Episódio 74- Eu avisei que ia dar merda

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EP 74

Estou andando sem saber onde estava, sem sinal, sem nenhuma garrafinha de água, nada!

Continuo andando sem parar, sendo guiada pelas luzes de Las Vegas. E o Coringa vindo logo atrás de mim.

Continuo andando depressa, o frio estava me corroendo cada vez mais. E de repente escuto um barulho.

-Coringa? -pergunto olhando ao redor, quando de repente vejo ele rolando no chão.

-CORINGA. -grito sabendo que ninguém ia me ouvir, estava entrando em desespero.

-SOCORRO! -ouvia ele gritar, e eu tentava andar mais depressa.

Ele não para de rolar, e aonde ele vai chegar? Socorro meu Deus!

Tento avançar o passo, mas com essas pedras traiçoeiras me atrapalhando estava foda!

Quando paro de escutar o barulho, aperto os olhos para ver onde ele estava.

Graças a Deus, tem um lugar plano mais em baixo e ele estava ali. Imóvel. Vou descendo torcendo para ele estar bem. Acho que consegui fazer uns 10 "Pai Nosso" e umas 20 "Avé Maria".

 Acho que consegui fazer uns 10 "Pai Nosso" e umas 20 "Avé Maria"

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-Coringa-disse virando o corpo dele.

-Oi? Bárbara? – ele disse muito devagar.

-Ai Meudeus, aonde você está sentindo dor? Como você caiu? Pelo Amor de Deus Coringa, você tá bem? Dá para aguentar? – eu respiro, eu não podia entrar em desespero. Não agora! Não ia adiantar de nada!

-Eu estou com muita dor nos braços. E não consigo sentir minhas pernas. -ele disse e minhas pernas estremecem. Não, meu Deus, por favor!

Vejo se ele está com algum machucado nas pernas ou no braço, e vejo que o braço dele está muito ralado. Está em carne viva. Já o joelho, parece estar deslocado.

-Eu vou chamar a ambulância, calma! -desbloqueio meu celular tremendo, e vou torcendo para achar sinal, algo que estava sendo muito difícil.

PUTA QUE PARIU. O QUE EU VOU FAZER?

-Vou poder ficar mais tempo com você. Agora o Bruno vai ter que esperar! -ele disse rindo e eu estava aliviada por um lado por ele conseguir rir, mas estava desesperada pelo outro. Como que ele consegue pensar nisso machucado desse jeito?

-Coringa, me espera aqui! Vou tentar achar sinal. -E só depois que eu falei isso, que eu percebi o quão idiota isso soou. Como ele iria sair dali se nem as pernas ele estava conseguindo mexer?

Me viro e tento descer mais um pouco.

Vou para a direita, para e esquerda, e nada de sinal!

Coloco o celular para cima, para baixo, viro de cabeça para baixo, mas não adianta.

Ajoelho no chão, e peço: " Meu Deus, por favor, me ajude com o Victor. Dê forças para ele aguentar mais um pouco. Me ajude a achar sinal, por favor meu Deus. Me ajude!" Faço mais um pai nosso e pego meu celular na tentativa de achar sinal.

O ícone do sinal aparece uma bolinha, mas logo em seguida se apaga. PUTA QUE PARIUUUUUUUU

O que eu vou fazer? NÃO TEM O QUE FAZER!

Eu não posso deixar ele do jeito que ele está!

Volto para onde o Victor estava, e vejo que agora ele estava de olho fechado. O que aconteceu? Será que ele tá bem? Ele não pode dormir. Ele bateu a cabeça.

-Victor? Victor? – sento do lado dele, e apoio a cabeça dele no meu colo. Começo a balançar ele na tentativa de fazê-lo abrir os olhos. Mas nada acontecia.

-VICTOR! PELO AMOR DE DEUS, FALA COMIGO MEU AMOR! – disse chorando, e uma lágrima minha caiu no olho dele. Ele mexeu um dos braços que estava em carne viva como tentativa de coçar o olho.

-Eu estou bem, minha linda. -ele disse, e eu senti um alívio enorme no peito, só de saber que ele não estava desmaiado ou algo do tipo.

Pego meu celular mais uma vez, que acaba de me notificar que está com 15% de carga e procuro sinal.

Passou um minuto, dois, três...

Já era 21h22, e finalmente, por algum milagre divino, apareceu duas bolinhas de sinal no meu celular.

Imediatamente liguei para ambulância, caso o sinal desaparecesse. Mas me deparo com outro problema:

Babictor- Uma história de amor escondida por trás das câmerasWhere stories live. Discover now