— Bem, vou me despedir de vocês por aqui, tenho que passar em outro lugar.

— Alguma nova conquista Lucas? – brinco.

— Talvez, mas ainda é cedo pra dizer. – pisca pra mim e pega outro caminho enquanto Fábio e eu continuamos em direção a minha casa.

— Você acha que ele tem um novo rolo?

— E quando é que o Lucas não tem? – brinco e rimos.

— Como você está depois de tudo?

— Estou bem, um pouco anestesiada ainda, afinal não recebi os resultados do que falei.

— Acha que o Edu vai te procurar pra conversar?

— Não, eu estava me referindo à opinião de outras pessoas, ou você acredita que ninguém vai se doer pela Babi?

— É, provavelmente vão, ainda mais as meninas que querem ser uma "seguidora" dela.

— É estranho perceber que eu era uma dessas garotas até poucas horas.

— Você não era assim, você era amiga dela.

— E será que ela era minha amiga? Ou foi algum dia?

— Não pense nisso, você é incrível e merece ter amigos de verdade, se ela não quer isso, azar o dela.

Paramos na porta da minha casa e sentamos na escada da varanda. Fábio estava estranho, calado demais pra falar a verdade, ele é sempre falante e nunca nos faltou assunto, mas começava a aparecer um silencio estranho e isso me deixou um pouco desconfortável.

— Você está bem?

— Estou, é só que te ver falar tudo aquilo da Babi me fez pensar no porque eu ainda gosto dela.

— Ah...

— É, eu sei, não faz sentido já que ela nunca olhou pra mim e muito menos vai.

— Ei! Para com isso, você é um cara incrível, e com certeza merece coisa melhor. – torço o nariz.

— Nós merecemos pessoas melhores, você uma amiga e eu uma namorada.

— Namorada?! Você?! Pensei que você era como o Lucas, que pega, mas não se apega.

— Credo! Você falou igualzinho a ele agora. – ele me empurra de leve e eu revido.

— Estou brincando, sei que você é diferente do Lucas, aliás, essa fase do Lucas logo passa também e ele vai se apaixonar pra valer.

— Sério?! – ele me olha segurando o riso.

— Não, o Lucas nunca vai deixar de ser galinha. – constato e ele concorda rindo.

— Preciso ir. – Fábio levanta olhando a hora no celular.

— Obrigado. – também me levanto.

— Pelo que?!

— Não só por ter me apoiado e ajudado hoje, mas por todos esses dias. – sinto minha voz falhar.

— Ei, não precisa agradecer, amigos são pra essas coisas. – ele me puxa para um abraço.

— Obrigado.

— Até mais Rob's.

— Até.

Entro em casa e minha mãe está no sofá, seus olhos estão fixos na TV e ela finge não me ver entrar, mas a conheço bem o suficiente para saber que ela estava espiando a minha conversa com Fábio. No entanto decido continuar o seu teatro e passo direto por ela, indo para o quarto. Coloco minhas coisas sobre a cadeira da escrivaninha e tiro os sapatos antes de deitar na cama.

Melodia do AmorDove le storie prendono vita. Scoprilo ora