Bad Boys Também Amam (Concluído)

Será?

"Não fui honesto com você. Mas você não está pronto para a verdade."

- Gotham

Wesley

Depois que cuidei de toda papelada do hospital fui em direção ao quarto da minha mãe vê-la antes de ser transferida. Ela estava acordada lendo jornal.

— Bom dia, mãe — falei.

— Bom dia, filho, é tão bom te ver — falou.

Me sentei num sofá que tinha lá perto.

— Como senhora está? — perguntei.

— Estou bem, filho, obrigada por perguntar — respondeu, guardando o seu jornal.

— Mãe já sei sobre a cirurgia, não quero que se preocupe com nada, irei cuidar de tudo tá bom? — perguntei vendo ela concordar com a cabeça.

— Rose me contou que dispensou todos como pedi — falou.

— Estou aqui então tenho que resolver as coisas — falei — então ela veio te ver? — perguntei.

— Veio sim, não sei como ficou sabendo — respondeu — Filho falei com um advogado de confiança da família, o Dr. Hierra ele fez uma procuração para que você pudesse administrar todos os meus bens — contou.

— Porque fez isso, mãe? — perguntei surpreso.

— Filho sei quando saiu por aquela porta aquele dia não iria desistir tão fácil — respondeu — Apenas 4 pessoas sabiam da coleção: eu, Rose, Lucy e as costureiras — contou.

— Mãe, tenho certeza que nenhuma costureira faria isso e nem a Lucy — falei.

— Desconfia da Rose também né? — perguntou.

— Sim, não queria falar isso — respondi.

— Rose sempre foi leal, mas faz um tempo que anda tendo umas atitudes estranhas — contou.

— Como assim estranhas? — perguntei.

— Não sei explicar filho — respondeu.

— Me desculpe por atrapalhar a conversa, mas já esta tudo pronta pra senhora ser transferida — falou.

— Não se preocupe, mãe vai dar tudo certo — falei dando um beijo na sua testa e saindo.

Fui ao advogado assinar toda a papelada e ainda tinha uma reunião com o Luan e lembrei que ele é dono de metade de uma fábrica de costura.

Quando cheguei no restaurante o vi me esperando e me aproximei.

— Oi, Luan — falei me sentando ao lado dele.

— Oie Wesley — falou bebendo algo enquanto lia o cardápio e chamando a garçonete.

Peguei o cardápio e comecei a ler e resolvi pedir o mesmo que ele.

Quando a garçonete saiu tive impressão que ela piscou pra mim. Nem me importei muito com isso.

— O que deseja? Pedir um almoço maravilhoso com a Hel pra vir aqui — falou um pouco irritado.

— Todos os dias comemos comida da Hel — falei sem dar importância.

— Tenho certeza que não me chamou para um bom almoço de amigos e sim negócio — falou como se já soubesse do assunto.

— Não sei se ficou sabendo, mas roubaram a coleção da minha mãe — contei vendo ele me olhar surpreso — Fechei o contrato com uma aluna da faculdade de moda, mas preciso que uma fábrica faça essas roupas até dia 20 deste mês — falei um pouco desesperado.

— Olha, está um pouco em cima da hora, mas pode conseguir — falou me deixando mais aliviado.

— Obrigada mesmo pela ajuda — agradeci.

— Irei chamar o meu advogado e fechamos o contrato — falou.

Garçonete trouxe o pedido e quando peguei começamos a comer percebi que em um dos guardanapos tinha um número anotado com nome "Lídia".

— Olha vejo que não perdeu o borogodó garoto — Luan falou rindo.

— Nem me importo — falei tirando o dinheiro da carteira.

— Por acaso está de olho na minha morena? — perguntou debochado.

— Não, a mulher do meu amigo é homem pra mim — respondi sem dar importância.

Garçonete se aproximou novamente entregando um envelope para Luan. Pagamos as contas e saímos quando ele leu ficou pálido.

— O que foi? — perguntei preocupado.

— Isso — respondeu me entregando o envelope.

Era uma foto do Luan aos beijos com um cara negro que não reconheci no verso está escrito:

" Porque se esconde tanto? Deveria assumir logo o seu fotógrafo e deixar a Helena com o Wesley ou talvez Vladimir. Ass: sua eterna e amada It Girl "

Uma raiva percorreu em mim como Luan era capaz de trair uma moça tão incrível quanto ela. Peguei no seu colarinho e acertei um forte muro em seu rosto.

— Está louco cara? É homofóbico por acaso? — perguntou irritado colocando a mão no rosto.

— Não só não achei legal trair uma moça como a Helena — respondi.

— Eu e a Helena não temos nada, estamos juntos só por causa da nossa filha — falou se levantando — Estou preocupado se meus pais ou irmão descobrirem sobre irei perder tudo — falou passando a mão pelos próprios cabelos.

Não sei porque naquele momento dei um sorriso enorme, então quis dizer que a minha morena está solteira. Não entendo o porque estava pensando nisso se nem me sinto atraído por ela.

— Temos que descobrir logo quem é ela ou ele logo — falei desviando o assunto.

— Olha vou pra casa de lá ligou para o meu namorado — falou quando estávamos indo em direção ao estacionamento — Por acaso gosta da Hel? — perguntou.

— Não — respondi seco entrando no carro e dando partida tinha tempo pra ir ainda asilo pra falar com Francisco um pouco gostava das suas histórias.

Não parava de pensar na pergunta do Luan, será que estava gostando da Hel mesmo?