Capítulo 7

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Camila POV

O auditório estava cheio. De longe, era possível ver o brilho vanglorioso e ansioso nos olhos da minha amiga ao ver seus alunos prontos para se apresentar para a escola. De longe, era possível ver também o quanto todos os alunos estão nervosos, ansiosos, mas sei que vão se sair bem. Se eles eram mesmo os alunos que minha amiga vive elogiando, tenho certeza de que vai ser um grande espetáculo.

Animada, procuro um lugarzinho bacana para sentar e assistir à apresentação sem maiores problemas e encontro um, num cantinho, porém minha expressão congelou no rosto ao ver a figura esguia e dolorosamente familiar ao lado do assento vazio. Merda! Se existia mesmo a tal ironia do destino estávamos bem no meio dessa porra agora! Tentei desesperadamente procurar outro lugar para se sentar e, não encontrei, todos os lugares já estavam ocupados por alunos e professores, só sobrava aquele. Droga! Eu não estava pronta para encará-la antes de fazer o meu discurso mental sobre o quanto estocástico e incorreto foi aquele beijo. Suspiro, apertando a caneta que tinha nas mãos, quase ao ponto de quebrá-la. Preciso tomar o controle de volta! Conclui, enquanto cada célula do meu corpo se agitava e, com passos um tanto relutantes, ando em direção à poltrona vazia. S/N levantou o olhar que estava baixo e, eu soube que nada havia me preparado para o impacto daquelas duas íris chocolates novamente sobre mim. Mantive seu olhar, por alguns instantes, e discretamente suas pupilas dilataram. Droga! Me remexi desconfortável na cadeira. Meu coração quase saindo pela boca. Minhas mãos suando absurdamente. Simplesmente, não consigo mais controlar a reação do meu corpo quando estou perto dela. Isso é ridículo e inaceitável por que ela é minha aluna, porém meu único consolo era saber que ela estava tão afetada quanto eu. E, merda! S/N deve ter ficado satisfeita com minha reação ridícula, pois os cantos da sua boca se repuxaram num sorriso ao mesmo tempo sexy e sacana. Não consegui impedir minha vagina de latejar miseravelmente.

Céus! Basta, Camila! Ou perderá seu emprego! Gani mentalmente, tentando manter isso em mente. Mas, Cristo! Apesar de todo o empenho que estou colocando para focar e curtir a apresentação dos alunos, estar do lado de S/N/C, não ajuda nem um pouco para que eu consiga isso.

Viro de um lado, de outro, cruzo as pernas, descruzo, ajeito os cabelos. Falto arrancar os cabelos de tanto arrumá-los e, assim como, o restante do pessoal, bato palmas e grito palavras de incentivo, elogiando o belo trabalho dos alunos e o da minha amiga, que tenho certeza de que quando chegarmos em casa, ela vai passar a madrugada inteira falando do quanto a apresentação deles foi maravilhosa. Porém, nada do que eu faça parece surtir efeito e o maldito incomodo continua no meio das minhas pernas. Droga! Não sinto esse tipo de excitação há muito tempo. S/N curvou-se um pouco para frente e fui invadida pelo seu cheiro e meus sentidos me traíram quando o inalei. Engulo em seco e mordo o lábio inferior para evitar os tremores e as sensações que sobe por minhas pernas e vai para onde não deve ir novamente. Ajeito-me nervosamente sobre a poltrona, tentando fazer o calor maldito passar, mas é impossível. Então, apenas faço o que meu corpo me permite no momento: nervosa, saio dali. Senti seu olhar escuro o tempo todo às minhas costas e isso fazia coisas com meu corpo que me deixavam mais revoltada. Eu a odeio! Eu a odeio! Gritei comigo. Corro para o bebedouro mais próximo. Um... Dois... Três... Quatro copos cheios de água vão goela abaixo e nada desse calor passar. Deus, Camila! Ela é apenas uma garota de dezoito anos que vive lhe importunando e não perde a oportunidade de começar uma discussão quando lhe convém somente para sentir-se a melhor e que dá de dez à zero em um beijo, do que muito homem feito por aí... Merda! Balanço a cabeça para espantar esse último pensamento. Louca. Eu só posso estar ficando louca. Não posso cair na tentação do meu próprio inesperado desejo...

— Camila... – Aquela voz me fez pular de súbito. Seu cheiro me invadiu e eu tremi, literalmente tremi de novo. Foi algo visceral. Meu peito arfava, levantando rapidamente e foi aí que percebi seus mamilos claramente eriçados mesmo por baixo do sutiã nas minhas costas, ao enlaçar minha cintura. Eu quase gemi quando senti suas mãos dando-me um apertinho sutil nas laterais da minha cintura.

— O-o que pensa que está fazendo, Srta. S/S? – Questionei com a respiração ofegante e trêmula.

— Provando um ponto, professora Cabello. – Sussurrou bem próxima ao meu ouvido, causando uma carga de excitação, que desceu, instantaneamente, para a minha boceta. Seus lábios se abriram num riso satisfeito, triunfante, com a minha própria reação a ela. Prendi a respiração quando S/N chupou o lóbulo da minha orelha de forma tentadoramente erótica, me incendiando, me inflamando. – Você também quer isso, não é, professora? – Seus lábios abandonaram minha orelha e desceram numa trilha de beijos e mordidas delicadas pelo meu pescoço. Tombei a cabeça um pouco pro lado, querendo aprofundar aquele contato. Totalmente fora de mim. – A vadia em você está louca para ser fodida pela sua irritante aluna "de ouro", não é?

— S/N... N-não... Oh! – Deixei um estrangulado gemido escapar quando ela tocou minha calcinha encharcada por baixo da saia. Ela colou-se mais a mim. Seu pau duro cavando na minha bunda. Merda fodida! Nós duas estamos na merda! Consumida por um desejo violento, me virei de frente para ela e meus lábios tomaram os seus novamente num beijo delicioso, faminto e duro. Suas mãos percorreram minhas costas subindo pelos meus braços. Não eram toques leves, mas que demonstravam desejo puro. Ela desceu uma mão passando-a pela minha perna, se demorando em minha coxa, apertando-a, e se movimentou colada a mim, roçando sua ereção em meu sexo. Um gemido alto ecoou no recinto. Não soube dizer ao certo se era meu, ou o dela, mas o som me fez abrir os olhos, voltando a realidade que me atingiu como um raio. Não posso deixar que isso me afete. Não posso. Então, me afasto dela.

— É agora que você foge como se nada tivesse acontecido entre a gente, professora Cabello? – Despejou sarcástica. Termino de me recompor e a encaro. A expressão "professora de gelo" novamente em meu rosto.

— Não houve nada entre a gente, Srta. S/S. – Ela gargalhou, negando. E para provar aquele ponto da maneira mais lasciva possível, ela levou o dedo que estava por cima da minha calcinha molhada aos seus lábios e o chupou com deleite. Travo. Simplesmente travo com aquele ato. Seu sorriso se ampliou.

— Não tente negar o que é tão óbvio, professora Cabello. Seus olhos castanhos não negam. – Ela se aproximou de mim, torcendo os lábios num sorriso desdenhoso. – Eu quero você hoje. – Murmurou em minha boca, mas não me beijou. – Na minha casa, professora Cabello. – E se afastou. Desacreditada, com a tamanha cara de pau dela e, com o coração martelando no peito, olho para ela por cima do ombro e vejo que S/N faz o mesmo e, logo, sua risada baixa, íntima e devassa ecoa pelo corredor, me incendiando mais ainda.

Maldita aluna irresistível!

Irresistible Student ( Camila/You G!P )Where stories live. Discover now