X - A mestiça marcada pela lua

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— Vá ficar com ele, eu me viro em Hamal. — Isran assentiu, tentando parecer calmo quando na verdade estava em pânico. — Mande um beijo para ele por mim, e se precisares de alguma coisa, qualquer coisa, me ligue.

— Pode deixar. — O capricorniano deu um fraco sorriso para ela.

Um som de bip chamou a sua atenção, o que fez com que desviasse o olhar de Kinara e se focasse em uma das suas telas.

— Por quê tantas mensagens? — Perguntou, apontando para uma tela que estavaconectada ao dispositivo de comunicação móvel de Kinara.

— É o tio Haankon. — Respondeu desgostosa, dando um suspiro. — Acho que preciso ir agora. — Haankon tinha passado o dia inteiro a inferniza-la para que não chegasse tarde em casa, e não faltasse ao jantar em família, chegando até mesmo a fazer chantagem emocional. A jovem até considerou bloqueá-lo, ma desistiu ao perceber quese fizesse isso seria ainda mais difícil lidar com o dramatismo do tio. — Parece que tio Haankon está a preparar um jantar especial, ele me mata se eu não aparecer.

— Será que vai tentar te arranjar novamente um marido? — Comentou sorrindo, pois Haankon já tinha tentado armar um jantar para que ela conhecesse um rapaz, que segundo a família do canceriano, era o candidato perfeito para Kinara, como se ela quisesse casar.

Provavelmente Kinara nunca teve tanta vontade de assassinar alguém como naquele dia.

— Nem me faças lembrar disso. — Disse fazendo uma careta, provocando uma gargalhada em Isran. — Se ele tentar novamente uma coisa dessas, eu me mudo de casa e paro de falar com ele. — Acrescentou.

Deu ordem mental para que seu sistema fosse encerrado e começou a organizar as coisas enquanto fazia uma nota mental para mandar todas aquelas plantas para a área botânica das Industrias Ridwan para que fossem estudadas, talvez conseguisse tirar algum proveito delas.

Deu ordem mental para que seu sistema fosse encerrado e começou a organizar as coisas enquanto fazia uma nota mental para mandar todas aquelas plantas para a área botânica das Industrias Ridwan para que fossem estudadas, talvez conseguisse tirar a...

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Kinara era tão obcecada no seu trabalho que mesmo durante todo o trajecto para casa não parou por nenhum instante.

A capricorniana vivia em uma reserva habitacional. Sua casa foi construída por cima de um capri, uma versão menor da árvore que criou para a sede da sua empresa.

Era muito comum em Capricornus encontrar belas casas modernas construídas em árvores, pois havia em abundância, já que o corte delas não era permitido.

Toda a madeira usada no continente da terra era fabricada em laboratório. Depois da crise de 4066 E.d.E, em que o solo zodiacal se tornou temporariamente infértil por causa do excessivo corte de árvores, os habitantes do continente da terra tornaram cultural a plantação de uma árvore durante o décimo quinto dia de cada ciclo zodiacal, uma prática que foi obrigatória em quase todos os lugares do mundo até o início do ano 4070 E.d.E.

Seu veículo foi estacionado em uma das garagens da casa, que foi construída no tronco mais baixo, a quinze metros do chão, e os carros só conseguiam ter acesso através de um elevador. Os cómodos da casa eram conectados por elevadores, pontes fechadas e escadas.

Doze Tronos Do ImpérioWhere stories live. Discover now