25| I'm In Love With You. ⚠️ + 16

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Pra melhor apreciação, leia com o fundo negro.

1842
Inicio do século XIX

Bill

Ela observava o bater da luz da lua no chão do quarto, sentada sobre o tapete a beira da cama. Aproximei-me, para vê-la mais de perto, ela estava quieta, enrolava os fios de seus cabelos ruivos na ponta dos dedos, pensativa.
Eu não sabia o que poderia dizer ou fazer.
Tenho vontade de sentar-me ao seu lado para observar com ela seja lá o que ela está olhando. Gostaria de ouvir ela compartilhar seus pensamentos comigo, mesmo que eu não vá os compreender, eu queria a ouvir falar.
A casa está tão silenciosa, até suas reprovações e insultos fazem falta neste momento. Talvez isso tudo seja culpa minha, afinal, eu desejei tanto que ela morresse em determinados momentos em que brigávamos que veja só como ela está agora. Tiveram momentos em que eu me senti arrependido de tê-la trazido, mas eu me divertia com seus picos de estresse comigo mesmo que eu ficasse enfurecido as vezes. Agora seu silencio me corrói, como se me rasgasse de dentro para fora.

- Por que você sempre me observa em silêncio? - Ela perguntou, olhando para trás em seguida.

Ergui os ombros.
Na realidade, não existe um motivo especifico para nenhuma das minhas atitudes e, os poucos que tenho, não vou dizer a ela pois eu sequer saberia como fazer isso.

- Você é assustador!

Ela deitou-se no chão sobre o tapete, suspirando fundo. Acabei rindo com seu insulto disfarçado de comentário e me senti leve por aquilo. Senti como se estivéssemos em dois dias atrás, antes de todo esse caos.

- Eu gosto quando faz isso. - Aproximei-me e me coloquei sentado ao seu lado.

- Quando lhe insulto?

- Não... quando você reage.

Muitas mulheres, não todas, mas a maior parte delas, em uma situação como essa, teriam medo e me implorariam para deixa-las em paz, mas por mais que Elizabeth queira ir, ela não abaixou a cabeça em nenhum só momento. Sua coragem é fascinante e tentadora, tenho vontade de descobrir mais, de desafia-la e ver até onde ela iria.

- Seu silêncio tem me matado, Elizabeth.

- Pensei que me preferisse assim... - Respondeu, aconchegando-se em seus próprios braços.

- Às vezes você me tira do sério, isso é um fato, mas... é bom. Eu sempre preferi ficar sozinho, mas alguma coisa em você, desde a primeira vez que te vi, despertou algo em mim... é estranho, como se sempre existisse um frio no estômago quando você está por perto.

Ela sorriu.

- Se apaixonou por mim, Bill?

- E o que você quer dizer com isso? - Sorrio.

Novamente ela se sentou.

- Cientificamente falando, a paixão é um sentimento humano muito intenso e profundo. Nós somos capazes de o marcar pelo grande interesse e atração que sentimos por algo ou alguém. Pessoas que estudam a mente humana, tem a tendência de enxergar de forma muita cética "o que é o amor... mas, para mim nunca foi assim... - Ela ergueu sua mão em direção a luz que emanava da janela, sentindo-a sob sua pele e continuou. - Apaixonar-se é como observar a lua. Você a vê todas as noites, mas quando o dia chega, você conta os minutos para que a noite caia novamente, pois poderá a ver mais uma vez. Você tem vontade de ver como ela é bem de perto, de senti-la e, no seu caso, de descobrir como deve ser estar sobre ela. - Ela sorriu, e por entender o que ela quis dizer, eu acabei por sorrir também. - A paixão é capaz de alterar aspectos do comportamento e pensamento humano de uma forma inimaginável, nós passamos a demonstrar um excesso de admiração por aquilo que nos causa paixão. A impulsividade, o desespero e a inquietação... nos perseguem e só se vão quando estamos perto da pessoa que nos causa tais sentimentos.

+16 | CASO N° 44 | Bill Skarsgård - Dark RomanceWo Geschichten leben. Entdecke jetzt