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Ino parou seu carro próximo ao Range Rover de Kizashi. Respirou fundo e se virou para Sakura.

– Nem acredito que a gente acabou o ensino médio! Meu Deus, tô muito animada! – A loira diz enquanto um flash dos últimos três meses passa pela sua cabeça. Ela colocou as duas mãos nas bochechas vermelhas e soltou um gritinho, fazendo Sakura se assustar. – Estou um pouco preocupada também, Saky. Já pensou se não entrarmos em uma boa faculdade? Meus pais me desertam, tenho certeza! – Sakura destravou seu cinto de segurança e olhou para a loira, a entendendo profundamente. Se aproximou devagar e abraçou a amiga.

– Você vai conseguir, porca! E eles se orgulharão de você! O sol nasce pra todos, lembra? Todos teremos um lugar, nunca se esqueça disso! – A rosada sussurrou essas palavras no ouvido da amiga, a sentindo relaxar um pouco mais.

– Você sempre sabe o que dizer, não é, testa? – Ino responde, no mesmo tom, se separando do abraço. Sakura sorriu, pois adorava se sentir útil. Adorava levantar o astral dos amigos, e Ino era a melhor amiga, com certeza. – E eu tenho que entrar logo, antes que meu pai apareça dizendo aos berros que eu só perco meu tempo com coisas inúteis enquanto há muito o que se fazer...

Ino riu alto.

– Só não esquece do nosso esquenta! Dois dias, lembra? E essa pode ser a última vez em que estaremos todos juntos! – Apesar de sorrir, Sakura nem gostava de imaginar a separação dos amigos. Suspirou alto e abriu a porta do carro, sentindo o vento balançar seus cabelos. O tempo estava horrível. Ela queria mesmo que as férias viessem, junto com o sol e com um bom bronzeado. Tudo estava contra seus planos, nesses dias que passaram.

Ela acenou para a amiga e caminhou até a porta de entrada. Como sempre, a porta estava aberta e ela agradeceu mentalmente por isso, pois mais uma vez, seu molho de chaves estava perdido em sua bolsa.

Ao abrir a porta, o cheiro de lírios invadiu suas narinas e ela logo sorriu. Como sempre, a mãe de Ino trouxe flores, ela sempre fazia isso quando os visitava.

– Cheguei! – A rosada gritou, fechando a porta atrás de si com seu pé enquanto tirava o casaco cinza que usava.

Silêncio.

Ela colocou o casaco no cabideiro e as sacolas de compras no chão.

– Mãe? Pai?

Ela caminhou pela sala de estar até o corredor, fazendo com que o barulho de seu salto ecoasse pelo piso de madeira. Assim que passou pela porta, no fim do grande corredor, viu o sorriso forçado de sua mãe. Mebuki estava sentada em uma poltrona, em frente a mesa de café enquanto Kizashi estava sentado no sofá, com as mãos sobre seus joelhos e pensativo.

– Cheguei?! – Ela disse, observando toda a cena com certo receio.

– Querida... – O sorriso de Mebuki se tornou ainda mais forçado. Ela batia com os dedos em seus joelhos e a rosada soube imediatamente que algo a preocupava. – Se sente, por favor. – A mais velha disse, apontando para a poltrona ao seu lado. Seu pai nem se movia, até parecia uma estátua.

A tensão do ambiente pressionava Sakura, até respirar estava difícil.

Ela olhou para a mãe, tentando não se precipitar em seus julgamentos. Era bem melhor escutar o que tinham a dizer, não é?

– Algum problema? – Perguntou, enquanto viu sua mãe brincar com a manga da camisa que usava.

– Querida, sabe que estamos com problemas, não sabe? No banco.

Ela afirmou com a cabeça.

– Mas nós conseguimos um acordo, não é ótimo, querida? – O sorriso de Mebuki, de forçado, passou para sinistro.

Atado pelo Orgulho (ItaSaku) {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora