— É algo bom? — Insisti na indagação. Stephanie parecia confusa, não desviava seus olhos da marca que ganhara e não reagira tão bem ao meu toque. Mas minha curiosidade não me deixava quieto sem saber do que se tratava.
— O que dizia? — Repetiu William aquelas mesmas palavras. Mas não repetiu a minha última frase e engoli em seco, eu sabia o porquê.
Nunca era.
— E-eu não sei direito. — Desabafou após gaguejar inicialmente. — Era sobre uma mulher que encantavam os homens e depois os matava. — Só então olhou para mim, havia medo, não só nos seus olhos, mas agora, também nos meus.
— Queria ficar por aqui, é tão belo. — Comentou Trinity sentada naquelas flores cintilantes.
Uma lei era certa, aqueles totens não poderiam vim sem uma desgraça antes ou depois, e essa não demorou a surgir. Raízes surgiram do solo rapidamente percorrendo as pernas de Trinity prendendo-a por fim.
— Merda. — Pronunciamos nos três em uníssonos.
Junto com Will tentamos puxar as raízes e tirar Trini delas.
— Onde está a sua lança de gelo agora, Will? — Perguntei com a minha respiração já ofegando do pior que poderia estar surgindo.
— Nem aqui podemos ter paz? Que droga! — Exclamou ela debatendo suas pernas e afastando seu corpo na esperança que as mesmas saíssem.
William levantou deixando-me sozinho enquanto ia apanhar sua lança com Azura. Assim que voltara tentava com a pontada da estaca cortar aquela planta, mas enquanto estava no processo de serrar a raiz de um lado, a do outro crescia gradativamente.
— Sério que não podemos comemorar algo por um segundo, que essa ilha faz questão de querer piorar as coisas? — Comentei inconformado.
Queria muito que meus poderes funcionassem agora, mas imaginava que era a vez de Stephanie, visto que ela tinha acabado de ganha-los.
Trinity rangia de raiva até dar um grito frustrada. Contudo, fora o suficiente para que o desenho em sua mão fosse percorrido por um intenso brilho igualmente de seus olhos.
O solo embaixo de nós começara a vibrar e aos poucos uma coluna de terra começa a crescer debaixo dela levando-a para o alto e livrando-a daquelas raízes.
— Argh. — Exclamou Will ao cair para trás com o surgimento daquele monumento de terra.
— Ai meu Deus, o que eu faço? — Perguntava Stephanie olhando para sua mão e balançando-a na espera que algo ocorresse também.
A ilha como se quisesse comprovar minha teoria, teve a ousadia de fazer com que uma planta carnívora gigante aparecesse saindo entre as árvores, suas raízes penetravam completamente o chão a cada passo que ela dava. Ao nos avistar raízes cresceram nas pernas de todos agora.
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O Legado Perdido (FINALIZADO)
FantasyLIVRO 1: A Civilização Esquecida Islândia, meados do século XXI. Em um momento em que a fé é inexistente para muitos, um professor de Antropologia e Teologia sorteia, em uma de suas palestras, 13 jovens de uma Universidade para porem toda a sua cren...