Bem vindo de volta, Irmão!

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– Beleza galera! Mas assim: Nós deveríamos estrear a boate nova da cidade assim que pegarmos nossos diplomas! – Ino disse totalmente eufórica, enquanto segurava a mão de Sai e encostava seu rosto no peito do moreno. Nem preciso dizer que ela era o tipo de garota que nunca recusava uma festa ou uma chance de curtir.

Sakura limpou o suor da sua testa. Ela sempre odiou fazer compras, pois achava exaustivo e potencialmente problemático, especialmente quando tinha que escolher a roupa perfeita. O pior de tudo é saber que essa roupa maravilhosa ficará por baixo de um robe qualquer.

– Não posso. – Disse ela, revirando os olhos. – Meus pais precisam de mim.

– Pra quê, testa? – Ino questionou e a rosada encolheu os ombros.

– Sei lá! Só espero que não seja mais uma tentativa maçante de me separarem de Gaara. Você sabe que eles sempre tentam isso, de mil formas diferentes, né, porca?

– Ei, o que pega? – Naruto perguntou confuso. Ele, quase sempre, pega o bonde andando. – Sakura suspirou pesadamente.

– Meus pais acham que ele não é bom o suficiente pra mim. Só porque ele é órfão e, de acordo com eles, não saberia gerenciar a fortuna dos Haruno. – Respondeu com certa ironia na voz. – Eles são patéticos às vezes.

– Cara, que problemático! Quem disse que você vai casar com ele? – Shikamaru, como sempre, deu sua opinião da forma mais preguiçosa possível enquanto andava lado a lado com Temari. Ela, no caso, era o oposto dele, em todos os sentidos.

Sasuke parou de ouvir a conversa dos amigos, até porque, relacionamentos nunca foram seu forte. Ele nunca pôde entender como uma pessoa poderia simplesmente dar poder para que outra a destroçasse emocionalmente, e poderia facilmente culpar sua família por esses pensamentos.

O casamento dos Uchihas era sempre arranjado pelos pais, para que mantivessem a fortuna. Ele esperava que, pelo menos, seus pais escolhessem alguma noiva interessante/gostosa, porque se ele não a amasse, pelo menos rolaria uma atração física. Pensar em desculpas esfarrapadas e em colocar um saco na cabeça da tal noiva parecia bem estranho e, quanto mais ele pensava nisso, mais ele odiava sua família.

Ele estava tão ansioso e perdido em seus pensamentos que nem notou quando saíram do shopping.

– Testa, eu te dou uma carona! – Ino balançou as mãos em frente ao rosto da rosada, que piscou algumas vezes lentamente e bateu na mão da amiga, se irritando. Ela seguiu a loira, que como sempre, estava cheia de sacolas com várias e várias roupas. A rosada não pôde evitar, os olhos rolaram automaticamente.

– Acho que nos vemos em dois dias. Vou tentar convencer meus pais a me deixarem em paz um pouco e a gente sai por umas horas.

– Ótimo! – Disse Temari, sorrindo.

Sakura acenou para eles enquanto era arrastada por Ino pelo estacionamento. Como ela não tinha carro, sempre pegava uma carona com a amiga tagarela. Os pais até chegaram a comprar um carro pra ela, assim que ela completou 18 anos, mas ela preferiu mesmo uma viagem de ônibus, rejeitando o presente caríssimo. Ela pôde, por conta disso, conhecer novos amigos e conversar muito com eles. Foi, para ela, maravilhoso!

Ela não gostava de ser vista como uma má filha, mas simplesmente não acreditava que deveria ter de tudo só por ser rica. Ela acreditava no trabalho duro, acima de tudo, então, sempre que podia, arrumava algo para fazer e ganhar seu próprio dinheiro.

Sakura era muito independente.

A maior parte do dinheiro que os pais lhe dava era transferido para a conta de alguma instituição de caridade, e ela fazia questão de poucas pessoas saberem disso, afinal, se dá com uma mão e se esconde a outra.

Atado pelo Orgulho (ItaSaku) {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora