6| Shock Therapy.

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1842
Início do século XIX

Heathan...

Minha frágil e doce enfermeira.
Meu olhar não é capaz de se desviar de sua frágil e bela pele, tão clara e suave quanto porcelana.
A marca de minha mão estava tão nítida em seu pescoço, quanto suas belas veias azuladas traçadas por seu corpo.
É linda, a forma como elas se desenham abaixo de sua pele.

Ela é tão bela.
Seus cabelos ruivos desenhados sobre seus ombros. Não parece real.
Seria ela, mais uma de minhas fantasias?

Não... nem um louco como eu é capaz de criar tão perfeita miragem.

Já vi várias mulheres, diversas já tive em minhas mãos, assim como o sangue de muitas em minhas roupas ou até mesmo em meus lençóis.
Todas eram belas, de traços perfeitos e exóticos.
Brasileiras, americanas, asiáticas... isso nunca me importou.
O que eu sempre queria delas, eram seus corpos perfeitos chegados ao meu durante o sexo.
Mas apenas isso.
Eu não gostava delas ao meu lado após isso. Não me atraía por elas depois de ter desfrutado do que elas tinham de melhor para me oferecer.
Elas não eram nada além de gado para mim, depois que eu havia tirado delas o que me interessava.
Nada além de gado em um matadouro.
Elas se tornavam um belo brinquedo, cortado ou baleado, isso não fazia diferença. Mas eram tão lindas mortas, quanto vivas.

Minha enfermeira.
Com ela não seria diferente.
É tão linda, com suas bochechas rosadas e seu corpo quente. Mas imagino o quão mais bela seria com sua pele pálida e seu corpo gélido.

Estava sentado no chão dentro de minha cela, observava através das grades, enquanto os enfermeiros prestavam socorros a minha enfermeira.
Me incomoda o fato deles a tocarem e estarem tão próximos dela quanto eu fiquei... por tão pouco tempo.

Ela ficará chateada comigo?
Ela ficará brava comigo?
Com medo de mim?

Talvez dessa forma seja mais seguro.
Se ela se intimidar com minha presença, não voltará a vir me visitar. Dessa forma, não existirá a possibilidade de eu a machucar outra vez.

Um dos médicos a pegou no colo e caminhou em direção a saída. O ódio corria em minhas veias.
Minhas mãos adentraram em meio aos meus cabelos e os seguraram firmemente.

"Aquele homem está tocando a sua enfermeira..."
"Aquela vadia, ela está deixando que outro homem a toque..."
"É tudo culpa dela, ela não devia... ela não podia..."

- Não toque nela... você não pode toca-la... eu a fiz minha... só eu posso toca-la! - fui até as grades, agarrando-as com força enquanto gritava para o médico, que por sua vez, se quer olhou para trás.

Sacudia com força as barras de aço, mas tudo o que recebi em troca da minha raiva, foi a porta sendo fechada em minha frente e minha enfermeira sendo levada para longe de mim.

Ele a levou para longe.

- Heathan... veja o erro que cometeu, ela não voltará. Você não ouvirá mais sua doce e suave voz. Não sentirá mais seu adocicado e leve perfume.

Bati nas grades fortemente, buscando a atenção dos médicos que conversavam entre si atrás da enorme e pesada porta de aço.

- Tragam-a de volta!! - gritei com tanta força, que senti dor em minha garganta.

"A culpa é sua... você causou o acidente..."
"Não... a culpa é dela, ela se arriscou ao se aproximar de um monstro como você..."
"A culpa é deles, foram eles que a levaram para longe..."

Observei a porta ser aberta, mas o meu fio de esperança de que minha linda enfermeira entraria pela mesma se foi, no momento em que vi três homens a atravessarem.

O médico se aproximou das grades e me observou de forma atenta antes de se afastar e dizer aos enfermeiros:

- levem-no para a sala de eletroconvulsoterapia.

~"~

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