Proposta

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"Às vezes, você pode fazer tudo certo, e mesmo assim as coisas dão errado. O importante é nunca parar de fazer o certo."

— O Ódio Que Você Semeia.

Helena

Nunca tinha sido tão humilhada na minha vida, eu queria arrancar todos os cabelos daquela loira bater naquela pele branca até ficar vermelha.

Mas não ia descer o nível daquela lambisgóia fui em direção ao asilo ver o meu avô.

Não gosto de vê-lo naquele lugar parece estar tão abandonado, mas infelizmente ele quis assim.

Cheguei lá vejo a Maribel com uma bandeja de remédios.

— Boa tarde, Bel — a cumprimentei.

— Boa tarde, Hel — me cumprimentou — Pode levar o remédio do seu avô — me entregou.

Agradeci e fui até o seu quarto ele estava olhando para o jardim.

— Avozinho — chamei sua atenção.

— Oie Hel como está? — perguntou pegando o remédio e a água da minha mão bebendo.

— Mal não te conto o que acabou de acontecer — falei irritada me sentando ao seu lado.

— Me conta o que aconteceu, minha querida — pediu segurando a minha mão.

— Uma moça da empresa que fui levar o meu currículo me tratou como se eu fosse um lixo — falei chorando apesar de eu ser uma moça forte, tem horas que chego no meu limite e desabo e o único que me vê assim é o meu avô.

— Ah! Minha querida já aconteceu tantas vezes comigo isso, mas sabe de uma coisa? — falou e logo neguei com a cabeça — Quando comecei a fazer faculdade, muitos riam de mim por não ter as melhores roupas ou o melhor carro, mas mesmo assim eu continuava com a cabeça erguida isso que deve fazer seja forte — falou secando as minhas lágrimas.

— Obrigada mesmo — agradeci.

Meu avô pegou um lenço umedecido e me deu para passar no rosto já que a minha maquiagem estava borrada quando terminei vejo a porta sendo aberta pelo bonequinho de plástico.

— Você? — eu e ele falamos ao mesmo tempo, apontando para o outro.

— Ual! Vocês se conhecem? — Meu avô perguntou confuso.

— Mais ou menos, Sr. Francisco — ele respondeu me dando uma piscadela me viro brava vendo meu avô rir.

Bel chegou avisando que era hora do almoço do meu avô ele mandou esperar ele. Então ficamos no seu quarto aquele maldito boneco me encarava.

— Perdeu algo? Estou suja? — perguntei irritada.

— Não tem nada , só te acho muito bonita — respondeu sorridente — Quero que trabalhe pra mim — falou me encarando.

— Como assim? — o questionei.

— Minha mãe me deu um posto importante na empresa para estar me depositando toda confiança em mim e preciso de alguém confiável — respondeu dando uma ajeitada nos cabelos.

Meu avô surgiu com um sorriso trazendo uma vasilha nas mãos.

— É aí já estão se entendendo? — perguntou se sentando no meio de nós.

— Vovô — o repreendi envergonhado.

— Sr. Francisco sua neta é difícil, estou aqui olhe oferecendo um emprego e ela não aceitou ainda — Ele falou colocando a mão atrás da cabeça meu Deus esse boneco tem um sorriso maravilhoso.

— Só quero entender por que quer me dar um trabalho — falei cruzando os braços.

— Simples motivo não gostei da atitude da Rose com você e de alguma maneira querem mostrar que não apoio isso quero fazer a diferença — explicou.

— Qual é a sua empresa? — Meu avô perguntou.

— É de moda contratar modelos, jovens estilistas e fotógrafos — explicou.

— Lembra Hel seu sonho sempre foi trabalhar lá e se tornar uma grande modelo — Meu avô falou me deixando envergonhada — Aceita a proposta do Wesley, ele é um bom garoto — insistiu.

— Vovô vou aceitar então mais infelizmente eles não contratam modelos plus size — falei um pouco desanimada.

— Dessa eu não sabia, vou falar com a minha mãe depois — falou.

— Melhor eu ir agora — falei me levantando.

— Eu te levo — se ofereceu.

— Não precisa — falei firme.

— Deixa ele te levar, minha querida, uma carona de vez em quando faz bem — Meu avô falou sorridente.

— Tá bom — falei revirando os olhos brava.

Despedimos do meu avô e saímos fomos em silêncio em direção ao um carro vermelho muito elegante.

— Posso saber o motivo de você querer me ajudar, bonequinho? — perguntei vendo ele abrir a porta do carro pra mim.

Entrei no carro vendo ele me olhar pensativo.

— Sei o que é ser humilhado pelas origens quando era criança no meu primeiro dia de aula as outras crianças fizeram uma brincadeira de mal gosto na frente de todo mundo naquele dia ninguém me ajudou — falou com um pouco de rancor — Não sei se percebeu mais tenho origens asiáticas — contou — Peraí, porque me chamou de bonequinho? — perguntou envergonhado.

— Segredo futuro chefe — falei olhando pela janela estava quase perto do hotel que moro — Pode parar aqui — pedi vendo ele parar — Obrigada — agradeci saindo do carro.

— Quero ver você às 7 ok , senhorita? — perguntou me vendo concordar apenas acenei pra ele indo em direção ao prédio cumprimentei o zelador e fui para a andar.

Vejo Luan olhando pela janela com uma carinha "Conta tudo quero saber amiga".

— O que foi? — perguntei vendo ele me encarar.

— Nada mais de quem era o carro que saiu? — perguntou se sentando no sofá.

— Meu chefe — respondi vendo ele me olhar chocado — cadê a minha filha? — perguntei antes que ele fizesse mais perguntas.

— Tomando banho esqueceu que hoje ela tem apresentação no colégio — me lembrou.

— Ai meu Deus com essa correria me esqueci — falei batendo a mão na minha testa.

— Ficou com o tal chefe e esqueceu da filha o que estavam fazendo com ele? — perguntou passando as mãos nos próprios cabelos.

— Ele faz trabalho voluntário no asilo e justo o meu avô que ele conversa então ele me ofereceu um emprego e depois me trouxe pra casa por pedido do meu avô pronto fim da história — respondi irônica indo até o quarto da minha filha que já estava colocando um vestido azul de renda — Está linda filha — falei lhe abraçando de costas.

— Mãe arruma meu cabelo? — pediu.

— Posso sim querida se senta aqui — falei apontando pra frente do espelho ela se sentou imediatamente.

Fui até o meu quarto pegando um ativador de cachos, voltei ao quarto dela e comecei a arrumar seus cabelos fizeram um penteado bem simples.

— Mãe, posso ir ao acampamento de férias da senhora Angel? — pediu fazendo cara de piedade.

— Vou pensar agora vamos se não vai se atrasar — falei vendo ela sair correndo.

Me olhei pelo reflexo do espelho estava tão desarrumada corri para o meu quarto, peguei um vestido preto com tênis branco e fiz um coque nos cabelos, tranquei a porta e vi que ambos me esperavam na garagem.

Entrei no carro e fomos em direção ao colégio da minha filha, ela estuda em um dos melhores colégios da cidade por causa da influência do Luan conseguimos que ela estudasse lá de graça.

Bad Boys Também Amam (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora