Bem, elas são uma ótima companhia, exceto quando estão todas bêbadas e dançando encima das mesas e se jogando encima de qualquer pessoa que passa. E nesse momento elas estavam cada uma com um par, a Ally era a única que estava dançando com um menino, as outras estavam com pares femininos, Normani estava com uma alfa e Lucy estava com uma ômega, ela nunca negou seu interesse por ômegas e nunca se importou com os preconceitos que sofria por isso.

Já eu estou sozinha, não preciso de ninguém para me divertir, preciso apenas de uma bebida, uma boa música e pronto, posso viver bons momentos apenas com isto. Continuei a dançar no ritmo da música que tocava, rebolando e rindo quando alguém chegava perto de mim e começava a imitar meus passos. 

Dessa vez um alfa loiro e de olhos claros começou a dançar comigo, do nada, me fazendo rir quando começou a rebolar em minha direção, ele é muito divertido, isso não nego. 

— Ei, tu dança bem, como é seu nome? - Ele perguntou gritando em meu ouvido por conta da música alta. E eu percebi, pelo seu jeito de falar que ele está muito bêbado.

— Meu nome é Lauren e o seu?- Gritei em seu ouvido e ele riu, tomando um gole de sua bebida antes de responder.

— É Troye Sivan, mas pode me chamar de o seu futuro amor. Nossa! Essa foi péssima- Ele soluçou um tempo depois e eu o olhei assustada. Fiquei com medo de continuar dançando e parei, ele não percebeu meu desconforto e continuou a dançar olhando para os lados. E eu fiquei tentada a sair dali. — E ai, gatinha, tudo bem?- Ele fez uma pose estranha quando uma menina passou por ele, a menina fez uma careta e virou o rosto de uma vez. — Nossa! Desisto, esse negócio de hétero não é para mim. - Gritou alto e uma galera gritou junto a ele. 

Relaxei meus ombros e suspirei, rindo até das suas palhaçadas. Só agora que vim perceber o quanto ele dá pinta, acho que era o álcool que estava me cegando, mas parando pra ver, estava bem obvio.

— Você está bem?- Perguntei quando vi que ele já estava exagerando na bebida, ele assentiu um pouco lento e eu vi que ele não estava. — Acho melhor ti tirar daqui. - Respirei fundo e olhei para os lados a procura das minhas amigas e, infelizmente, não encontrei nenhuma, fiquei frustrada e angustiada sem saber o que fazer, pois não poderia deixa-lo aqui desse jeito. — Você veio com alguém?

— Eu não tenho amigos, todos fogem quando digo o que sou. - Ele disse embolando as palavras e eu entortei minha boca, as pessoas são más quando querem. Diante disso, me vi sem saída, era o jeito tira-lo daqui e leva-lo para o meu dormitório e do Mani.

— Vem, vou ti tirar daqui.- Digo pegando um de seus braços e passando por cima de meu ombro.

Passei por algumas pessoas pedindo com licença e esbarrando em outras, estava muito difícil de carrega-lo dessa maneira, ele é magro, mas pesa muito, sem falar que ele não ajuda. 

— Eu não entendo porque as pessoas não gostam de mim, olha pro meu rosto, eu sou lindo, qual é?- Ele disse como se fosse uma ultraje as pessoas não gostarem dele, apenas por ser bonito e eu tentei não rir, o senso de humor dele é ótimo, mas seria melhor se ele me ajudasse. — As pessoas são chatas, não sabem nem viver, são tudo cheias de mimi. - Soltei um suspiro aliviada quando consegui sair do meio da multidão, mas choraminguei ao ver um longo corredor em minha frente.

— Que droga!- Xinguei baixinho quando pisei em algo e quase ia nos derrubando, sorte que alguém apareceu e me ajudou. Olhei para o chão e vi um menino jogando no chão, com vários copos secos ao seu redor e com um em sua mão.

 "A festa 'tava na metade e o garoto já tá capotado, eu ein."- Pensei comigo mesma, erguendo meu rosto para encarar a pessoa que havia nos salvado. 

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