Capítulo 8

8.7K 676 204
                                    

Camila POV

— Você a beijou?! – Gritou Normani ao telefone. Suspirei. Precisava de uma xícara de chá para amenizar a umidade dos ossos. E, talvez, para clarear a mente, porém, mergulhada pelo silêncio daquele apartamento, não havia nada para me distraí da excitação causada por S/N/C.

— Sim, Mani. Duas vezes.

— Argh! Por que não me contou isso antes, Camila?

— Eu não sei, Mani! – Era mentira. Eu não conseguia contar a ela, porque, não queria admitir nem a mim mesma o que sentia por S/N.

— Ok. Mas já que estamos falando nisso, me conta... – Normani disse, e eu quase pude ouvir o risinho dela pelo telefone. – Vocês se beijaram de língua? Ela fez algum som? Ela te deixou excitada? Você passou a mão nos seios dela? Ouvi dizer que ela é intersexual, Mila. É grande? Você ficou tonta? Apalpou?

— Você me cansa, Mani. – Ri, mas minha cabeça foi fixada pelas imagens explícitas das mãos de S/N sobre minha cintura, pelo toque de seus lábios no meu pescoço e pelo seu olhar que me perfurava com uma intensidade desconcertante naquele auditório. Nunca me olharam assim. Porra! Meu corpo tremeu. Remexi-me no sofá. Uma onda de calor se espalhando pela minha pele, deixando os pelos eriçados. Meus mamilos ficaram túrgidos. Merda! Não gostava nada disso. Não gostava nada de se sentir tão comandada pelo desejo que sentia por ela. O suficiente para saber que estaria em maus lençóis se eu não me mantivesse íntegra com essa garota.

— Anda, me conta, Mila. Estou tentando trepar agora, e essa conversa está me distraindo. – Engasguei-me com a sua declaração. Normani solta uma risada.

— Ah, meu Deus, Normani! Você está mesmo transando agora? – Declarei totalmente pasma.

— Tem uma língua tentando entrar na minha vagina, então a resposta é sim. Acho que isso é quase transar.

— Pelo amor de Deus, Normani! Por que você atendeu o telefone? – Questionei, debruçando-me sobre minha perna. Puta que pariu!

— Bem, primeiro as amigas, depois as trepadas, certo? – Bufei diante da risada dela. Torci os lábios.

— Vou desligar, Mani.

— O quê? Não! Ainda tenho muito tempo, Mila.

— Você é louca!

— Aí, Dinah, para. Eu disse pra não morder aí. – Cacete! Minha melhor amiga era uma maluca! – Acho que estou sangrando, Mila. Preciso ir. Mas acho que você deveria encontrar um tempo para meditar e esfriar a cabeça.

— E o que significa meditar pra você, Mani? – Perguntei, levantei uma sobrancelha, indagando silenciosamente. Ela riu. Ah! Meu Deus! Então, a compreensão afundou em mim e Normani não conteve outro riso. – Pelo amor de Deus, Normani! Tchau!

— Ah! Coé, Mila! Sexo oral é uma ótima solução. Diz um estudo que faz bem à saúde. Diminui os níveis de estresse, ansiedade, qualidade de sono e, claro, contra doenças como câncer e outras que causam problemas ao coração. Ou seja, é bom para quem pratica e rece... – Desliguei a chamada. Suspirei e decidi dar uma olhada na pilha de correspondências empilhadas no aparador junto da entrada. Tratando de não pensar em S/N.

Passaram-se alguns instantes, até que me desse conta de que não tinha ideia do que estava olhando, a não ser o rosto de S/N apossado em minha mente. Merda! Odeio sentir isso! Odeio que me afete dessa forma. Quero desprezá-la. Só isso. Mas ela me domina com uma força que me descontrola! Obriguei-me a girar nos calcanhares e sair da sala, que de repente parecia me sufocar e sentei-me na cama de quatro colunas, tentando com afinco dizimá-la da mente. Tirá-la do meu corpo, porém, essa energia vibrante, está cada vez mais impossível de ser ignorada. Grunhi e me levantei, abrindo o zíper do vestido, tirando-o, depois o sutiã. Minha natureza lutava contra aquela ideia. Mas minha mente não conseguia se desligar daqueles par de olhos. Olhos castanhos que estava sendo minha perdição naquele momento. Eu era viciada demais em controle, mas meu corpo sabia, ardia com a possibilidade. Especialmente, de S/N tomando meu corpo. Minha respiração acelerou. Meus mamilos endureceram, carentes, ansiosos. Odeio não ter o controle e delicadamente, eu os belisquei. Tive que conter um gemido a muito custo. Fantasias de como seria absurdamente gostoso estar consumida por cada centímetro dela me engolfaram e um gemido suave escapou dos meus lábios cheios. Minha mão desceu esfomeada pelo meu corpo até que meus dedos roçaram o tecido da minha calcinha e a adentraram, tocando a umidade fluída da minha boceta, fazendo com que minha respiração se acelerasse. Será, apenas uma fantasia. Inofensiva. Gemi, abrindo-me mais, deixando meus dedos percorrerem sobre meus fluidos, e introduzi um dedo dentro de mim. Oh! Merda! Gani, pressionando meus dentes com uma força absurda contra a pele do lábio inferior. Estava tão quente lá. Como é que seria o gemido dela, ao senti, seu pau se apertando e tocando todos os nervos do meu canal imediatamente como aquele dedo? Miei, afastando o tecido para o lado e deslizei um segundo dedo nos lábios melados.

— S/N! – Gemi saboreando a sensação dos vaivém dentro de mim, enquanto imaginava seu sorriso presunçoso se alongar e estender em seus lábios.

S/N...

Com a outra mão, procuro o mamilo, que aperto mais uma vez, enquanto o prazer, quente, como líquido derretido, em minhas veias, se alastrava em meu interior sedosamente, igual a aqueles castanhos profundos, cativantes, incapazes de esconder o que desejava, ou sentia, antes de me beijar com desejo, permitindo que seus lábios saboreassem tudo o que existia em mim, fazendo-me movimentar com mais intensidade os dedos por dentro da minha calcinha.

S/N...

Fechei meus olhos, deixando-me fantasiar com seus dedos me tocando, pressionando meu clitóris e se esfregando pelos lábios vaginais enquanto sua língua devassa usufruía da minha carne, se aventurando em meus líquidos, sentindo, saboreando cada centímetro daquela carne, deixando-me em êxtase. Puro êxtase. Minha respiração travou e meu corpo se arqueou, pulsou, esquentou e, em seguida se desintegrou, quebrando-se em pequeníssimos pedaços, que se espalharam, como poeira cósmica ocupando todo o espaço daquele apartamento. Minhas pernas fraquejaram e eu quase caí, mas estendi a mão e me segurei na borda da cama, ofegante. Minha imagem no espelho era avermelhada. Meu corpo ainda pulsava de ânsia, apesar do orgasmo. Precisava gozar outra vez. E outra... Mas, quando me deitei na cama e encostei a cabeça no travesseiro e recomecei os movimentos de novo, soube que meus dedos jamais seria o suficiente. Nada seria o suficiente, exceto ela. Minhas estranhas se apertaram, em parte por aborrecimento, em parte pelo pânico que não queria admitir e, em parte pelo presente desejo resplandecendo em minhas veias. Maldição!

O que diabos S/N/C havia feito comigo?

Irresistible Student ( Camila/You G!P )Where stories live. Discover now