Capítulo 6

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LIZA

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LIZA

Eles conversam sobre pais

― Sabe... — Nicholas preencheu o silêncio. — antes eu detestava vir aqui.

― Por quê? — Estranhei o que ele acabava de me dizer, afinal, Nicholas parecia amar aquele lugar.

― Meu pai — suspirou, como se estivesse entrando em um assunto difícil — Ele me fazia acreditar que praias deveriam ser evitadas.

— Deixa eu adivinhar... por causa dos biquínis e sungas. — opinei.

Nicholas deu de ombros e sobrepôs os lábios.

— A pior parte é que eu nunca tive uma explicação — gracejou, como se fosse engraçado. Eu não via graça nenhuma em um pai controlador — Era apenas: não vá à praia, soldado! Obedeça às minhas ordens.

Aquele assunto fez com que meus ouvidos, obviamente, se apurassem mais.

― Pais, muitas vezes, são tão... — Procurei uma palavra em meio a tantas que poderiam descrever realmente o que eu sentia sobre os meus; usei a mais leve possível. — Inflexíveis.

― É, talvez — Nicholas balançou a cabeça. — Mas penso que ele não falava por mal. No fundo, acredito que ele só queria o meu bem.

― É, talvez — comentei e ele me olhou rindo, provavelmente porque eu havia copiado sua fala inconscientemente. A minha intenção não era aquela.

― E a irmã Elizabeth, o que a trouxe até aqui? — Interessou-se, com a curiosidade estampada na cara.

― Não fale comigo em terceira pessoa, por favor. Isso é um tanto rude. A não ser que seja sua intenção. — pedi, tentando não parecer tão séria. Aquilo me irritava de verdade.

― Imagina! Você tem toda razão ― ele bateu na própria testa, se dando conta do que eu apontei, e penalizando a si mesmo. ― Mil desculpas, irmã Elizabeth... — O semblante carregado de arrependimento foi engraçado. Fiquei até com pena do coitado. — Eu não queria ofendê-la... De verdade!

Comprimi os lábios após sua reação. Quanta sensibilidade!

― Não precisa de desculpas — tentando amenizar o clima, expressei.

Nicholas lançou-me um sorriso aliviado.

― As pessoas costumam pedir desculpas por tudo... Como se isso fosse resolver alguma coisa.

― Eu acho que resolve, se houver o perdão — expôs, prontamente.

― Posso discordar? — Quis me estapear. Era claro que eu poderia discordar! Eu era tão boa fazendo aquilo.

― À vontade, irmã Elizabeth. Gosto de ouvir opiniões diferentes. Isso me ajuda a evoluir como ser humano — Nicholas animou-se, contrariando minhas previsões interiores. Imaginava que ele começaria a me detestar a partir do momento em que nossas ideias discordassem entre si. Contudo, eu estava redondamente enganada — Mas bem... — com o meu calar observador, ele se pôs a preencher o silêncio. — Não vai me contar o que a trouxe até aqui? — insistiu e eu não insisti em não responder.

Até que te encontreiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora