Encontro.

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P.O.V. Clary.

Quando a hora finalmente chegou eu já estava lá na mesa á dez minutos. Devo ter trocado de roupa umas mil vezes antes de ser praticamente forçada a escolher uma ou perder a hora.

Escolhi um vestido florido, estilo bata. Fiz uma trança rabo de peixe de lado como aquela que a Sansa Stark usa no episódio Batalha dos Bastardos. Quando ele chegou estava usando uma camisa azul céu lisa de cashimire com decote redondo, calças jeans e tênis azul, daqueles de sola reta. E carregando um buquê de rosas vermelhas.

-Olá.

-Olá. Isso ai é pra mim?

-Sim.

Ele me estendeu o buquê e eu peguei.

Nós começamos a conversar, fizemos o pedido, mas de repente uma lâmpada explodiu.

-Jesus!

E o restaurante começou a pegar fogo. Mas, o fogo não veio da lâmpada que explodiu.

As portas do restaurante fecharam sozinhas e o fogo começou literalmente do nada.

-Meu Deus! O que diabos é isso? Temos que sair daqui. Sebastian?

Ele não tava em lugar nenhum. Estou ficando louca?

P.O.V. Sebastian.

Eu sai por um momento e quando retornei fiquei frente a frente com um restaurante em chamas. Havia algum tipo de feitiço de barreira.

As pessoas presas lá dentro, honestamente pouco me importavam elas. Vi um homem tentando quebrar a janela com uma cadeira, mas obviamente fracassando.

-Aqui, respire através disso.

Ele estava ajudando Clarissa. Mas, ela ficou inconsciente.

Entrei á toda velocidade quebrando a janela e a carreguei para fora.

Ela tossiu e acordou.

-Sebastian? 

Clarissa virou a cabeça e viu o restaurante em chamas.

-Meu Deus!

Ela se levantou e então ouvimos um barulho, um grasnado. Olhamos pra cima e lá estava a enorme criatura.

-Caramba!

Sua garganta brilhou e a criatura cuspiu fogo.

-E... Esse bicho vai pegar a gente! Corre! Corre!

Ela agarrou na minha mão e me puxou para o lugar onde o seu carro estava estacionado, nós entramos e ela dirigiu para longe enquanto carros com luzes que piscavam vinham na direção contrária.

-O que diabos era aquilo?

-Temo que aquilo era um dragão.

P.O.V. Lizzie.

Ok. Isso não era parte do plano. O fogo, o dragão. Admito, eu estourei algumas lâmpadas, mas nunca quis que pegasse fogo.

-Caramba!

Felizmente a Hope sabia como matar o bicho. O problema maior foi ter que apagar as memórias de muitos humanos.

P.O.V. Clary.

Eu acho que inalei muita fumaça, porque juro por Deus que vi o Sebastian entrar no Grill quebrando uma janela e numa velocidade humanamente impossível.

Me sentei no sofá da minha casa. E o sonho me veio na cabeça.

-Não. Não. Para Clary você inalou muita fumaça.

-O que foi?

-Teorias da conspiração malucas. Sonhos esquisitos. Mas, eu só inalei muita fumaça, minha cabeça tava meio... confusa. Como foi que você quebrou aquela janela?

-Adrenalina, eu suponho.

-Eu suponho é bom. Você tá bem? Tá machucado?

-Estou bem.

-Mas, tinha tanto vidro Sebastian. Tem certeza que não quer ir ao hospital?

Olhei ele mais de perto, tinha sangue na roupa dele, nas mãos, mas...

Peguei as mãos dele e olhei.

-Como é que tem sangue na sua roupa e não tem rastro de ferimento? O vidro devia ter te cortado, nem que fosse um pouquinho. Você atravessou uma janela!

P.O.V. Sebastian.

Ela suspeita. É obvio, um humano teria saído ferido duma situação daquelas.

-Estou perdendo a minha sanidade. Estou ficando maluca!

-Eu lhe asseguro que não está.

-É? Eu te vi atravessar uma janela pra dentro de um estabelecimento em chamas e sair ileso! Tenho sonhos esquisitos onde você bebe o sangue de um monte de gente e tem presas e os olhos cheios de veias! Sinto que te conheço, mas não me lembro de onde! Estou perdendo a minha sanidade! Estou vendo coisas!

Suspirei. E tirei o amuleto que estava escondido dentro de minha blusa.

Ela imediatamente olhou para o pingente pendurado por uma corrente. E chegou perto o suficiente para tocá-lo.

-Me lembro disso. Como posso me lembrar disso?

-É um amuleto. Me foi dado por...

-Cassandra. Pra te proteger do padre maluco. Me lembro de fazer esse negócio. As palavras estão tocando na minha cabeça.

Ela repetiu o feitiço e acidentalmente encantou o medalhão novamente.

-O que diabos...

Clarissa começou a andar de um lado para o outro.

-O que aconteceu?

-Você encantou o medalhão.

-Encantou? Não. Não! Essas coisas de poções e bruxaria é engana trouxa. Não existe esse negócio de bruxaria.

Depois de respirar fundo duas vezes Clarissa me pediu o que eu sabia que pediria.

-Me diga o que tá acontecendo? Como fez aquilo? E como pode... ter um dragão voando por ai?!

Ela me ouviu atentamente e reagiu melhor do que eu esperava.

-E quanto ao meu sonho não muito apropriado?

-Não foi um sonho.

-Você me... me desvirginou, se alimentou do meu sangue e depois me fez esquecer, seu imundo infeliz!

-Eu não queria, mas pensei que estava te protegendo.

-Me protegendo? Desgraçado!


A Garota e o VampiroWhere stories live. Discover now