar. Sasuke estava lá, com seu bilhete na mão e um sorriso ladino.

– Bom dia cunhada! – Disse, fechando a porta logo em seguida e a observando por inteira. O rosto dela enrubreceu ao olhar para baixo e perceber a roupa que usava. O moreno apenas riu.

– Sasuke. Bom dia. – Sorriu e se foi para o banheiro, deixando a porta entre aberta. – Desculpe por isso, acabei de acordar...

– Como se eu já não tivesse te visto sem roupas antes, né? – Novamente, ela ficou vermelha, mas ele não viu, afinal, ela já estava no banheiro se preparando para conversarem melhor. – Eu não teria o mesmo controle de Itachi...

– Ora ora... Disse ela, saíndo já vestida e com as higiênes em dia. – Você mesmo quem disse que ele tem razões para isso. Por acaso mentiu pra mim? Acha que ele não sente atração? Que não me quer?

Atado pelo Orgulho (ItaSaku) {Em Revisão}Where stories live. Discover now