Fim da Linha

58 4 12
                                    

Kate olhou para a montanha da copa da árvore onde estava escondida. Finalmente estava ali e poderia dar um fim a tudo aquilo, o mistério do gás tóxico, do minério das ilhas na América Latina. Talvez ela finalmente conseguisse achar as respostas que precisava e estaria livre das dúvidas que a atormentavam. Ela estaria livre daquele peso.

Moça Maravilha observou o grande caminhão surgir ao longe na rodovia. Ela desceu da árvore quando o veículo passou perto dela e voou para debaixo dele, se agarrando e aguardando. Como ela esperava o caminhão não seguiu pela pista e sim tomou um desvio por uma estrada de chão. Vários estavam fazendo aquilo a noites seguidas, Kat suspeitava que algo grande iria acontecer. Todos os caminhões sempre seguiam por aquele caminho e entravam na montanha, onde a instalação misteriosa se encontrava.

Kate aguardou com paciência até o automóvel parar repentinamente. Ela pôde ouvir vozes, a porta de trás se abrindo, mais conversa e por fim o tiros. Ela prendeu a respiração por alguns segundo e a soltou quando o caminhão voltou a andar, dessa vez para dentro da montanha. Moça Maravilha finalmente estava ali.

— Temos mesmo que matar todos esses capangas? — A voz era familiar para ela.

— Ordens da chefinha, nada de testemunhas. A noite tem que ser perfeita. — A garota sabia quem estava falando naquele momento, Celeste. Kate imaginava que ela estava envolvida em tudo aquilo, mas não imaginava que a mesma estaria ali. — Vamos descarregar isso tudo para colocarmos nos foguetes. Tudo tem que estar pronto logo.

Foguetes? Haveria um ataque? Tinha que agir, porém precisava se manter parada até eles saírem dali e ela pudesse fazer algo. Assim Kate esperou por minutos até o lugar que ela estava ficar vazio. A heroína acionou um pequeno dispositivo que havia pegado do seu pai e o grudou no chão, ele lançou uma pequena onda eletromagnética que faria com que qualquer câmera que houvesse ali repetisse as imagens. A Wayne teria alguns minutos antes que suspeitassem de algo, era o suficiente.

Moça Maravilha saiu de debaixo do caminhão e olhou ao redor confirmando que não havia mais ninguém ali. Ela estava em um galpão, dentro da montanha. Muitas caixas estavam empilhadas ali, dentro de algumas havia o mesmo minério esverdeado de antes, junto com algumas ogivas pequenas e peças de máquinas. No fundo do veículo não havia nada, Kat precisava adentrar mais a fundo para descobrir tudo o que pudesse. Foi até a única porta que havia ali além da entrada, a abriu com cuidado.

Os corredores estavam vazios, mas ela aproveitou para seguir pelo sistema de ventilação assim que observou uma entrada. Foi útil pois ouviu passos logo após entrar no espaço pequeno, esperou eles passarem antes dela começar a engatinhar. Kate seguiu para o que ela imaginou ser o centro da montanha, o caminho foi longo naquele espaço minúsculo e a amazona precisava ser rápida, não tinha muito tempo até descobrirem das câmeras e a posição dela estar comprometida. Esperou por passos por alguns segundos, quando não ouviu nada saiu por outra abertura.

Kate olhou surpresa para a construção onde estava, um salão gigantesco cavado em pedra bruta e no centro um grande poço cavado no centro da rocha. Tão fundo que ela não conseguia ver o fundo, apenas os grandes foguetes que estavam postos ali. O problema parecia pior do que a heroína imaginava, ainda não tinha encontrado respostas, mas percebia que talvez fosse a hora de avisar a seu pai e a Liga onde ela estava e que poderiam ter grandes problemas.

Colocou o dedo no comunicador em seu ouvido, mas apenas encontrou um ruído irritante no lugar do canal que queria usar.

— A comunicação aqui é cortada.

Kate se virou já tirando a espada da bainha. Celeste estava se equilibrando na borda do fosso, como se fosse uma grande brincadeira. O sorriso sorrateiro e usual estava estampado na face dela.

Young JusticeWhere stories live. Discover now