A Traidora É Presa

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— E por que eu não poderia ter com ela?

— Lindbergh, nós já sabemos o fim dessa história, já rodamos esse filme. Você me pediu pra apagar a memória dela e depois inventou toda aquela história. O que me vem a pergunta, por que quer reviver isso?

— Por que gostei do que eu e ela tivemos. Agora chega né? Daqui a pouco ela tá aí, vai nos ouvir conversar e terei que me explicar.

— Só tome cuidado. Uma striga é muito perigosa.

— Pode deixar.

⭐🌟⭐

Molon não conseguia dormir, o calor de São Paulo e a saudade de Lindbergh o incomodava. Não queria que seu filho nascesse longe do pai, mas a indecisão do petista não ajudava na relação.

Foi a cozinha ver se tinha algo na geladeira do irmão de interessante para comer. Lá se deparou com uma "visita" inesperada, aparentemente o esperando sentada à mesa.

— Marta? Como você...?

— Posso entrar onde eu quiser. E vim por que você tem algo que quero.

— E o que você quer de mim?

— Seu filho. Mas deixo você comer antes, não quero atrapalhar a alimentação da minha comida.

— Você ficou louca?

— Talvez. Eu não consigo me conter.

— Como soube sobre meu filho?

— Muitas perguntas não acha? Se não vai alimentar meu alimento, vou ter que comer assim mesmo. – Se levantou.

— Você está brincando, não está?

— Não se pode brincar com a comida, nunca te ensinaram isso?

Quando a ex-petista se aproxima de Molon, Lindbergh acorda assustado.

— O que foi, Lind? – Mirella perguntou a ele. Tinham acabado por levar a história de estarem juntos a um outro nível, por essa razão estavam juntos na mesma cama.

— Só um pesadelo. – Respondeu.

— É incrível como o cérebro pode nos dar certas informações, não acham? – Tinha uma terceira pessoa no quarto.

— Como você entrou aqui? – Lindbergh perguntou a intrusa.

— Você deveria saber que para aquela que criou a maldição que fez homens engravidar, isso não seria impossível.

— Marcela? – Perguntou, pois o quarto estava meio escuro.

— Que isso, Lindbergh! Acha mesmo que ela teria feito uma obra tão perfeita quanto aquelas maldições? Ela só se apropriou da minha obra. – Estalou os dedos ascendendo a luz do quarto, revelando Marta Suplicy.

— Você quem fez tudo isso?

— Não quero me gabar. Mas sim, eu fiz esse belo serviço. Mas vim por outro motivo. O bebê da sua namorada.

— Eu lamento, mas isso era apenas uma fake news. – Mirella respondeu.

Marta riu.

— Neste caso, então você servirá como alimento pra mim. Jovem como você não se pode desperdiçar. – Antes que ela pudesse se mover, sentiu seu corpo preso.

— O que é isso? – Olhou para o chão e viu um símbolo que a impedia de se mover.

— Há alguns meses atrás encontrei uma carta no livro das maldições, escrita por Temer que explicava como te deter. Segui as instruções e fiz a armadilha para te prender.

— Você não pode fazer isso comigo! Ainda preciso me vingar pelo que Temer me tornou.

— Como assim? Vocês não estavam do mesmo lado?

— Eu estava apaixonada, ele dizia que estava também, aí me deu o coração dele. E por isso me tornou uma bruxa vampira. Mas depois ele me abandonou. Me deixou sozinha quando fui julgada e condenada a perder meus dons. Vocês não podem me prender.

— E agora, o que a gente faz com ela, Lindbergh? – Mirella perguntou.

— Melhor chamar o Lula. Ele vai saber o que fazer.

Em Brasília...

Temer estava inquieto sentia o que estava acontecendo no Rio de Janeiro.

— Ela foi presa. O que será que vão fazer com ela? Preciso salvá-la!

Segundos depois alguém bate na cela dele dizendo:

— Vampiro! Você tem visita.

A cela é aberta e Temer é levado a sala de visitas onde vê seu advogado, também vampiro.

— Consegui seu Habeas-corpus. Você estará livre em poucas horas. – Comunicou o advogado.

— Bem na hora.

O Misterioso Livro do SenadoOnde histórias criam vida. Descubra agora