Collide

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NA: Primeiro eu quero agradecer por todo o carinho que demostram a mim e por todo o suporte que dão às minhas histórias nessa plataforma. Crosswords está voltando para ser finalizada, eu tentei ao máximo não fugir do universo ao qual ela foi ambientada por causa do tempo que ficou parada, sabemos que faz mais de 1 anos e isso é impactante, então espero que ainda se satisfaçam com esse enredo que veio para ser finalizado, esse é o penúltimo capitulo, aproveitem!

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Lauren POV

O tempo havia se passado, tanto para nós duas quanto para todo o universo que nos envolvia. Talvez eu não tivesse presenciado nada essencialmente tão mágico em toda a minha vida quanto me perder entre os ciganos franceses ouvindo Camila cantar seus cânticos ciganos perto de meu rosto.

A sensação de sua voz bonita esquentando minhas bochechas era irreparável, eu andei descobrindo nesse pequeno tempo o quanto encontrei algo para me tornar perdida que ia além dos meus próprios pensamentos. Seus olhos castanhos brilhavam como chocolate quentinho da manhã, ela havia me ensinado que seus olhos com dons tão...tão... complexos, alimentavam sua vontade de expor ao mundo que tinha amor a ser doado.

Nós estávamos de volta à terra da América, um pouquinho longe casa, mas recheadas de novidades que queríamos expor a nossas famílias... Família. Aquela pequena palavrinha conseguia definir alguns conceitos indefinidos anteriormente em minha vida, Camila compartilhou sua família comigo, em cada essência, desde sua mãe dona de uma cafeteria, a seu pai cigano e sua tia tão sábia... até mesmo a nuance mais estarrecedora dela, que foi o seu antigo par romântico nada romântico...

Apertei meus lábios cerrados ao me recordar disso, franzindo meu cenho por ser tão frustrante me recordar da situação, eu nem tenho permissão para me recordar da situação, não há nada de errado acontecendo mais, essa auto sabotagem me pareceu tão estranha que eu mal previ quando senti o toque de dedos quentinhos em minha nuca. Girei meu corpo em leve sobressalto e Camila me olhava curiosamente, ela estava tão bonita me esperando citar o que parecia tão tentador em minha mente para que não dialogasse com ela.

— Sua tia demorará? – Perguntei apontando em direção a casa modesta que estava exatamente à nossa frente. Eu cerrei os olhos, com o sol sobre nossas cabeças observando os degraus da fachada da casa de sua tia.

— Ela me disse que não, coisa rápida de minutos. Por que? Está se sentindo incômoda? – Se antecipou em tocar em meu pulso, trazendo seus olhos castanhos grandões e preocupados para se despejarem sobre mim. Eu sempre me sentia corar da cabeça aos pés quando ela se antecipava em ser a mulher mais bonita que eu pude conhecer. Sua preocupação em me deixar bem me fazia sempre ter vontade de compor as melhores cruzadas para que ela guardasse em sua gaveta lenços.

Meu amor? – Ela voltou a chamar minha atenção, seu tom de voz preocupado me ruborizou por segundos, negando com rapidez para que não entendesse errado minha falta de palavras.

— Oh, eu... bem, eu estou bem é que estava pensando nela, em como ela pode reagir com a nossa presença... – Comentei dando de ombros, notando que ela negou o mais rápido que podia, pegando em minhas mãos com ambas das suas. Ela usava uma rosa vermelha sobre a orelha, orgulhosamente uma cigana comprometida.

— Faz muito tempo que não a vejo, sei que será muito emocionante poder revê-la e talvez entender um pouco de nós mesmas. – Sua piscadela me fez sorrir desviando o olhar a grama debaixo de nossos pés. Eu havia descoberto na França, entre seu povo cigano que sou muito dela, o que é impressionante, antes eu nunca pensei ser capaz de ser tão de alguém assim que não fosse somente eu mesma.

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