LIVRO 1: A Civilização Esquecida
Islândia, meados do século XXI. Em um momento em que a fé é inexistente para muitos, um professor de Antropologia e Teologia sorteia, em uma de suas palestras, 13 jovens de uma Universidade para porem toda a sua cren...
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As palavras de Lara ecoaram em minha mente corroborando até o mesmo instante, tinha ficado preocupada com a demora deles e havia saído da caverna afim de enxergar algo pela floresta densa que nos rodeava. Mas logo tinha dado alguns passos para dentro da mesma e perdi-me ao caminhar apreciando cor e textura das flores que tinham ali.
— Se o que Lara disse for verdade... eles já estão mortos e se duvidar alguma criatura já os comeu. — Murmurei temendo o pior.
Temi, mas sentir-me mal por não temer mais, ultimamente sentia que estava cada vez mais difícil de se importar com as pessoas ao meu redor.
Respirei fundo, soltando aquele ar pesado preso dentro de mim, limpei com o verso da mão meus olhos umedecidos. Estava cansada, não apenas de fazer nada sentada mofando naquela caverna, mas talvez de tudo que vinha acontecendo comigo. Pai. Mãe. Harry.
— Quem sabe não ache a cobra de novo? — Brinquei com um humor autodestrutivo.
Esta cobra, não era uma das que eu gostaria de encontrar. Parei meus passos, com os dentes pressionando os lábios sobre minha incerteza, discuti internamente sobre que decisão tomar. Mesmo sabendo que o real motivo não era esse, tomei a decisão de permanecer e ir mais a fundo na floresta por já estar nela. Solto uma risada embargada, a passos rápidos e deixando-me sentir livre naquela bela selva. Era confortável apenas o som das folhas balançando nas copas das árvores, os feches de luz que com dificuldade atravessavam as folhas e chegavam e aqueciam meu rosto.
Continuei sem rumo, apreciando ali e mesmo sabendo da eminência do perigo, relaxei. Ficar isolada de todos proporcionava constantes momentos de felicidade, sentia-me sem nenhuma amarra. Enquanto passeava, assobiei aos poucos uma canção qualquer tentando acompanhar os sons que ouvia.
— Seria ótimo achar mais alimento. — Comentei ao olhar para o alto, à procura de uma fruta qualquer nas árvores.
Após andar por algum tempo sem destino, vejo que o céu estava ficando escuro e contra a minha real vontade, tomei a decisão de que era melhor voltar antes que me perdesse do caminho. O1hei para as belas flores que me rodeavam e passei o dedo por uma delas rapidamente.
Relutando.
— Vamos voltar para toda aquela confusão...
Bufei frustrada e levantei-me de um tronco que sentara para descansar, tomando coragem para voltar para caverna e para a sociedade.
Acaricio por uma última vez uma das flores que estava por ali e comecei meu caminho de volta para a caverna, tentando me lembrar dos detalhes para não me perder.
— Lembro que havia essa imensa árvore aqui...
Meu raciocínio é interrompido quando ouço algo ecoar pelas árvores, algo semelhante com um grito. Alguns animais agitados surgiram correndo, assustei-me e preferi ficar perto de uma árvore.
