LIZA
Nosso lugar
Ao ver minha amiga deitada na cama, segurando os bebês nos braços, meu coração se encheu de ternura. Pude ver o cansaço estampado em seu rosto, mas também vi o brilho nos olhos. Jhonata estava sentado ao lado fitando os gêmeos, orgulhoso.
Jonas e Rute eram cabeludinhos, tinham a pele escura e um semblante de paz ao dormirem.
― Parecem comigo, Liza?
― Com esses olhinhos puxados? ― meneei a cabeça negativamente e vi-o sobrepor os lábios em decepção. ― São a cara da Amanda.
― Diz oi pra titia, Rute. ― minha amiga deu uma leve balançada com a mão da pequena.
― Oi, Liza! ― Jhonata fez o mesmo, com Jonas.
― Como é a sensação de ter dois serezinhos que vão depender de vocês para tudo pelos próximos anos? ― fitei meu amigo, ansiosa por sua resposta.
― A sensação é... ― fingiu um desmaio.
Depois de rimos, ele nos deixou sozinhas enquanto os bebês foram colocados nos berços à nossa vista. Deixei-a à vontade para compartilhar sobre a emoção do parto. Quase chorou contando a parte em que os viu pela primeira vez. Me emocionei em vê-la feliz; construir uma família sempre foi o desejo de Amanda.
Mordi o lábio antes de perguntá-la algo sobre isso:
― Como soube que queria passar o resto da sua vida ao lado daquele cabeção?
Sua risada genuína foi engraçada.
― Temos alguém pensando em casório? ― ela balançou as sobrancelhas.
― Responde, Amanda!
― Não foi uma decisão do nada. Você sabe que namoramos por alguns meses, depois noivamos e, em menos de um ano, casamos. Nesse meio tempo, analisei muito a conduta dele comigo, com os pais dele, na igreja...
Pensei em Nicholas. Ele era excelente em tudo isso.
― O que mais?
Ela conteve o sorriso travesso.
― Aí é mais particular, amiga. Eu gostava de algumas coisas nele que em nenhum rapaz havia. Ele é lindo, carinhoso, cuidadoso, presente...
Quase vomitei um arco-íris.
― Tá, tá bom. ― parei-a antes que ela fizesse uma lista infinita.
― É o Nicholas?
Arregalei os olhos. Obvio que ela sabia.
― Amiga, ele não tem uma quedinha por você. Ele tem uma quedona. E não é de hoje... ― seus olhos dançaram de um lado para outro, divertindo-se.
ESTÁ A LER
Até que te encontrei
SpiritualLITERATURA CRISTÃ | TRILOGIA "ATÉ" Livro 1 "Ser encontrada. Eu glorificava a Deus por ter sido encontrada por Ele." Essa é a história de uma borboleta liberta por Deus, em Cristo Jesus. Seu nome é Elizabeth e ela não gosta de chocolate; também não...