+16 | CASO N° 44 | Bill Skarsgård - Dark Romance

19 | Like a Ghost.

1842
Início do século XIX.

Elizabeth

Meus olhos estavam pesados, eu sentia o peso do cansaço sobre os meus ombros mas, eu não sei se queria dormir.

Tommy ainda estava aqui. Ele me observava em silêncio, acho que estava esperando eu dormir para ir embora.

- Não precisa me vigiar. Eu não vou fugir.

Ele ergueu as sobrancelhas, demonstrando sua discórdia.

- Não minta. Você sempre foge de mim. - ele me rebateu com um tom frio.

- Somos de mundos diferentes, Tommy.

- Mas não precisamos ser, se você me acei...

- Não. - o interrompi. - Eu sei as coisas que você faz e eu não quero fazer parte disso.

Ele suspirou fundo se levantando de forma brusca e repentina.

- Eu preciso ir. Cuide-se, Elizabeth.

- Tommy... Não faça isso.

Sua mão adentrou os fios de seus cabelos, sei que esse assunto o deixa irritado.

- Você acha que eu deixaria você se envolver nos meus negócios, Elizabeth?

- A questão não é essa, Tommy.

- Então qual é a questão? - ele gritou.

- Eu não quero viver com medo. Não quero acordar todas as noites com você chegando em casa bêbado ou machucado! Não quero sentir o receio de um dia você não chegar em casa! - gritei de volta.

Ele me observou em silêncio.

- Não consigo, Tommy. Eu não vou conseguir sentir isso. Não vou conseguir ser uma esposa estável sabendo que entre mim e os negócios, você vai escolher os...

- Não diz isso. - ele se aproximou de mim, confortando-me segurando meu rosto em suas mãos. - Nunca escolheria os negócios a você.

Sentia sua respiração sobre os meus lábios. Ele estava tão perto.

- Tommy, eu...

Eu não tive tempo para responde-lo. Seus lábios tomaram os meus com veracidade. Suas mãos seguravam meu rosto de forma firme, como se, se eu me afastasse, fosse um sofrimento imenso para ele, ele me queria ali. Perto dele.

- Eu não me controlo perto de você, Elizabeth. - disse entre os dentes enquanto se afastava do beijo em sofrimento. - Eu não sei como.

Olhei em seus olhos. Levei minhas mãos ao seu rosto devagar e retirei seus óculos.

- Hoje você não precisa.

Ele encarou profundamente meus olhos. Eu o queria, e ele sabe disso, por isso, não hesitou em beijar-me outra vez, enquanto me pegava em seu colo, encaixando minhas pernas ao redor de seu quadril.

Me segurando firme, ele sentou-se sobre o sofá, me posicionando sobre seu colo. Suas mãos apertavam-me me forçando a me mexer sobre ele.

- Elizabeth... - meu nome saiu de seus lábios entre seus longos suspiros. Ele estava se contendo.

- Diga, Tommy... - me afastei de seu beijo, olhando em seus olhos.

- Vem comigo... - ele posicionou meus cabelos atrás de minhas orelhas, e tocou meu rosto. - Eu vou te dar tudo o que você quiser.

Sorrio, revirando os olhos em seguida.

- As pessoas vão dizer que o rei se apaixonou. Não vai ser bom para a sua imagem.