Bad Boys Também Amam (Concluído)

Entre Família

(...) Algumas vezes na vida, passamos por uma encruzilhada. E somos obrigados a escolher qual caminho seguir. E não há como saber se a jornada nos levará para o prazer ou para a dor.

— Gossip Girl. 

Helena

Quando havíamos saído da delegacia pedi pra minha chefe me deixar no asilo.

Ainda bem que estava no horário de visita então fui direto falar com o meu avô que estava fazendo tricô.

— Oi querida — falou.

— Oi vovô — falei — O que está fazendo? — perguntei.

— O inverno está chegando então estou fazendo toca pra você e a sua filha — respondeu.

— Entendi — concordei.

— O que faz aqui? — perguntou.

— Nossa nem parece que gosta de mim — respondi irritada.

— Sei que você vem sempre à noite por isso te estranhei aqui — falou.

— Eu vim mais cedo hoje, preciso de conselhos — falei.

— Não me diga que o sem vergonha do meu filho veio aqui te pedir dinheiro — falou começando a ficar irritado.

— Não aquele homem não veio aqui — falei — Wesley me ama — revelei um pouco envergonhada.

— Dessa até eu sabia que não é nenhuma novidade — falou.

— Como assim nenhuma novidade? — perguntei.

— Desde aquele dia que ambos gritaram "É você" percebi que iam ter algo a mais — respondeu — Ambos se gostam então não tem o que pensar minha querida — falou.

— Vovó o senhor tem toda razão — concordei — Obrigada — agradeci.

— Não precisa agradecer enquanto eu viver estarei aqui pra cuidar de você — falou.

Me deixou um pouco assustada com isso, mas entendo ele. Lhe dei um beijo na bochecha e saí de lá hoje minha filha vai voltar, ela já deve estar no apartamento.

Vladimir

Luke e Luara agradeceram o Luan e saíram com a filha deles. Falaram que tinha alguns detalhes para o Natal já que faltavam apenas 4 dias.

Luan se aproximou de mim me encarando. Minha filha estava escondida atrás de um velhinho que não reconheci.

Parecia que estava com medo de mim, vi nos seus olhos o mesmo olhar que a Helena teve quando a bati.

— O que faz aqui? — perguntou num tom irritado.

— Vim conhecer a minha filha — respondi colocando a mão em seu ombro.

— SOLTE O MEU PAI — A garotinha gritou alto ficando ao lado do Luan.

— Pai leve a minha filha daqui — Luan mandou.

Velhinho ia pegar a Heloísa no colo, mas ela não deixou.

— Homem mal vovô — falou.

— Heloísa eu sou seu pai — revelei vendo Luan me encarar com um olhar de reprovação.

Heloísa me encarava sem entender o velhinho a levou pra dentro.

— Porque está armado todo esse teatro aqui? — Luan perguntou.

— Só quero ter direito de ver a minha filha — respondeu.

— Porque enche a boca pra falar sua filha? Sendo que fui eu que dei meu sobrenome, alimentei, vesti e a amei enquanto você estava por aí curtindo num puteiro — jogou na minha cara.

— NÃO DIGA O QUE NÃO SABE — gritei o empurrando.

Vejo a Helena vir correndo até nós e ficando no meio ficou com os braços abertos.

— O que estão fazendo? — perguntou confusa.

— Vladimir contou a verdade pra Heloísa — Luan respondeu.

— Ai meu Deus — Hel falou passando a mão em seus próprios cabelos — Luan saia daqui a preciso falar com ele em particular — falou.

Luan saiu todo irritado e me sentei na calçada ao lado dela.

— Vladimir, porque fez isso? Ela é uma criança inocente e não tem nada a ver com essa história — falou.

— Ela tem o meu gênio forte que eu, mas ao mesmo tempo, a sua doçura e inocência — falei vendo ela sorrir — Mas, porque minha filha ficou com medo de mim? — perguntei confuso.

— Eu falei pra ela que era mal e não devia deixar você se aproximar dela — respondeu.

— Estava com raiva de mim, né? — perguntei vendo ela concordar com a cabeça — Entendo o motivo de ter feito isso, mas quero me aproximar dela — pedi.

— Primeiro irei consertar o estrago, segundo não devia ter feito isso eu ia explicar tudo pra ela é terceiro precisava ter falado comigo antes tem que provar que mudou pra vê-la — falou saindo de lá.

Wesley

Minha mãe havia chegado em casa. Vladimir, Luke, Luara, Luan e Ayo haviam ido embora então estavam sozinhos com os empregados.

Então resolvi dar uma olhada nas fotos da formatura da minha turma. Ambos pareciam estar tão felizes, senti um aperto no coração queria de alguma forte ter feito parte daquilo.

Recebi algumas mensagens da Gaby, Teo, Mari e da Mi, perguntando como estavam.

Escuto passos altos vindo do piso de mármore, era com certeza os sapatos do meu pai.

— Filho — falou calmo.

— Oi pai — falei guardando o celular.

— Vi um vídeo que postaram no Twitter, não acredito que está apaixonado por uma empregada — falou debochando.

— Pai eu a amo — revelei — No passado era fraco demais para admitir que gosto de alguém, mas agora eu mudei — falei.

— Mudou? Não seja fraco ficando aos pés de nenhuma escrava — falou raivoso.

— A época da escravidão acabou, somos todos iguais — falei.

— SEU GRANDE MERDA EU DEVIA TER TE MATADO NO BERÇO QUANDO ERA BEBÊ — gritou bem alto dava pra ver as veias saltando do seu pescoço.

Por sorte escuto o barulho da porta minha mãe havia chegado.

— Wendel na minha casa não vai gritar com o nosso filho — falou um pouco exaltada — Ele é livre pra amar quem quiser — falou — E agora saia daqui — falou abrindo a porta.

— Não acabou por aqui seus merdas — falou irritado.

— Mãe, obrigada — agradeci lhe abraçando.

— Não ligue para o seu pai — falou beijando a minha testa e me abraçando — Seu avô o criou mal só isso logo irá aceitar a realidade — falou — Agora temos que planejar um jeito de pedir a Helena em namoro — sugeriu.

— Mãe nunca pedi uma garota em namoro nem sei por onde começar — falei.

— Farei um jantar para todos seus amigos para comemorar o sucesso do desfile — falou animada.

— Obrigada, mãe — agradeci.

Fui para o meu quarto pesquisar os melhores gestos para pedir ela em namoro. Quero que seja algo perfeito já que tenho ajuda da minha mãe pra isso.

Mas tinha algo que me incomodava: precisava ir à delegacia falar com Jasmine. Eu errei feio aquela época esse foi mais um efeito colateral das minhas atitudes

Assim como a Gaby me perdoou por tudo que fiz, ela tem que pedir perdão a ela e a perdoar.