Seis amigos, adolescentes, enfrentando as situações da vida pela primeira vez. Romance, festas, decepções, conflitos, problemas, amizades desfeitas e novos laços construídos.
"Quantos amigos vocês tem? E quantos deles você considera seus verdadeiros...
"Apenas um beijo em seus lábios ao luar Apenas um toque do fogo tão ardente Eu não quero bagunçar as coisas Eu não quero forçar a barra Apenas um tiro no escuro e você poderá Ser a que eu vou esperar a minha vida toda Então, baby, eu estou bem, com apenas um beijo de boa noite."
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Dois dias demoraram uma eternidade pra passar e até minha mãe percebeu que eu estava mais agitada que o natural, mas quando contei pra ela o motivo ela riu e disse que eu ainda teria muitos ataques de ansiedade como esse na minha vida e que logo eu descobriria que essa é a melhor parte da adolescência. Confesso que demorei pra entender o que ela disse, mas quando aconteceu, meu rosto automaticamente ficou corado, ela pensou que estava indo a um encontro com o Eduardo, e não adiantou de nada dizer que não era nada disso, ela simplesmente riu e me olhou com aquela cara de "sei, acredito".
Agora estou eu aqui, agitada e me olhando de minuto a minuto no espelho, conferindo cabelo, maquiagem e sapatos, tudo esta no lugar, como da última vez que olhei, mas vá dizer isso pra minha mente agitada. Minha mãe está na sala vendo TV com meu pai do lado, com uma cara nada feliz, porque segundo ele, não tenho idade para sair à noite, e isso tenho que agradecer a minha mãe por ter convencido ele do contrário, porque senão seria muito vergonhoso ter que desmarcar com o Edu por uma coisa dessas.
— Filha! O Edu chegou! – minha mãe chama do corredor.
— Obrigado mãe, estou indo. – falo me olhando pela última vez no espelho.
Respiro fundo e caminho até a sala, onde Edu está conversando com meus pais, só pude ver suas costas e então meu pai levantou os olhos para mim e todos seguiram o mesmo gesto, me encarando, tanto que senti o rosto esquentar, limpei a garganta e cocei a nuca como faço todas as vezes que fico desconfortável.
— Oi Edu. – sorrio tímida, é difícil agir normalmente com todo mundo te olhando como um animal em exposição.
— Oi, você está muito bonita. – ele anda até mim e me entrega um pequeno embrulho.
— Apenas uma lembrança pelo seu aniversário, parabéns. – sorri sem jeito.
— Obrigada e não precisava de presente. – abro a pequena caixa para encontrar uma pulseira com um pingente de violão prata pendurado nela.
— Que gentileza Eduardo, é muito linda. – minha mãe fala enquanto olho para o pingente.
— É linda, me ajuda a colocar? – lhe entrego a pulseira e vejo que sua mão está trêmula.
— Confesso que não sou muito bom com essas coisas. – ele prende a pulseira no meu pulso com dedos frios.
— Vamos? – falo depois de ver os olhos da minha mãe em nós.
— Claro. – ele responde e vai em direção à porta.
— Não voltem muito tarde – meu pai fala pela primeira vez desde que entrei na sala.
