Os Argonautas

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Dentre os inúmeros navios já construídos na história da humanidade, nenhum deles nunca se mostrou ou se mostrará tão célebre quanto o navio chamado Argo

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Dentre os inúmeros navios já construídos na história da humanidade, nenhum deles nunca se mostrou ou se mostrará tão célebre quanto o navio chamado Argo. Este era uma embarcação enorme, com cinquenta remos, onde todos os seus ocupantes eram os mais fortes e heróicos homens da Grécia antiga, contando inclusive, com a presença de Hécules, o filho de Zeus.
O navio capitaneado por Jasão tinha uma tarefa considerada impossível, e de fato, nunca teria chegado ao seu destino se não fosse por um homem chamado Orfeu.
- Atenção homens - gritou Jasão, enquanto Argo passava em meio a um arquipélago de ilhas - Baixar a vela! Todos aos remos!
Era uma noite tempestuosa e as ondas ameaçavam arrastar o navio para as rochas, matando toda a tripulação.
Jasão olhava atento para as águas, à procura de pontas de rochas ou qualquer coisa que pudesse fazê-los naufragar. Seus lampiões pouco ajudavam a enxergar, e a chuva que caía dificultava ainda mais a travessia.
Ninguém disse uma só palavra, mas todos sabiam que havia mais coisas naquelas águas do que rochas pontiagudas. Por essa razão, todos ansiavam por sair dali o mais rápido possível.
- Está ouvindo isso? - perguntou Jasão ao seu imediato, já sentindo uma estranha sensação no peito.
O som foi ficando cada vez mais claro, até que todos conseguiram ouvir. Todos procuraram ávidos, de onde vinha o doce som de canto feminino.
- Para bombordo! - bradou Jasão, assim que entendeu que o canto vinha da esquerda, seguindo direto para a doce canção.
Eles haviam sido pegos pelo canto das sereias, que possuíam uma das vozes mais bonitas dentre os mortais. Agora, mesmo que soubessem estar sendo levados para uma armadilha, não conseguiam resistir ao impulso de seguir o som.
Vendo que a tripulação se dirigia ao seu fim, um homem largou o remo, e se dirigiu à ponta do navio. Em suas mãos não levava nenhuma espada ou artefato mágico. Trazia apenas uma lira feita de ouro e sua habilidade para tocá-la.
Sentou-se na ponta do navio e começou a dedilhar e a cantar.
Este homem era Orfeu.
O som de sua voz, misturada com a sinfonia de sua lira era tão perfeita que se aproximava da magnitude dos deuses. A música de Orfeu era tão bela e pura, que num instante os Argonautas foram libertos do encanto das sereias. Jasão logo gritou ordens e corrigiu o curso, afastando-os o mais rápido possível daquelas ilhas malditas.
Enquanto se afastavam, Orfeu olhou para as rochas à beira-mar, onde conseguiu divisar dezenas de sereias, que agora não mais cantavam. Em seus rostos havia assombro e curiosidade, talvez até mesmo deleite. Orfeu sorriu para as sereias, enquanto prosseguia com sua canção, e elas se perguntavam quem era o dono da voz mais doce que já haviam escutado. Quem seria o detentor de mãos tão habilidosas para produzir uma música tão perfeita? E imaginavam entre si, o que mais aquelas mãos seriam capazes de fazer.

 Quem seria o detentor de mãos tão habilidosas para produzir uma música tão perfeita? E imaginavam entre si, o que mais aquelas mãos seriam capazes de fazer

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Fim do Capítulo 01

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