Episódio 6

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POV'S BÁRBARA

-Onde eu estou? – perguntei assustada olhando ao redor .


A luz do sol iluminava a rua que mal conseguia enxergar ontem. Parecia outro lugar. 


-Ah, no lugar não especificado. –  auto me respondi.


"Preciso sair daqui o mais rápido possível e conseguir sinal para tentar ligar para o Gilson. Mas só lembro que eu entrei por aqui. " – pensei em voz alta levantando do chão.


Minha coluna estala e percebo que estou com uma dor insuportável nas costas.


Fui andando até sair daquela rua abandonada. Só queria algum lugar para sentar.


Depois de consideráveis 20min andando, avisto uma rua movimentada e cheia de árvores. Parecia um lugar tranquilo, era bem mais agradável que o beco de ontem. Fui andando até o final dela, procurando uma placa de sinalização.

 Fui andando até o final dela, procurando uma placa de sinalização

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Encontro uma moça jovem e bonita, de cabelos loiros muito lisos e um olho azul parecendo bolinha de gude.

 
-Onde estou moça? – perguntei.


- Você está em Peak. – ela respondeu calmamente.


-Peak? Não é o nome daquela cidade do free fire?  – pensei em voz alta.


-Sim. Essa mesmo! Todos os moradores daqui, jogam free fire, inclusive.– ela disse afavelmente.


-Mas moça, como posso voltar para Santa Luzia  -disse ignorando totalmente o que ela tinha dito. Não queria saber de free fire, só precisava deitar na minha cama e tomar um banho quente.


-Ah, você não está muito longe. Daqui há uns 10min você chega lá. Tem um ponto aqui, posso te levar se quiser. – ela disse sendo muito gentil, apesar de ter sido um pouco arrogante com ela.


-Você faria esse favor por mim? Ficaria muito grata. - disse constrangida. 


-Não tem de que. Mas então, qual o seu nome? - ela pergunta. 


-Prazer, Bárbara. -digo e coloco a mão na testa percebendo que fui tão mal educada ao ponto de nem me apresentar .-Mas pode me chamar de Babi. E o seu? - continuo, numa miserável tentativa de puxar assunto. 


-Prazer, Carolina. Mas pode me chamar de Voltan. -ela diz abrindo um sorriso, que deu um contraste juntamente com suas madeixas loiras.


-Você mora há muito tempo aqui? - pergunto curiosa. Ela não parecia morar aqui.


-Na verdade não. Venho aqui de vez em quando. Estou ajudando o Bruno a organizar a guilda. 


-Guilda? Você joga Free Fire?  


-Na verdade estudo códigos de programação. E free fire tá incluído. -ela disse e fiquei surpreendida. 


-Que legal. Vocês vão abrir um negócio? - pergunto curiosa, afinal parecia uma boa ideia.


-Sim, vamos. Mas na verdade acabamos de começar. Não temos muitos recursos e nem como chamar a atenção do público. -ela diz meio cabisbaixa.


-Mas por qual motivo vocês decidiram fazer isso? Vocês são namorados ou algo do tipo? - estava ficando realmente curiosa sobre o assunto, queria poder ajudá-la de alguma forma.

- Não, que isso.. - ele abre um sorriso de lado e joga os cabelos para trás da orelha- o Bruno é meu amigo. Conheço ele desde pequena. Decidimos abrir o competitivo porque hoje em dia marketing digital é muito válido, o free fire é um prato cheio. O jogo está se destacando num cenário mundial. - ela diz de uma forma convincente.


-É verdade, é uma boa ideia. Vocês vão conseguir rapidinho,  tem muita gente jogando hoje em dia. Se quiser ajuda, pode me chamar. Também jogo e tenho vários amigos que jogam. Não somos profissionais nem algo do tipo, mas podemos tentar. - disse abrindo um sorriso.


-Obrigada...É..Babi, né? - ela diz abrindo um sorriso meio sem graça. 


-Isso! - retribuo o sorriso, ela parecia ser gente boa. 


No caminho até o ponto, fomos conversando sobre a guilda que o Bruno quer abrir. Acabei pegando o número de telefone dela.


[...]


- Tchau Voltan! – disse acenando quando o ônibus para Santa Luzia chegou.


-Tchau Babi, vamos se falando hein. -ela disse dando um sorriso.


Finalmente, quando consegui área no celular, vi que o Gilson me ligou mais de 50 vezes e me senti culpada por ter deixado ele tão preocupado.

 
Liguei para ele, disse que estava tudo bem e que estava voltando para casa. Depois de ter escutado ele falando quase uns 10min na minha cabeça, pedi desculpas e disse que quando chegasse em casa explicaria tudo para ele.

Babictor- Uma história de amor escondida por trás das câmerasOnde histórias criam vida. Descubra agora