Capítulo 20

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O sujeito tinha tido o braço quebrado mesmo, no entanto, uma injeção de morfina resolveu o problema temporariamente, apesar de que eu não queria lhe dar nada.

- Então Evo, trinta e oito anos, vive num apartamento decadente na parte baixa da cidade, trabalha no jornal Ecorp's, média conceituação, mas paga razoavelmente bem, só que não tanto para comprar uma arma automática com capacidade para longa sessão de tiros... E o que me leva a seguinte questão, qual motivo para fazer isso contra uma das advogadas mais poderosas do país, no prédio de uma outra mulher mais poderosa ainda?

O sujeito me olhou engolindo em seco. Me sentei a frente da sua cadeira na sala branca e fria. Uma sala para interrogatórios perfeita, mas eu pedi que retirasse a mesa, aquilo não ia ser uma conversa amigável, pelo menos era o que eu esperava. Claire acompanhava tudo do outro lado do vidro espelhado ao nosso lado e eu não me importava nem um pouco.

- Quem é você?

- Ah erro meu... Sou uma agente do governo!

O rosto dele empalideceu. Muito bom.

- Não vou falar nada.

- Sabe Evo muita gente já disse isso para mim, mas poucas cumpriram!

Levantei da cadeira e tirei a jaqueta, andei até o canto da sala, tinha uma câmera, voltei ela por chão. Quando olhei na direção do vidro espelhado sorri.

- Peço que não haja interrupção.

Deixei a Claire ciente e fui em direção ao sujeito novamente. Eu queria encher ele de porrada e assim ficaria menos irritada do que estava. Maldito Aeron.

- Não pode me machucar...

O homem disse. Eu encolhi os ombros.

- Ficaria assustado com as licenças que um agente da minha patente tem, ainda mais quando se leva em conta que atentou contra uma pessoa. Por isso é bom começar a abrir o bico!

Me sentei a frente dele de novo e ele deu um aceno negativo.

- Está mentindo!

Finalmente. Ele não ia falar. Sorri e então soquei a cara dele. O som do golpe ecoou na sala. Olhei para trás. Nenhuma porta se abriu, ninguém entrou e sendo assim, continuei.

- Isso parece para você alguém que está mentindo, Evo?

Ele cuspiu o sangue e me encarou.

- Vadia!

- Legal, jeito difícil!

Levantei e segurei pelo cabelo dele então começei uma sessão de socos em seu rosto até vê-lo engasgar com sangue.

- Ah! Pare...

- Quem contratou você?

- Não sei!

- Não?

Gritei e então levei o joelho até sua costela, no ponto exato para quebrar, o ouvir gemer de dor.

- Tudo foi feito pelo celular.

- Quanto tempo isso?

Ele ficou calado. Suspirei. Joguei ele no chão com a cadeira e tudo.

- Ah!

- Estou perdendo a paciência. Até agora fui legal, não espere que continue...

UnbrokenWhere stories live. Discover now