Dentre as diversas histórias da mitologia grega, essa é uma das mais especiais. Tanto pela sua originalidade e pela suas aventuras incomparáveis. Mas o carácter que torna essa historia tão especial é o improvável romance entre um homem e uma ninfa.
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Depois da longa viagem descendo o rio Estige, finalmente o barqueiro levou o barco à margem. Caronte mandou Orfeu seguir em frente e logo estaria nas portas do submundo, onde o barqueiro tinha certeza que ele não conseguiria entrar. Orfeu seguiu caminho, andando rápido, com ansiedade de encontrar logo sua esposa. À sua frente surgiu uma grande passagem em arco, de onde vinha uma luz fraca e alaranjada. Prosseguiu, agora com passos mais calculados e cautelosos, pois sabia que estava em um terreno perigoso. Antes que chegasse a dez metros de distância do portão, ouviu um som forte de respiração. Seu coração acelerou quando à sua frente apareceu um cão com cinco metros de altura, pelagem negra, garras afiadas, e o mais estranho de tudo; ele tinha três cabeças. Era Cérbero, o guardião dos portões do submundo, e havia descoberto Orfeu. Cérbero rosnou e latiu, babando em sua ira, com os olhos flamejantes com a sede de sangue. Com suas patas musculosas, ele avançou sobre Orfeu, que pôs os dedos sobre as cordas da lira e começou a tocar enquanto cantava. Ao ouvir o som perfeito, Cérbero freou o ataque, confuso pela nova sensação que inundava seu corpo. Aproximou-se devagar e farejou Orfeu, sem entender quem era aquela estranha criatura. Orfeu prosseguiu com a música, mantendo Cérbero calmo como uma ovelha. O cão animalesco sentou-se para escutar, depois deitou-se, já com as pálpebras pesadas de sono. Assim que Cérbero caiu no sono, Orfeu continuou avançando, sem nunca parar de tocar. Caminhou pelo submundo, o lugar onde eram mandados aqueles que não tiveram grandes feitos e aqueles que haviam sido condenados a algum tipo de penitencia. Várias fúrias viram Orfeu, um vivo, andando pelo mundo dos mortos, mas não foram capazes de atacar. Ouviram-no de perto, e pela primeira e última vez, seus olhos se encheram de lágrimas. Sísifo, que desde que entrara no submundo, rolava uma enorme pedra montanha acima, apenas para depois vê-la rolar e ter de começar de novo ignorou sua penitencia e sentou-se sobre a pedra para ouvir. A fúria que girava a roda de fogo onde Íxion estava preso pela eternidade, parou seu trabalho e junto ao próprio Íxion, observaram a passagem de Orfeu. Finalmente Orfeu avistou o grande castelo vermelho de Hades, guardado por cães monstruosos, fúrias e outras criaturas bizarras, mas sua música já as alcançara, deixando todas curiosas e mansas. Enquanto se aproximava do castelo, pôde ver que à porta estava uma das mulheres mais lindas que já vira. Era Perséfone, a filha de Zeus e Deméter, casada com Hades e a segunda no comando do Tártaro.
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