Capítulo 27 - Dividir e Separar

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— Eu sou do interior, meu chapa. Comia teia de aranha no café da manhã com o sangue dela. — gritei enquanto socava um pedaço de madeira usando como maça nas teias.

Eu tinha ficado surpreso ao perceber que aqueles fios não eram como os de uma aranha normal, a dureza era maior como a de porcelana. Mas vi que aos poucos conseguia surtir efeito em minhas investidas, aumentei o ritmo ao não escutar mais os gritos lá de dentro. Um aperto no coração aflorou-se em mim, barulho significava sofrimento, mas o silêncio tinha um significado bem pior. Sem pensar em mais nada desferia golpes consecutivos nessas linhas de aranha abrindo uma passagem o mais rápido possível na redoma.

Por fim consegui abrir um caminho até o outro lado, porém minha visão foi ofuscada com uma forte luz que surgiu do local.

Atravessei pela passagem mesmo com aquela claridade intensa.

— Papai Noel chegou mais cedo esse ano, vamos sair daqui! — exclamei com uma das mãos tampando a luz que penetrava em meus olhos.

— Finalmente! Vamos sair daqui. — comentou Sevan. Ele foi o que agiu mais rápido que os outros e passou por mim ignorando minha existência ali.

Aos poucos consegui enxergar o ambiente, encontrei Trinity em cima de uma pedra. Aproximei rápido, joguei o lenço de meu rosto que eu utilizava como bandana para que ela pudesse limpar aquele coquetel branco em seu rosto.

— Estou sempre salvando sua pele né? — indaguei gargalhando. — E nossa, isso tá nojento.

— Você jura que tá nojento? Se você não falasse eu nem ia perceber. — disse Trinity fitando fulminantemente meus olhos. Ela pegou o pano que eu dei e passou por todo seu rosto e pescoço.

Sorri ao ver que os outros estavam fugindo com o que conseguiam levar, algumas bolsas, estacas de madeira, enquanto passo minha visão por todo o ambiente notei uma jovem loira tonta, ela parecia estar querendo se manter em pé. Corri em sua direção a tempo de segura-la no momento em que ela desmaiou.

Com um pouco de dificuldade carreguei a jovem em meus braços para fora daquela cúpula de teias, todos já me esperavam lá fora, Trinity chamava-me com a mão para eu ir mais rápido. Assim que eu consigo atravessar a passagem ouvi um comentário seu.

— Incrível como as coisas mais lindas são também as mais perigosas.

Imaginei que estivesse falando pela aranha responsável por ter feito tudo aquilo com eles. Vi o instante em que ela joga o pano que lhe dei em qualquer canto e depois analisar a câmera em seu pescoço. Notei que estava um pouco danificada e estava notório que isso a magoou, com a blusa ela limpa a lente.

— Acho que vamos ter que carregar a Lara até algum local seguro. — comentou Azura aproximando-se de mim e observando a garota. Por fim descobri o nome dela.

O Legado Perdido (FINALIZADO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora