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"Dê uma chance a minhas outras histórias

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"Dê uma chance a minhas outras histórias. Há várias em meu perfil. Sobrenaturais, sagas, eróticas e dramas. Todas feitas com o máximo de afinco. Me ajude votando em minhas histórias e me dê o presente que são suas leituras e comentários"

Depois que Orfeu levou Eurídice para casa, tratou-a assim como havia prometido. Comprou as mais belas roupas para vesti-la, organizou um grande banquete em sua honra, convidando até mesmo os argonautas para comparecer, onde fez uma linda cerimônia de casamento. Conforme os dias iam passando, Orfeu levava Eurídice para conhecer lugares diferentes e distantes, e ela se maravilhava com cada nova terra que visitava, e onde quer que passasse, os habitantes elogiavam sua beleza e graça. E assim como Orfeu sabia que aconteceria, quanto mais tempo em sua presença, mais ele amava Eurídice.
Em sua própria cidade, Eurídice era muito querida pelos habitantes, recebendo presentes de lojas e no mercado, simplesmente por ser a mais bela e radiante mulher da região. Eurídice devolvia todo o carinho com sorrisos afetuosos e gratidão, e muitas vezes chamava o marido para tocar nas praças públicas enquanto ela dançava. O público se alegrava, ria e gritava em êxtase, mas apenas quando não estava chorando pelas letras e melodias tristes entoadas por Orfeu.
Assim a vida decorreu ao longo de alguns anos cheios de harmonia, mas as histórias sobre o belo casal formado pelo semideus argonauta e uma ninfa, correram pela Grécia, até que chegaram aos ouvidos de Aristeu, que logo se encaminhou para encontrar-se novamente com Eurídice.
Mesmo com todo o conforto e alegria proporcionados pela cidade, Eurídice continuava sendo uma aloníade, uma ninfa do campo, portanto era comum que saísse para visitar as colinas e planícies da região, tendo como companhia apenas os pássaros, veados, esquilos e outros animais silvestres.
Naquele dia não foi diferente. Eurídice sentiu aquela costumeira vontade de visitar o campo, então deu um beijo em seu marido e saiu porta afora. Mas Aristeu já estava há muito ciente do local onde ela morava, e aguardava apenas a oportunidade de conversar a sós com a ninfa. Quando a viu saindo de casa, a seguiu de longe, até que estivessem fora da cidade e adentrando os campos, que floresciam apenas com o toque de Eurídice.
Aristeu a seguiu por um longo percurso, com as abelhas o rodeando e zumbindo, enquanto Eurídice brincava com as criaturas do campo e cheirava flores. Apenas quando estavam bem afastados ele ousou se mostrar.
_É muito bom revê-la, Eurídice.
A ninfa se assustou com a voz repentina, virando-se para ver quem falava. Sua surpresa não foi agradável quando descobriu ser Aristeu.
_Ora, Aristeu. O que faz por aqui? – perguntou, tentando ser agradável.
_Vim vê-la, é claro – disse ele se aproximando – Só soube que havia se casado muito depois de ter sido levada – fez uma expressão triste.
_Sinto muito por isso, mas o Orfeu chegou como um raio divino e arrebatou meu coração. Não pude deixar de corresponder aos seus sentimentos.
_Assim como nunca correspondeu aos meus – havia mágoa e acusação nessa declaração, mas Eurídice não tinha o que responder a ele – Veja! Trouxe-lhe um presente – colocou um pote com mel em suas mãos e pediu para que provasse.
_É uma delícia! Onde conseguiu isso?
_Consegui com as abelhas. Esse será meu legado para os humanos.
_Fico muito feliz, Aristeu. Eles vão gostar muito.
_Eurídice, eu sei que é repentino, mas gostaria que viesse comigo.
_Ir com você? – ela entendia o que ele queria dizer, mas esperava estar errada.
_Deixe este lugar e venha comigo. O meu sangue é muito mais puro que o desse Orfeu. Posso lhe cobrir de riquezas e fama. Logo serei um dos deuses mais adorados pela minha apicultura, e você pode estar ao meu lado, ao invés de continuar junto a esse semideus que prefere viver como um mero mortal.
_Aristeu... Essa foi minha escolha – devolveu o pote de mel ao deus – Eu amo Orfeu e ele ama a mim. Devo pedir que não me procure mais.
Erídice virou as costas a Aristeu e começou a se distanciar com passos apressados e nervosos.
_Mas Eurídice...!
_Fique longe! – gritou de volta, sem ao menos olhar para trás.

Uma raiva mórbida começou a tomar conta do coração de Aristeu. Enciumado em ver a mulher que desejava com outro e enfurecido pela rejeição da mesma, num ato impensado atiçou as abelhas, que circularam num redemoinho à sua volta, zumbindo num enxame ameaçador. Eurídice se virou na direção do som a tempo de ver a nuvem de abelhas vindo em sua direção. Correu desesperadamente, mas não conseguiu escapar.
Aristeu apenas se retirou daquele campo, enquanto ouvia os gritos de Eurídice, mas sem coragem o suficiente para vê-la morrer.

Aristeu apenas se retirou daquele campo, enquanto ouvia os gritos de Eurídice, mas sem coragem o suficiente para vê-la morrer

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Fim do Capítulo 4

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Mitologia Grega - Orfeu E Eurídiceحيث تعيش القصص. اكتشف الآن